Desemprego e precariedade cresce no Porto

É urgente mudar de política

Com o objectivo de actualizar o conhecimento da situação do emprego no distrito do Porto, uma delegação do PCP, que integrou o deputado Jorge Machado, realizou um conjunto de reuniões com várias instituições. No fundamental, ficou confirmado um quadro de agravamento preocupante.
A situação descrita pelo sindicato do sector do comércio é de elucidativa: nos últimos 2 anos, foram encerradas mais de 600 pequenas empresas, que atiraram para o desemprego 24 mil trabalhadores. A estes junta-se os despedimentos colectivos na Makro, Papelaria Fernandes e Automóvel Clube de Portugal. A tudo isto, soma-se a existência de 30 por cento de trabalhadores precários no sector.
Os trabalhadores dos grupos Sonae, Jerónimo Martins e Jumbo denunciaram o total desrespeito pelos direitos por parte dos patrões destes grupos. A desregulamentação de horários é um dos problemas enunciados: alterações diárias, necessidade de estar disponível para a empresa 12 horas sem remuneração suplementar; precisar de telefonar para saber qual o horário foram algumas das ilegalidades denunciadas.
Também os direitos de maternidade/paternidade não são respeitados, havendo casos em que trabalhadoras que optaram pela maternidade foram pressionadas a não amamentarem ou aleitaram os seus filhos.
Do encontro com a União de Sindicatos do Porto/CGTP-IN vieram as preocupações com o desemprego, que atinge já mais de 120 mil trabalhadores no distrito; as dívidas aos trabalhadores, na ordem dos 70 milhões de euros; a precariedade; o abuso na aplicação do Código de Trabalho; os salários que não são actualizados; as tentativas de caducidade dos contratos; ou o crescimento da pobreza, expressa na existência de mais de 116 mil beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
A estrutura sindical realçou ainda a existência de 18 empresas no distrito em situação de lay-off, enquanto aumenta também o número de falências.
Na opinião do PCP, a situação existente revela a importância vital das suas propostas – desde a revisão dos aspectos mais gravosos do Código do Trabalho, passando pelas medidas de apoio ao sector produtivo, até ao plano de Emergência Social para o distrito, recusadas – todas elas – pelos partidos que têm exercido o poder.


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