Obama - Nada de novo
No passado dia 15 de Julho as grandes agências internacionais deram, com significativo destaque e com eco nos principais jornais e televisões, a grande «novidade»: «Presidente Barack Obama suspende por seis meses lei de sanções a Cuba»(1). Antes de mais considerações reportemo-nos aos factos que estão por detrás da «notícia»: Obama suspendeu de facto, por seis meses, legislação relacionada com Cuba. A saber, a Secção III da Leis Helms Burton.
Mas, importa então saber que: 1 - A Lei Helms Burton não é a lei que estabelece o bloqueio contra Cuba, mas sim legislação – ilegal à luz do direito internacional – aprovada em 1996 pela Administração Clinton, que endurece fortemente o então já existente bloqueio a Cuba, que se mantém. 2 – O que Obama suspendeu foi a Secção III da referida Lei Helms Burton, a sua secção mais agressiva que permite a qualquer pessoa ou empresa poder processar todo aquele que negociar propriedades ou bens cubanos que anteriormente tenham pertencido a esse cidadãos ou empresas estadunidenses. Uma legislação extraterritorial condenada ao fracasso à nascença e que vários países do mundo se recusam aceitar. 3 – Dando-se conta dos prejuízos para os próprios interesses económicos dos EUA da referida Secção III, a própria Administração Clinton suspendeu-a logo após a sua aprovação e o Presidente Bush, nos seus oito anos de mandato, suspendeu-a 16 vezes consecutivas!
A conclusão é óbvia. Obama apenas se limitou a fazer o que todos os seus antecessores fizeram, mantendo a suspensão da referida legislação. Ou seja, nada de novo. Como nada de novo há nos chamados «sinais de abertura» onde pontifica a ingerência e o insulto a Cuba e onde a única coisa palpável é o «reset» feito por Obama à política de Bush relativamente a viagens e remessas para Cuba, mais uma vez ditado pelos próprios interesses económicos dos EUA. O que há de novo nesta «não notícia» não é o facto, mas sim a atitude constante da comunicação social dominante de, alimentando-se na bem montada operação de charme de Obama, levar a cabo uma autêntica campanha de lavagem de cara ao imperialismo norte-americano que, como a realidade o demonstra segue o seu caminho do militarismo, da ingerência e da intolerância. Exemplos não faltam.
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(1) Agência EFE – 15 Julho 2009
Mas, importa então saber que: 1 - A Lei Helms Burton não é a lei que estabelece o bloqueio contra Cuba, mas sim legislação – ilegal à luz do direito internacional – aprovada em 1996 pela Administração Clinton, que endurece fortemente o então já existente bloqueio a Cuba, que se mantém. 2 – O que Obama suspendeu foi a Secção III da referida Lei Helms Burton, a sua secção mais agressiva que permite a qualquer pessoa ou empresa poder processar todo aquele que negociar propriedades ou bens cubanos que anteriormente tenham pertencido a esse cidadãos ou empresas estadunidenses. Uma legislação extraterritorial condenada ao fracasso à nascença e que vários países do mundo se recusam aceitar. 3 – Dando-se conta dos prejuízos para os próprios interesses económicos dos EUA da referida Secção III, a própria Administração Clinton suspendeu-a logo após a sua aprovação e o Presidente Bush, nos seus oito anos de mandato, suspendeu-a 16 vezes consecutivas!
A conclusão é óbvia. Obama apenas se limitou a fazer o que todos os seus antecessores fizeram, mantendo a suspensão da referida legislação. Ou seja, nada de novo. Como nada de novo há nos chamados «sinais de abertura» onde pontifica a ingerência e o insulto a Cuba e onde a única coisa palpável é o «reset» feito por Obama à política de Bush relativamente a viagens e remessas para Cuba, mais uma vez ditado pelos próprios interesses económicos dos EUA. O que há de novo nesta «não notícia» não é o facto, mas sim a atitude constante da comunicação social dominante de, alimentando-se na bem montada operação de charme de Obama, levar a cabo uma autêntica campanha de lavagem de cara ao imperialismo norte-americano que, como a realidade o demonstra segue o seu caminho do militarismo, da ingerência e da intolerância. Exemplos não faltam.
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(1) Agência EFE – 15 Julho 2009