França

Trabalhadores endurecem luta

Os metalúrgicos da Jlg-France, filial gaulesa do grupo norte-americano Hoscos, garantiram, pela luta, o pagamento de uma parcela extra de cerca de 30 mil euros a cada um dos 53 trabalhadores que a empresa vai despedir. A cedência da administração surgiu depois dos 161 operários ameaçarem destruir parte da linha de montagem da unidade fabril situada no Sudoeste de França.
Igual reivindicação foi adoptada pelos trabalhadores da empresa de comunicações Nortel France (exigem um mínimo de 100 mil euros de indemnização por cada posto de trabalho destruído) e pelos seus camaradas da New Fabris de Chatelleraut.
Nesta última, os 360 funcionários estipularam o final deste mês como prazo máximo para que a Renault e a PSA Peugeot-Citröen, principais clientes daquela companhia de componentes para automóveis, aceitem pagar as indemnizações devidas, caso contrário fazem explodir a fábrica.
Os trabalhadores temem que as construtoras francesas aproveitem os meses de Agosto e Setembro para tomar posse das máquinas e do stock de peças, material que, dizem, é das poucas garantias que têm face às indemnizações a que têm direito.
Quinta-feira da semana passada, a Renault aceitou receber os trabalhadores da New Fabris mas para lhes dizer que não cederá às reivindicações laborais. A empresa até admite comprar os despojos da sua antiga fornecedora canalizando o dinheiro para o pagamento das indemnizações (em jeito de favor para que os trabalhadores recebam uma parte do que é seu por direito), mas insiste que não pagará o valor exigido pelos ex-funcionários da New Fabris para porem fim à ocupação das instalações.


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