Ainda em Lisboa

José Luís Ferreira
A verdadeira alternativa

«O próximo acto eleitoral é de extrema importância para o nosso destino colectivo» traduzindo-se «numa escolha e ao mesmo tempo numa oportunidade», sublinhou José Luís Ferreira ao intervir em nome do Partido Ecologista «Os Verdes». «Uma escolha não de primeiros-ministros, como já nos começam a fazer crer aqueles que pretendem reduzir o parlamento a uma mera caixa de ressonância, mas uma escolha de 230 deputados a quem compete legislar, fiscalizar e definir políticas», explicou o 4.º candidato da lista da CDU no distrito de Lisboa.
Para o dirigente do PEV, a decisão reside entre os que «têm aprovado orçamentos do Estado que colocaram Portugal como o país da União Europeia com mais desigualdades na distribuição da riqueza e um dos que tem mais população em risco de pobreza, e aqueles que energicamente a isso se têm oposto, apresentando propostas no sentido de inverter uma tendência» que alastra «ao ritmo do aumento dos lucros dos grandes grupos económicos», frisou.
O sufrágio é, também, «uma oportunidade, para penalizar aqueles que continuam a subverter as funções sociais do Estado prosseguindo no retrocesso de direitos essenciais; aqueles que têm governado para uma pequena maioria e que no interesse do mercado privatizam serviços públicos essenciais; aqueles que continuam a ver o problema nos direitos de quem trabalha e têm vindo a reduzir gradualmente esses direitos, alterando as relações de trabalho a favor da parte mais forte; aqueles que falam muito no combate à corrupção, mas que quando se discutem medidas concretas inventam inversões do ónus da prova; aqueles que falam muito na promoção da justiça fiscal, mas que depois arranjam formas de a inviabilizar», disse José Luís Ferreira.
O candidato insistiu tratar-se, ainda, «de uma escolha entre aqueles que têm consentido a degradação ambiental» e procuram «transformar os recursos naturais num mero negócio, seguindo uma visão mercantilista neoliberal da natureza», e os que «defendem novas políticas, novas prioridades que satisfaçam as necessidades do presente sem hipotecar o futuro».
«São as mulheres e os homens que fazem a história», lembrou o candidato da CDU, por isso as legislativas são igualmente um momento de combate ao fatalismo e à alternância entre PS e PSD, e, assim, a mudança de política «só é efectivamente possível com o reforço da CDU».

João Geraldes
Mudança exige reforço da CDU

Saudando, em nome da Intervenção Democrática, os presentes, os candidatos do PCP e do PEV e os «muitos independentes que neste espaço de ampla e livre participação se reúnem e lutam», João Geraldes, candidato da Coligação pelo círculo eleitoral de Lisboa, destacou que «estas eleições dizem respeito à definição das políticas que os portugueses querem ver tornadas realidade».
João Geraldes alertou igualmente para o facto de não ser a questão da «governabilidade» do País que está em causa, como PS e PSD, comentadores e analistas de serviço querem fazer crer. «O que está em causa não é quem vai ser primeiro-ministro e que Governo vamos ter após as eleições. O que está em causa é o projecto político que vai ser prosseguido, e esse é determinado pela relação de forças que se estabelecer em consequência do voto do povo», disse, antes de advertir que os defensores da política de direita «pedem o voto do povo, mas não são sinceros quanto ao que lhes querem dar em troca».
Nesse sentido, «é fundamental reforçar a votação na CDU, aumentar o número de deputados eleitos pelo PCP, pelos Verdes e independentes, porque quanto maior for a representação parlamentar das forças que integram a nossa Coligação, maior será a possibilidade de influenciar o rumo das políticas do País», considerou.
«Para que esta ruptura política seja possível, será necessário derrotar não apenas o PS e o seu Governo nestas eleições, mas garantir uma efectiva derrota da política de direita colocando ponto final à rotatividade do PS e PSD», afirmou ainda João Geraldes.
Falando sobre o uso da crise mundial como cortina de fumo para alijar responsabilidades sobre as políticas concretas seguidas no nosso País, o candidato lembrou que «é como se Sócrates, Durão Barroso, Sarkozy, Tony Blair, George Bush, Merkel, Zapatero, ou Ferreira Leite e Paulo Portas, entre tantos outros, fossem apenas bons e esforçados rapazes, empenhados no bem estar e felicidade dos seus concidadãos, falhando tão somente porque foram apanhados – quem sabe se à traição – pelos efeitos de uma “crise” órfã, sem pai nem mãe, que resolveu cair-lhes em cima dificultando a sua excelente governação».
Em Setembro, «as portuguesas e os portugueses terão uma extraordinária oportunidade para afirmar que a alternativa passa pelo projecto político de esquerda, solidário, justo e humano, protagonizado pela CDU», concluiu João Geraldes.

Rita Rato
sperança nasce da luta

«Os dias não estão fáceis para os jovens portugueses», começou por dizer Rita Rato. Dificuldades de uma geração que só conheceu a política dos ataques a direitos laborais e sociais, sublinhou a candidata da CDU. Política de direita, ainda, que se traduz na «acção concreta de sucessivos governos» e se concretizou em «33 anos de dança das cadeiras sempre com a mesma música de fundo: baixos salários, contratos a prazo, trabalho temporário, falta de apoio à constituição de família e à habitação, desemprego que atinge cerca de 20,3% dos jovens (mais de 200 mil), uma escola orientada exclusivamente para a formação profissional de banda estreita que não estimula o gosto pela cultura, pela crítica, pelo desenvolvimento da capacidade racional e analítica, da inteligência e da criatividade», sintetizou.
«Esta é a geração que cresceu com a liquidação das conquistas de Abril. Para quem é difícil acreditar que em Portugal existiu Ensino Superior Público sem propinas, que um contrato de trabalho efectivo era regra e não excepção, que o direito a ter uma casa para viver e ser independente não demorava décadas, que não se pagava para ir a uma urgência de saúde», insistiu. «Mas esta geração também sabe que não está condenada, e contra tudo isto milhares de jovens lutaram nos últimos quatro anos. Esta geração sabe que tem direitos, e está disponível para construir uma vida melhor, caminho só possível com a CDU e o seu reforço», frisou.
«Para a Coligação, os problemas da juventude são os problemas do País. Por isso enquadramos a política de juventude no cenário mais amplo da política económica e social. Aos muitos jovens descontentes dizemos que a esperança nasce da luta contra aqueles que têm usado o Estado e a confiança dos portugueses para satisfazer interesses próprios, interesses privados nacionais e estrangeiros», disse Rita Rato antes de afirmar que «a CDU, confiante na força criadora da juventude, compreende a ruptura com esta política como a única saída para a realização dos seus direitos e aspirações».
Na semana passada, a Juventude CDU divulgou um conjunto de «Medidas Urgentes para a Juventude», elementos de «uma política de esquerda que, vinculada aos valores de Abril e à Constituição da República, garanta uma vida melhor aos portugueses, num País mais justo, desenvolvido e soberano, e garanta a efectivação dos direitos da juventude e a realização dos seus sonhos e aspirações». «Por isso nos dirigimos aos jovens portugueses e dizemos que “Contigo, construímos a alternativa!”», concluiu a candidata pelo círculo de Lisboa.


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