«Juntos somos uma força imensa!»
É no reforço eleitoral da CDU e no desenvolvimento da luta e acção de massas que reside a força da ruptura com a política de direita e da construção de um Portugal com futuro, afirmou Jerónimo de Sousa na apresentação pública dos candidatos da Coligação pelo distrito de Lisboa às legislativas do próximo dia 27 de Setembro.
«É nesta grande força que reside a esperança»
A encerrar a iniciativa que deu a conhecer os oito primeiros nomes da lista que a Coligação Democrática Unitária leva às urnas no círculo eleitoral de Lisboa, o Secretário-geral do PCP e cabeça de lista na capital começou por saudar «de forma especial a população do distrito, os homens, mulheres e jovens que aqui vivem, trabalham ou estudam, enfrentando cada vez mais dificuldades», em particular «aqueles que são vítimas do desemprego, do trabalho precário e sem direitos, dos baixos salários e das cada vez mais degradadas reformas e pensões, dos que se defrontam com as dificuldades no acesso aos serviços de saúde e na concretização do direito à educação».
«Aqueles – prosseguiu – que vivem o drama da crise nas suas actividades e nas suas vidas e não encontram resposta aos problemas e às dificuldades nas políticas de um Governo que deu prioridade à defesa dos grandes interesses e aos senhores da finança».
Já depois de terem usado da palavra os também candidatos Rita Rato, pela Juventude CDU, José Luís Ferreira, do Partido Ecologista «Os Verdes», e João Geraldes, da Intervenção Democrática (ver página 6), Jerónimo de Sousa lembrou que a CDU volta ao terreno eleitoral «com a confiança de quem prossegue um ascendente processo de reforço eleitoral, social e político», crescimento atestado pelo expressivo resultado obtido nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, traduzido em mais 70 mil votos, dos quais muitos milhares de novos eleitores que somaram ainda maior vitalidade à Coligação e deram «alento à luta que travamos pela viragem da situação política nacional».
Uma força inigualável
Encerrado o primeiro dos três actos eleitorais que constituem a batalha que só termina a 11 de Outubro, Jerónimo de Sousa sublinhou que enfrentamos o sufrágio para a Assembleia da República «com a firme convicção de que muitos mais portugueses compreendem a importância da CDU», não apenas no que diz respeito ao seu reforço em número de votos e mandatos, mas também «porque cada vez mais portugueses tomam consciência que é nesta força que reside a esperança, que não há saída para os graves problemas do País sem o contributo e o reforço desta grande e combativa força que se bate como ninguém pela ruptura com a política de direita e pela concretização de uma verdadeira alternativa à política que sucessivos governos maioritários do PS e do PSD protagonizaram, conduzindo o País à grave situação económica e social em que se encontra».
É certo que o que «os interesses económicos associados à política de direita mais temem é o reforço da CDU e o seu projecto de ruptura e mudança ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País». Por isso tudo fazem para «diminuir e desvalorizar a sua intervenção e luta». Mas a realidade demonstra que a Coligação «não se fica pela frase feita para impressionar, mas age, mobiliza para a luta e intervém com denúncia e com propostas para resolver os problemas concretos, uma força inigualável no seu projecto e na sua intervenção e natureza».
Bloco central de interesses
A mudança de rumo que a CDU corporiza é uma «viragem cuja real possibilidade de concretização está bem patente na estrondosa derrota do PS e do seu Governo» nas europeias, frisou o Secretário-geral do PCP, mas é igualmente «evidente na erosão do bloco central que tem governado o País».
O Governo do PS vem tentando disfarçar a sua arrogância absoluta, mas o que resulta claro é que «está mais empenhado em operações de cosmética eleitoral, no jogo das divergências faz de conta e das grandes piruetas ideológicas que vai jogando com os seus parceiros da governação à vez», referiu aludindo ao PSD e CDS, afectos aos mesmos interesses e defensores da mesma política de direita.
Para Jerónimo de Sousa, se o PS estivesse verdadeiramente empenhado em mudar de políticas começaria por apoiar o Projecto de Lei do PCP de reforço do apoio social aos desempregados e repararia outras «marcas de uma governação marcadamente anti-social, anulando as medidas gravosas do Código do Trabalho; revogando as suas decisões que põem em causa a dignidade da profissão docente, nomeadamente o seu Estatuto e o seu aberrante modelo de avaliação; repondo os direitos dos trabalhadores da Administração Pública, sistematicamente subtraídos por uma governação que fez do ataque aos direitos dos trabalhadores e do mundo do trabalho o cerne da sua política; ou ainda repondo a justiça e equidade nos critérios de cálculo e na actualização das reformas».
Pode o bloco central de interesses ensaiar «divergências no discurso, porque na prática tudo segue como dantes, com a matriz neoliberal a continuar a comandar as opções do Governo, como ilustra a decisão, tomada há dias, de avançar para um processo de fragilização sem precedentes do transporte ferroviário enquanto serviço público e da CP enquanto operador público nacional do caminho-de-ferro», disse o dirigente comunista.
Além da entrega dos serviços públicos aos interesses privados e da insistência em orientações cujas consequências são visíveis na destruição do aparelho produtivo nacional e na desarticulação de uma política coerente de desenvolvimento, também no que toca à criminalidade económica e financeira e à corrupção o Governo PS se fica «apenas pelas palavras altissonantes e as declarações de princípio» e o PSD, de vez em quando, «lá aponta o dedo a este ou aquele membro do Governo ou do Banco de Portugal», ambos abordando os factos «pela rama e nunca indo ao fundo dos factos nem à rede tentacular que existe», prova de que «vivemos num País em que os grandes grupos económicos gozam da protecção da política do Governo para aumentarem a exploração e maximizarem os lucros, enquanto a generalidade da população vê degradadas as suas condições de vida».
Com toda a confiança
É neste contexto que «as próximas eleições legislativas constituem uma oportunidade para uma nova e clara condenação da política de direita e da acção do Governo do PS», acrescentou Jerónimo de Sousa.
«É a oportunidade para o reforço das posições, expressão e influência eleitorais da CDU, que se assume como a mais sólida condição para a concretização de uma ruptura com as políticas que têm sido prosseguidas e abre caminho a uma nova política que, vinculada aos valores de Abril e à Constituição da República, assegure um futuro e uma vida melhor para os trabalhadores e o povo, num País mais justo, desenvolvido e soberano», garantiu o Secretário-geral do Partido antes de concluir que «juntos somos uma força imensa! Força com aquela confiança inabalável de que sim é possível uma vida melhor!»
Distrito de Lisboa
Candidatos de classe
Jerónimo de Sousa, 62 anos, operário, encabeça a lista de candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa. Depois do Secretário-geral do PCP, deputado na Assembleia da República, encontra-se Bernardino Soares, 37 anos, jurista, membro da Comissão Política do PCP e presidente do Grupo Parlamentar comunista, e em terceiro lugar na lista de candidatos surge Rita Rato, 26 anos, licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, militante do PCP e da JCP, membro da DOR de Lisboa do Partido e da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa.
Em quarto lugar, pelo Partido Ecologista «Os Verdes», está José Luís Ferreira, 46 anos, jurista, membro da Comissão executiva do PEV e eleito na Assembleia Municipal de Lisboa, seguido de Miguel Tiago, 30 anos, geólogo, da Direcção da Cidade de Lisboa do PCP e deputado à AR.
Catarina Casanova, 39 anos, docente universitária e investigadora, presidente do Conselho Pedagógico do ISCSP da Universidade Técnica de Lisboa e membro da Direcção do Sector Intelectual de Lisboa do PCP, antecede João Geraldes, 48 anos, funcionário público, vice-presidente da Intervenção Democrática.
Elsa Couchinho, 36 anos, psicóloga clínica, militante do PCP, ex-vereadora na Câmara Municipal da Azambuja e ex-dirigente do Sindicato dos Psicólogos fecha o lote de oito primeiros candidatos da Coligação no distrito de Lisboa.
«Aqueles – prosseguiu – que vivem o drama da crise nas suas actividades e nas suas vidas e não encontram resposta aos problemas e às dificuldades nas políticas de um Governo que deu prioridade à defesa dos grandes interesses e aos senhores da finança».
Já depois de terem usado da palavra os também candidatos Rita Rato, pela Juventude CDU, José Luís Ferreira, do Partido Ecologista «Os Verdes», e João Geraldes, da Intervenção Democrática (ver página 6), Jerónimo de Sousa lembrou que a CDU volta ao terreno eleitoral «com a confiança de quem prossegue um ascendente processo de reforço eleitoral, social e político», crescimento atestado pelo expressivo resultado obtido nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, traduzido em mais 70 mil votos, dos quais muitos milhares de novos eleitores que somaram ainda maior vitalidade à Coligação e deram «alento à luta que travamos pela viragem da situação política nacional».
Uma força inigualável
Encerrado o primeiro dos três actos eleitorais que constituem a batalha que só termina a 11 de Outubro, Jerónimo de Sousa sublinhou que enfrentamos o sufrágio para a Assembleia da República «com a firme convicção de que muitos mais portugueses compreendem a importância da CDU», não apenas no que diz respeito ao seu reforço em número de votos e mandatos, mas também «porque cada vez mais portugueses tomam consciência que é nesta força que reside a esperança, que não há saída para os graves problemas do País sem o contributo e o reforço desta grande e combativa força que se bate como ninguém pela ruptura com a política de direita e pela concretização de uma verdadeira alternativa à política que sucessivos governos maioritários do PS e do PSD protagonizaram, conduzindo o País à grave situação económica e social em que se encontra».
É certo que o que «os interesses económicos associados à política de direita mais temem é o reforço da CDU e o seu projecto de ruptura e mudança ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País». Por isso tudo fazem para «diminuir e desvalorizar a sua intervenção e luta». Mas a realidade demonstra que a Coligação «não se fica pela frase feita para impressionar, mas age, mobiliza para a luta e intervém com denúncia e com propostas para resolver os problemas concretos, uma força inigualável no seu projecto e na sua intervenção e natureza».
Bloco central de interesses
A mudança de rumo que a CDU corporiza é uma «viragem cuja real possibilidade de concretização está bem patente na estrondosa derrota do PS e do seu Governo» nas europeias, frisou o Secretário-geral do PCP, mas é igualmente «evidente na erosão do bloco central que tem governado o País».
O Governo do PS vem tentando disfarçar a sua arrogância absoluta, mas o que resulta claro é que «está mais empenhado em operações de cosmética eleitoral, no jogo das divergências faz de conta e das grandes piruetas ideológicas que vai jogando com os seus parceiros da governação à vez», referiu aludindo ao PSD e CDS, afectos aos mesmos interesses e defensores da mesma política de direita.
Para Jerónimo de Sousa, se o PS estivesse verdadeiramente empenhado em mudar de políticas começaria por apoiar o Projecto de Lei do PCP de reforço do apoio social aos desempregados e repararia outras «marcas de uma governação marcadamente anti-social, anulando as medidas gravosas do Código do Trabalho; revogando as suas decisões que põem em causa a dignidade da profissão docente, nomeadamente o seu Estatuto e o seu aberrante modelo de avaliação; repondo os direitos dos trabalhadores da Administração Pública, sistematicamente subtraídos por uma governação que fez do ataque aos direitos dos trabalhadores e do mundo do trabalho o cerne da sua política; ou ainda repondo a justiça e equidade nos critérios de cálculo e na actualização das reformas».
Pode o bloco central de interesses ensaiar «divergências no discurso, porque na prática tudo segue como dantes, com a matriz neoliberal a continuar a comandar as opções do Governo, como ilustra a decisão, tomada há dias, de avançar para um processo de fragilização sem precedentes do transporte ferroviário enquanto serviço público e da CP enquanto operador público nacional do caminho-de-ferro», disse o dirigente comunista.
Além da entrega dos serviços públicos aos interesses privados e da insistência em orientações cujas consequências são visíveis na destruição do aparelho produtivo nacional e na desarticulação de uma política coerente de desenvolvimento, também no que toca à criminalidade económica e financeira e à corrupção o Governo PS se fica «apenas pelas palavras altissonantes e as declarações de princípio» e o PSD, de vez em quando, «lá aponta o dedo a este ou aquele membro do Governo ou do Banco de Portugal», ambos abordando os factos «pela rama e nunca indo ao fundo dos factos nem à rede tentacular que existe», prova de que «vivemos num País em que os grandes grupos económicos gozam da protecção da política do Governo para aumentarem a exploração e maximizarem os lucros, enquanto a generalidade da população vê degradadas as suas condições de vida».
Com toda a confiança
É neste contexto que «as próximas eleições legislativas constituem uma oportunidade para uma nova e clara condenação da política de direita e da acção do Governo do PS», acrescentou Jerónimo de Sousa.
«É a oportunidade para o reforço das posições, expressão e influência eleitorais da CDU, que se assume como a mais sólida condição para a concretização de uma ruptura com as políticas que têm sido prosseguidas e abre caminho a uma nova política que, vinculada aos valores de Abril e à Constituição da República, assegure um futuro e uma vida melhor para os trabalhadores e o povo, num País mais justo, desenvolvido e soberano», garantiu o Secretário-geral do Partido antes de concluir que «juntos somos uma força imensa! Força com aquela confiança inabalável de que sim é possível uma vida melhor!»
Distrito de Lisboa
Candidatos de classe
Jerónimo de Sousa, 62 anos, operário, encabeça a lista de candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Lisboa. Depois do Secretário-geral do PCP, deputado na Assembleia da República, encontra-se Bernardino Soares, 37 anos, jurista, membro da Comissão Política do PCP e presidente do Grupo Parlamentar comunista, e em terceiro lugar na lista de candidatos surge Rita Rato, 26 anos, licenciada em Ciência Política e Relações Internacionais, militante do PCP e da JCP, membro da DOR de Lisboa do Partido e da Direcção Nacional da Juventude Comunista Portuguesa.
Em quarto lugar, pelo Partido Ecologista «Os Verdes», está José Luís Ferreira, 46 anos, jurista, membro da Comissão executiva do PEV e eleito na Assembleia Municipal de Lisboa, seguido de Miguel Tiago, 30 anos, geólogo, da Direcção da Cidade de Lisboa do PCP e deputado à AR.
Catarina Casanova, 39 anos, docente universitária e investigadora, presidente do Conselho Pedagógico do ISCSP da Universidade Técnica de Lisboa e membro da Direcção do Sector Intelectual de Lisboa do PCP, antecede João Geraldes, 48 anos, funcionário público, vice-presidente da Intervenção Democrática.
Elsa Couchinho, 36 anos, psicóloga clínica, militante do PCP, ex-vereadora na Câmara Municipal da Azambuja e ex-dirigente do Sindicato dos Psicólogos fecha o lote de oito primeiros candidatos da Coligação no distrito de Lisboa.