Crise em Castelo Branco

Cerca de uma centena de trabalhadores deslocaram-se do distrito de Castelo Branco a Lisboa, onde desfilaram, do Chiado à residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, para exigirem uma reunião onde possam expor a situação social e laboral dos trabalhadores da região e apresentar sugestões para combater a crise, mas não foram atendidos. «Desde Dezembro do ano passado que a União dos Sindicatos de Castelo Branco solicita esta reunião», recordou ao Avante! o dirigente da USCB/CGTP-IN, Luís Garra, lembrando que, recentemente, encerraram mais três empresas importantes do sector têxtil, a Mateus & Mendes, a Gil e Almeida, e a Cerval, que garantiam mais de trezentos postos de trabalho, «além das micro e pequenas empresas que estão a falir em catadupa», afirmou. A degradação social e o aumento da pobreza decorrentes dos despedimentos e de falências contribuem significativamente para os mais de dez mil desempregados oficialmente registados no distrito.
Por seu lado, a União dos Sindicatos do Distrito de Leiria revelou haver 84 empresas na região que entraram em processo de insolvência, desde o início do ano, e 18495 registados nos Centros de Emprego. Mas os dados «pecam por defeito», considera a união sindical que apontou para um desemprego real superior a 25 mil trabalhadores.
A União dos Sindicatos do Distrito de Aveiro apurou que o número real de desempregados, na região, é superior a 47 mil, e acusa o IEFP de ter anulado, nos primeiro cinco meses do ano, os ficheiros de 11575 desempregados.


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