Apreensão milionária em Itália
As autoridades italianas detiveram dois japoneses que se preparavam para sair do país transportando nada menos do que 134,5 mil milhões de dólares (cerca de 96 mil milhões de euros) em títulos de obrigações norte-americanas.
Os dois indivíduos de 50 anos viajavam de comboio, no dia 4, quando foram interpelados pela Guarda Fiscal italiana, na estação ferroviária internacional de Chiasso, pequeno posto fronteiriço entre a Itália e a Suíça, situado a 50 quilómetros de Milão.
Apesar de afirmarem nada ter a declarar, as suas bagagens foram revistadas sendo encontrado num forro duplo de uma mala um volumoso maço de papéis com 249 obrigações da Reserva Federal dos EUA, no valor de 500 milhões de dólares cada uma, e ainda dez «Obrigações Kennedy», com um valor nominal de mil milhões de dólares cada uma.
Logo após a extraordinária apreensão, a embaixada dos EUA em Roma foi informada e os serviços secretos transalpinos foram chamados, estando alegadamente a verificar a autenticidade dos documentos.
Todavia, a hipótese de falsificação não parece explicar o caso, uma vez que títulos da dívida pública dos EUA desta ordem de valores não são transaccionados através da banca ou em mercados financeiros, mas unicamente entre estados. Por isso, não é crível que um simples falsário tenha perdido tempo a fabricar títulos invendáveis.
Para além disso, o astronómico montante coincide estranhamente com os 134,6 mil milhões de dólares que o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou restarem ao governo do pacote de 700 mil milhões concedido pelo Congresso, em Outubro, para a estabilização do sistema financeiro (AFP, 21.04). É um caso a seguir se entretanto não for abafado.
Os dois indivíduos de 50 anos viajavam de comboio, no dia 4, quando foram interpelados pela Guarda Fiscal italiana, na estação ferroviária internacional de Chiasso, pequeno posto fronteiriço entre a Itália e a Suíça, situado a 50 quilómetros de Milão.
Apesar de afirmarem nada ter a declarar, as suas bagagens foram revistadas sendo encontrado num forro duplo de uma mala um volumoso maço de papéis com 249 obrigações da Reserva Federal dos EUA, no valor de 500 milhões de dólares cada uma, e ainda dez «Obrigações Kennedy», com um valor nominal de mil milhões de dólares cada uma.
Logo após a extraordinária apreensão, a embaixada dos EUA em Roma foi informada e os serviços secretos transalpinos foram chamados, estando alegadamente a verificar a autenticidade dos documentos.
Todavia, a hipótese de falsificação não parece explicar o caso, uma vez que títulos da dívida pública dos EUA desta ordem de valores não são transaccionados através da banca ou em mercados financeiros, mas unicamente entre estados. Por isso, não é crível que um simples falsário tenha perdido tempo a fabricar títulos invendáveis.
Para além disso, o astronómico montante coincide estranhamente com os 134,6 mil milhões de dólares que o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, afirmou restarem ao governo do pacote de 700 mil milhões concedido pelo Congresso, em Outubro, para a estabilização do sistema financeiro (AFP, 21.04). É um caso a seguir se entretanto não for abafado.