Venezuela

Estado controla sectores estratégicos

O governo venezuelano anunciou a nacionalização de cinco empresas siderúrgicas, da maior cerâmica do país e de uma das maiores instituições financeiras, consumando o processo de controlo pelo Estado de quase todos os sectores estratégicos da economia nacional.

Corrige-se a sanha privatizadora dos anteriores governos

Depois da nacionalização da extracção e refinação de petróleo – cuja última fase incluiu a passagem para o sector público de 73 empresas prestadoras de serviços e subsidiárias em várias áreas –, das telecomunicações, da electricidade, dos cimentos e da produção de ferro e aço (Sidor), o executivo de Hugo Chávez avançou, a semana passada, para o controlo de cinco empresas do sector siderúrgico, da maior produtora cerâmica venezuelana e do Banco da Venezuela.
Com a compra da Matesi, Comsigua, Orinoco Irons, Venprecar e Tubos Tavsa, e da Cerâmica Carabobo S.A.C.A, o governo bolivariano tem melhores condições para articular as grandes linhas estratégicas para o desenvolvimento do país, defendem.
Por outro lado, corresponde às reivindicações dos trabalhadores que reclamavam a retoma total da produção, o pagamento dos salários em atraso e um papel efectivo na gestão daquelas companhias.
Com a aquisição do Banco da Venezuela, antes propriedade do Grupo Santander, o governo «fortalece o sector financeiro público, o qual está em fase de reestruturação» e, simultaneamente, ganha um instrumento fundamental para a promoção de uma política de crédito, lembrou o vice-presidente Ramón Carrizález.
As orientações progressistas do governo venezuelano no contexto da actual crise capitalista (entre outras, o aumento do salário mínimo em 20 por cento ou a manutenção dos programas sociais de assistência médica, educação e distribuição de géneros alimentares a preços populares) têm-se revelado ajustadas. Dados recentes indicam que apesar da quebra em cerca de 50 por cento nas receitas da venda de petróleo, o PIB da Venezuela cresceu no primeiro quartel deste ano 0,3 por cento. Muito pouco, admitiu o ministro da Economia e Finanças, Alí Rodriguez, mas positivo se compararmos com as os registos dos demais países da América Latina, ou das grandes potências capitalistas mundiais.


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