É o PS que deve pedir desculpa
A Comissão Política do PCP reafirmou, segunda-feira, em conferência de imprensa, a sua posição – defendida, no próprio dia 1, por Francisco Lopes – acerca das provocações do PS na sequência dos incidentes registados na manifestação do 1.º de Maio. Transcrevemos na íntegra a declaração de Vasco Cardoso.
O PS pretende fugir à discussão das consequências das suas políticas
As comemorações do 1.º de Maio realizadas em todo o País pela CGTP-IN, pela sua dimensão e participação, confirmaram o amplo e profundo descontentamento dos trabalhadores com a política do Governo PS, a necessidade de mudança de rumo na actual situação nacional e uma inabalável determinação e confiança dos trabalhadores e do Povo português em prosseguir a luta por uma vida melhor.
Num momento em que o País vive uma grave crise – da responsabilidade de mais de 33 anos de políticas de direita de PS, PSD e CDS-PP –, a presença combativa e serena de milhares de trabalhadores nas ruas, constitui uma afirmação de que não prescindem de exigir o aumento dos salários, a defesa do emprego com direitos, o combate à precariedade, a revogação dos aspectos mais gravosos da actual legislação laboral, o acesso à saúde, à educação e à segurança social pública e universal.
Para o PCP, o País não está condenado ao desemprego, à precariedade, aos baixos salários, às injustiças sociais ou à corrupção. A situação a que o País chegou – mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático – só pode ser alterada com a ruptura com a política de direita que o PCP e a CDU propõem ao País.
PS tenta fugir ao debate
O PCP ao mesmo tempo que reafirma a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes e que só responsabiliza os próprios – manifesta a sua perplexidade e rejeita as insistentes acusações, insultos, provocações e calúnias dirigidas desde a primeira hora pela direcção do PS contra o PCP.
A clara instrumentalização destes incidentes por parte do PS – posição que seguramente não é acompanhada por muitos socialistas – numa operação com objectivos claramente eleitoralistas, visa não apenas a sua vitimização, mas sobretudo a tentativa de esconder a dimensão do protesto e da luta neste 1.º Maio, atacar o PCP e o movimento sindical unitário, de fugir ao debate e às responsabilidades do Governo PS na actual situação do País.
Com a instrumentalização destes incidentes, o Governo PS, como as declarações de José Sócrates revelam, procura fazer um ajuste de contas com a força política que de forma clara e determinada tem combatido a sua política. Um ajuste de contas com aqueles que ao lado dos trabalhadores e do Povo, têm sido a verdadeira oposição ao Governo nas palavras e nos actos. Na prática o reconhecimento do papel insubstituível do PCP que perante as injustiças sociais, perante a arrogância da maioria absoluta do PS, esclareceu, animou, mobilizou e deu confiança aos trabalhadores e ao Povo português e impediu que a ofensiva contra os seus direitos tivesse ido mais longe.
Como bem sabe o PS, o PCP não pede desculpas por situações sobre as quais não tem qualquer responsabilidade.
Reafirmamos que desculpas deve-as o PS ao PCP pelas afirmações insultuosas que lhe dirigiu. Desculpas deve-as o PS sobretudo aos trabalhadores e ao Povo português, àqueles que ficaram sem emprego, aos que vivem com baixos salários, aos que o dinheiro não chega para pagar as despesas, aos jovens empurrados para a precariedade e insegurança, às populações a quem encerraram serviços públicos, aos pequenos empresários arruinados nos últimos anos, a todos os que sofrem com a política injusta deste Governo.
Quando muitos insistem na maioria absoluta, ou admitem a possibilidade de um entendimento entre PS e PSD, para garantir no essencial a continuidade da política de direita, compreende-se melhor a dimensão do ataque que está a ser dirigido contra o Partido Comunista Português, a força sem a qual não é possível construir uma política alternativa que rompa com mais de 33 anos de política de direita e dê resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo, construindo um Portugal com futuro.
Confiança para mudar de rumo
O PCP reafirma que não se deixará condicionar ou intimidar na sua intervenção e luta, nas milhares de acções de campanha que tem previstas, no contacto que realizará com os trabalhadores, com a juventude, com os agricultores, com os pequenos empresários, com todos aqueles que justamente aspiram a uma vida melhor.
A realização no próximo dia 23 de Maio em Lisboa, da Marcha «Protesto, Confiança e Luta. Nova Política – Uma vida Melhor», promovida no âmbito da CDU, constituirá a mais cabal resposta àqueles que procuram condicionar a exigência de uma ruptura com a política de direita, uma comprovada afirmação de que é ao lado do PCP e da CDU que estão muitos dos que ao longo dos últimos anos têm combatido o Governo PS, e uma renovada afirmação de confiança na mudança de políticas que os trabalhadores e o Povo português reclamam.
Num momento em que o País vive uma grave crise – da responsabilidade de mais de 33 anos de políticas de direita de PS, PSD e CDS-PP –, a presença combativa e serena de milhares de trabalhadores nas ruas, constitui uma afirmação de que não prescindem de exigir o aumento dos salários, a defesa do emprego com direitos, o combate à precariedade, a revogação dos aspectos mais gravosos da actual legislação laboral, o acesso à saúde, à educação e à segurança social pública e universal.
Para o PCP, o País não está condenado ao desemprego, à precariedade, aos baixos salários, às injustiças sociais ou à corrupção. A situação a que o País chegou – mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático – só pode ser alterada com a ruptura com a política de direita que o PCP e a CDU propõem ao País.
PS tenta fugir ao debate
O PCP ao mesmo tempo que reafirma a sua discordância e lamenta os incidentes verificados em Lisboa – num acto isolado de alguns manifestantes e que só responsabiliza os próprios – manifesta a sua perplexidade e rejeita as insistentes acusações, insultos, provocações e calúnias dirigidas desde a primeira hora pela direcção do PS contra o PCP.
A clara instrumentalização destes incidentes por parte do PS – posição que seguramente não é acompanhada por muitos socialistas – numa operação com objectivos claramente eleitoralistas, visa não apenas a sua vitimização, mas sobretudo a tentativa de esconder a dimensão do protesto e da luta neste 1.º Maio, atacar o PCP e o movimento sindical unitário, de fugir ao debate e às responsabilidades do Governo PS na actual situação do País.
Com a instrumentalização destes incidentes, o Governo PS, como as declarações de José Sócrates revelam, procura fazer um ajuste de contas com a força política que de forma clara e determinada tem combatido a sua política. Um ajuste de contas com aqueles que ao lado dos trabalhadores e do Povo, têm sido a verdadeira oposição ao Governo nas palavras e nos actos. Na prática o reconhecimento do papel insubstituível do PCP que perante as injustiças sociais, perante a arrogância da maioria absoluta do PS, esclareceu, animou, mobilizou e deu confiança aos trabalhadores e ao Povo português e impediu que a ofensiva contra os seus direitos tivesse ido mais longe.
Como bem sabe o PS, o PCP não pede desculpas por situações sobre as quais não tem qualquer responsabilidade.
Reafirmamos que desculpas deve-as o PS ao PCP pelas afirmações insultuosas que lhe dirigiu. Desculpas deve-as o PS sobretudo aos trabalhadores e ao Povo português, àqueles que ficaram sem emprego, aos que vivem com baixos salários, aos que o dinheiro não chega para pagar as despesas, aos jovens empurrados para a precariedade e insegurança, às populações a quem encerraram serviços públicos, aos pequenos empresários arruinados nos últimos anos, a todos os que sofrem com a política injusta deste Governo.
Quando muitos insistem na maioria absoluta, ou admitem a possibilidade de um entendimento entre PS e PSD, para garantir no essencial a continuidade da política de direita, compreende-se melhor a dimensão do ataque que está a ser dirigido contra o Partido Comunista Português, a força sem a qual não é possível construir uma política alternativa que rompa com mais de 33 anos de política de direita e dê resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo, construindo um Portugal com futuro.
Confiança para mudar de rumo
O PCP reafirma que não se deixará condicionar ou intimidar na sua intervenção e luta, nas milhares de acções de campanha que tem previstas, no contacto que realizará com os trabalhadores, com a juventude, com os agricultores, com os pequenos empresários, com todos aqueles que justamente aspiram a uma vida melhor.
A realização no próximo dia 23 de Maio em Lisboa, da Marcha «Protesto, Confiança e Luta. Nova Política – Uma vida Melhor», promovida no âmbito da CDU, constituirá a mais cabal resposta àqueles que procuram condicionar a exigência de uma ruptura com a política de direita, uma comprovada afirmação de que é ao lado do PCP e da CDU que estão muitos dos que ao longo dos últimos anos têm combatido o Governo PS, e uma renovada afirmação de confiança na mudança de políticas que os trabalhadores e o Povo português reclamam.