A ruptura necessária
Abril e Maio. Por boas e más razões, estes meses, com as suas comemorações da Revolução e do Dia dos Trabalhadores, vão ainda ocupar os portugueses nos próximos tempos políticos. As boas razões não é preciso demorarmo-nos muito sobre elas. Apesar dos silêncios e das asquerosas manobras de diversão com que se pretendeu ensombrar as comemorações, o povo nas ruas mostrou a sua firmeza em fazer com que os meses mais próximos contribuam para uma ruptura com a política de direita que, a golpe militar, a partir de 25 de Novembro de 1975, vem desmantelando Abril.
Há trinta e cinco anos, a liberdade de Abril abriu caminho a uma Revolução democrática e nacional que, no rumo do socialismo, acabou com a guerra colonial, nacionalizou os monopólios colocando a economia ao serviço do povo e do País, organizou o controlo operário, construiu a Reforma Agrária, estabeleceu a soberania nacional. Democratizou as instituições e elevou substancialmente o nível de vida dos trabalhadores. Desde há trinta e três anos, a política de direita, iniciada com o governo de Mário Soares, em conluio com as forças mais reaccionárias nacionais e estrangeiras, vem desmantelando as conquistas históricas da Revolução. Sempre contando com uma resistência tenaz dos comunistas e de muitos outros democratas.
Não surpreende que, durante as cerimónias «oficiais» da Assembleia da República, a deputada do CDS, Teresa Caeiro, lamentasse em voz alta que o 25 de Abril não houvesse sido uma «transição», mas uma Revolução. O que surpreendeu foi a fingida indignação que perpassou entre alguns deputados socialistas e alguns militares. A mulher apenas disse em voz alta o que todos eles, à direita, pensaram e fizeram. Temeram a Revolução e dispuseram-se a traí-la.
Entretanto, após o 1.º de Maio, que não se compadece com a instrumentalização do PS a despropósito da gritaria concertada em torno de Vital Moreira, a luta não acabou. A resposta à política de direita, urgente e necessária, não virá de um qualquer bloco central apadrinhado por actuais ou ex-presidentes da República. A Marcha promovida pelo PCP e pela CDU para dia 23, mostrará a necessidade da ruptura.
Há trinta e cinco anos, a liberdade de Abril abriu caminho a uma Revolução democrática e nacional que, no rumo do socialismo, acabou com a guerra colonial, nacionalizou os monopólios colocando a economia ao serviço do povo e do País, organizou o controlo operário, construiu a Reforma Agrária, estabeleceu a soberania nacional. Democratizou as instituições e elevou substancialmente o nível de vida dos trabalhadores. Desde há trinta e três anos, a política de direita, iniciada com o governo de Mário Soares, em conluio com as forças mais reaccionárias nacionais e estrangeiras, vem desmantelando as conquistas históricas da Revolução. Sempre contando com uma resistência tenaz dos comunistas e de muitos outros democratas.
Não surpreende que, durante as cerimónias «oficiais» da Assembleia da República, a deputada do CDS, Teresa Caeiro, lamentasse em voz alta que o 25 de Abril não houvesse sido uma «transição», mas uma Revolução. O que surpreendeu foi a fingida indignação que perpassou entre alguns deputados socialistas e alguns militares. A mulher apenas disse em voz alta o que todos eles, à direita, pensaram e fizeram. Temeram a Revolução e dispuseram-se a traí-la.
Entretanto, após o 1.º de Maio, que não se compadece com a instrumentalização do PS a despropósito da gritaria concertada em torno de Vital Moreira, a luta não acabou. A resposta à política de direita, urgente e necessária, não virá de um qualquer bloco central apadrinhado por actuais ou ex-presidentes da República. A Marcha promovida pelo PCP e pela CDU para dia 23, mostrará a necessidade da ruptura.