Romances, contos e crónicas

O Ca­pataz, 1935. Enviado, para eventual publicação, ao jornal O Diabo, é censurado.

Crónicas, em 1939 e 1940. O Diabo publica As cri­anças da minha rua, O meu vi­zinho do lado e Com­pa­nheiros de um dia.

Pe­sa­delo, 1940.

O Pàs­tiure. 1940. Publicado na edição de 26 de Outubro de O Diabo.

Es­teiros, 1941. Publicado pela Si­rius, a primeira edição tem capa e ilustrações de Álvaro Cunhal.

Coisas quase ina­cre­di­tá­veis, 1942. Conto foi publicado na colectânea Contos e Po­emas, organizada por Carlos Alberto Lança e Francisco José Tenreiro.

Al­guém, 1942. Crónica publicada no jornal Re­pú­blica.

Breve his­tória de um sábio, 1943. Conto publicado no jornal regional O Cas­ta­nhei­rense.

En­gre­nagem, 1944. Romance inacabado. A primeira edição é de 1951.

Contos Ver­me­lhos. Reúne vários contos sobre histórias da clandestinidade, O Pio dos Mo­chos, de 1945; Re­fúgio Per­dido, de 1948; e Mais um Herói, de 1949. É editado clandestinamente nos anos 50.

Es­trada do meu Des­tino. Um Caso sem Im­por­tância. Contos. Sem data.

Última Carta. Crónica dedicada a Alfredo Diniz (Alex), dirigente do PCP assassinado pela PIDE. Tudo indica que se destinasse a integrar um volume de crónicas, intitulado Diário de um Fo­ra­gido.


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Militante da luta e da escrita

Assinalou-se anteontem o centenário do nascimento de Soeiro Pereira Gomes, militante e dirigente comunista e talentoso escritor, pioneiro do neo-realismo em Portugal, duas facetas inseparáveis da sua personalidade. A sua vida e a sua obra foram demasiado curtas, interrompidas pela morte prematura, aos 40 anos, provocada pela doença e pela falta de assistência médica, devido à sua condição de funcionário clandestino do Partido. O seu percurso de vida e a obra que deixou escrita testemunham um firme compromisso com os explorados e oprimidos e com a sua luta e ajudam-nos, ainda hoje, a enfrentar a dureza dos combates que diariamente travamos pela democracia e pelo socialismo.

O exemplo da «Praça de Jorna»

Para além dos notáveis romances e contos que escreveu, Soeiro Pereira Gomes produziu também textos políticos, em forma de cartas, folhetos ou artigos.

Comunista dedicado e artista talentoso

No dia 7 de Dezembro de 1999, realizou-se em Alhandra uma sessão evocativa de Soeiro Pereira Gomes. Assinalava-se então os 50 anos da sua morte. Na ocasião, vários militantes comunistas daquela localidade contaram episódios passados envolvendo Soeiro Pereira Gomes, entre os quais se encontrava Álvaro Cunhal. Esta foi, aliás, uma das últimas iniciativas partidárias em que participou. Publicamos em seguida a intervenção proferida pelo histórico dirigente comunista:

Valorizar um percurso exemplar

O PCP está a assinalar o centenário do nascimento de Soeiro Pereira com um conjunto de iniciativas que têm como objectivo dar a conhecer e valorizar o seu percurso de militante e dirigente comunista e a sua obra literária ímpar.