Razões convenientes e falha da Razão
A baixa política serve-se da capa da verbosidade para esconder os problemas reais. Por isso, convém destacar a natureza ilógica de certas atitudes. É o caso, por exemplo, do Vaticano que, face a numerosas sociedades moribundas e por entre panoramas de corrupção generalizada, olha para o lado e prefere condenar o divórcio, os casamentos com islamitas, a homossexualidade, etc. Silencia ou pouco diz acerca da fase terminal do capitalismo, da ruína da economia e do proteccionismo que salvaguarda as grandes fortunas à custa do esmagamento dos mais pobres. Beato e puro, o Vaticano insiste em apresentar-se como porta-estandarte dos direitos dos humildes, bandeira da justiça e esperança dos explorados e oprimidos.
Acantonados atrás das suas muralhas de oiro, os milionários «liberais» desta época de estertor adoptam idênticas posições. À sua volta crescem fulminantemente a miséria, a pobreza, o desemprego, as falências, a violência da anarquia. A economia vagueia pelas recessões que precedem a depressão final. Os escândalos financeiros em cadeia são vaga de fundo que inunda e corrói. Mas as conveniências exigem que as classes políticas mandantes mantenham um optimista «discurso do sucesso».
Sócrates e os seus ministros cultivam esta liturgia irresponsável. Sabem que as palavras, em si mesmas, nada resolvem. Não ganham o Céu, nem tentam sequer endireitar a Terra. Mas podem alimentar os sonhos, criar falsos paraísos e, acima de tudo, são factor importante da desmobilização das massas populares. Permitem aos poderosos ganhar tempo para dividirem e desmotivarem os trabalhadores enredados nas malhas da pobreza. As crises insolúveis do capitalismo conduzem frequentemente a novas crises em cadeia, a novas guerras e à recondução de velhas formas de exploração e de violência. No fim de contas, os impérios e as «Novas Ordens» constroem-se a partir da força hipnótica da palavra e sobre mentiras bem estruturadas. Os fascistas bem pensantes organizaram nesta base os seus Estados concentracionários. Lançaram as sementes que agora germinam em campo aberto. Na bolsa, na banca, na Igreja e no poder, todos sabem que assim acontece.
A «batalha do futuro»
Karl Marx pode e deve ser citado a muitos títulos, visto que o seu pensamento continua vivo e actual. Escreveu o grande revolucionário no Manifesto: «Os comunistas combatem pelos interesses e os objectivos imediatos da classe operária mas, no presente, eles defendem e representam simultaneamente o futuro do movimento.»
Somos pois chamados às lutas que se travam no calor da «batalha do presente e do futuro». Comunistas, católicos e homens de outras crenças, trabalhadores na miséria e prestes a desesperarem, mulheres e desempregados votados à humilhação, todos temos de resistir e denunciar (também pela palavra e agora) a fraude, a mentira oficial, a intoxicação sistemática dos princípios éticos que nos são queridos, as manobras de diversão e as alianças secretas que reforçam os nossos inimigos de classe. Será esta a nossa batalha do «presente» que teremos de vencer para podermos construir a «sociedade do futuro». Também nós, trabalhadores e espoliados, temos uma palavra a dizer e essa palavra será dita. Por muito que a Santa Aliança tente calar-nos ou por muitos jornais e televisões que venha a comprar com os caudais do dinheiro que rouba na banca, nos sótãos orçamentais ou com os crimes dos «paraísos fiscais». A força da razão que temos é só nossa e continua a crescer. Mas temos de defendê-la e proclamá-la aos quatro ventos nas ruas, nos locais de trabalho, na comunicação social e pelo voto nas urnas. Se reforçarmos a nossa decisão de lutar e promovermos a unidade das forças democráticas onde quer que ela seja possível, sem dúvida que venceremos. É que a gigantesca farsa política a que assistimos, sobretudo em Portugal, é um balão de vento que de um momento para o outro se esvazia. Os grandes capitalistas são poderosos mas não conseguem manter em segredo os seus roubos. Os políticos falam em ética a um povo que os vê e sabe que mentem e se prostituem. Os padres põem os olhos em alvo e falam em Deus e nos pobres mas banqueteiam-se à mesa das grandes fortunas.
Nós atravessamos a História sem negarmos o que somos e o que queremos. Somos comunistas. Queremos corrigir o presente e construir o futuro.
Acantonados atrás das suas muralhas de oiro, os milionários «liberais» desta época de estertor adoptam idênticas posições. À sua volta crescem fulminantemente a miséria, a pobreza, o desemprego, as falências, a violência da anarquia. A economia vagueia pelas recessões que precedem a depressão final. Os escândalos financeiros em cadeia são vaga de fundo que inunda e corrói. Mas as conveniências exigem que as classes políticas mandantes mantenham um optimista «discurso do sucesso».
Sócrates e os seus ministros cultivam esta liturgia irresponsável. Sabem que as palavras, em si mesmas, nada resolvem. Não ganham o Céu, nem tentam sequer endireitar a Terra. Mas podem alimentar os sonhos, criar falsos paraísos e, acima de tudo, são factor importante da desmobilização das massas populares. Permitem aos poderosos ganhar tempo para dividirem e desmotivarem os trabalhadores enredados nas malhas da pobreza. As crises insolúveis do capitalismo conduzem frequentemente a novas crises em cadeia, a novas guerras e à recondução de velhas formas de exploração e de violência. No fim de contas, os impérios e as «Novas Ordens» constroem-se a partir da força hipnótica da palavra e sobre mentiras bem estruturadas. Os fascistas bem pensantes organizaram nesta base os seus Estados concentracionários. Lançaram as sementes que agora germinam em campo aberto. Na bolsa, na banca, na Igreja e no poder, todos sabem que assim acontece.
A «batalha do futuro»
Karl Marx pode e deve ser citado a muitos títulos, visto que o seu pensamento continua vivo e actual. Escreveu o grande revolucionário no Manifesto: «Os comunistas combatem pelos interesses e os objectivos imediatos da classe operária mas, no presente, eles defendem e representam simultaneamente o futuro do movimento.»
Somos pois chamados às lutas que se travam no calor da «batalha do presente e do futuro». Comunistas, católicos e homens de outras crenças, trabalhadores na miséria e prestes a desesperarem, mulheres e desempregados votados à humilhação, todos temos de resistir e denunciar (também pela palavra e agora) a fraude, a mentira oficial, a intoxicação sistemática dos princípios éticos que nos são queridos, as manobras de diversão e as alianças secretas que reforçam os nossos inimigos de classe. Será esta a nossa batalha do «presente» que teremos de vencer para podermos construir a «sociedade do futuro». Também nós, trabalhadores e espoliados, temos uma palavra a dizer e essa palavra será dita. Por muito que a Santa Aliança tente calar-nos ou por muitos jornais e televisões que venha a comprar com os caudais do dinheiro que rouba na banca, nos sótãos orçamentais ou com os crimes dos «paraísos fiscais». A força da razão que temos é só nossa e continua a crescer. Mas temos de defendê-la e proclamá-la aos quatro ventos nas ruas, nos locais de trabalho, na comunicação social e pelo voto nas urnas. Se reforçarmos a nossa decisão de lutar e promovermos a unidade das forças democráticas onde quer que ela seja possível, sem dúvida que venceremos. É que a gigantesca farsa política a que assistimos, sobretudo em Portugal, é um balão de vento que de um momento para o outro se esvazia. Os grandes capitalistas são poderosos mas não conseguem manter em segredo os seus roubos. Os políticos falam em ética a um povo que os vê e sabe que mentem e se prostituem. Os padres põem os olhos em alvo e falam em Deus e nos pobres mas banqueteiam-se à mesa das grandes fortunas.
Nós atravessamos a História sem negarmos o que somos e o que queremos. Somos comunistas. Queremos corrigir o presente e construir o futuro.