4 episódios
1.º episódio: a suspensão do processo de avaliação de desempenho dos professores só não é aprovada na Assembleia da República porque aos numerosos deputados do PS que tinham antecipado o fim-de-semana se juntaram não menos numerosos deputados do PSD que não lhes ficaram atrás.
2.º episódio: O primeiro-ministro é entrevistado na SIC. O Público (um «jornal de referência») dedica duas páginas, não a comentar o que disse, mas quantas mentiras disse.
3.º episódio: a suspensão do processo de avaliação de desempenho dos professores é rejeitada por um voto na Assembleia da República, depois de um número de terrorismo político do ministro Santos Silva e de um número de equilibrismo político do grupo de deputados «alegres».
4.º episódio: o ministro Silva Pereira, segundo os jornais, declara que se um dos diplomas a suspender a avaliação dos professores fosse aprovado, «o País estaria confrontado com uma situação grave do ponto de vista democrático» e que «naturalmente o País, todas as suas instituições, teriam de fazer uma grande reflexão sobre a situação a que teríamos chegado».
Tem toda a razão o sr. ministro. Há aqui motivos para uma reflexão sobre a situação a que chegámos. De como um processo administrativo, burocrático e autoritário contra o qual se levanta um clamor nacional vindo de todos os quadrantes - a avaliação de desempenho dos professores que o Governo teima em impor - se tornou, para estes senhores, uma questão central «do ponto de vista democrático».
Central, do ponto de vista democrático, é a cegueira autoritária de que o actual Governo padece, assumindo que maioria absoluta significa a imposição discricionária de um poder absoluto. Central é a absoluta governamentalização da Assembleia da República, perante a qual o Governo devia responder, mas onde a maioria PS não passa de um pau-mandado do Governo.
Central do ponto de vista democrático é que, quando o primeiro-ministro fala, a questão seja contabilizar quantas mentiras diz. E já agora, uma curiosidade: se Sócrates fica tão enxofrado quando nas manifestações o tratam de «mentiroso», como irá reagir desta vez, se quem o trata assim não são trabalhadores, mas o «jornal de referência» do engenheiro Belmiro?
2.º episódio: O primeiro-ministro é entrevistado na SIC. O Público (um «jornal de referência») dedica duas páginas, não a comentar o que disse, mas quantas mentiras disse.
3.º episódio: a suspensão do processo de avaliação de desempenho dos professores é rejeitada por um voto na Assembleia da República, depois de um número de terrorismo político do ministro Santos Silva e de um número de equilibrismo político do grupo de deputados «alegres».
4.º episódio: o ministro Silva Pereira, segundo os jornais, declara que se um dos diplomas a suspender a avaliação dos professores fosse aprovado, «o País estaria confrontado com uma situação grave do ponto de vista democrático» e que «naturalmente o País, todas as suas instituições, teriam de fazer uma grande reflexão sobre a situação a que teríamos chegado».
Tem toda a razão o sr. ministro. Há aqui motivos para uma reflexão sobre a situação a que chegámos. De como um processo administrativo, burocrático e autoritário contra o qual se levanta um clamor nacional vindo de todos os quadrantes - a avaliação de desempenho dos professores que o Governo teima em impor - se tornou, para estes senhores, uma questão central «do ponto de vista democrático».
Central, do ponto de vista democrático, é a cegueira autoritária de que o actual Governo padece, assumindo que maioria absoluta significa a imposição discricionária de um poder absoluto. Central é a absoluta governamentalização da Assembleia da República, perante a qual o Governo devia responder, mas onde a maioria PS não passa de um pau-mandado do Governo.
Central do ponto de vista democrático é que, quando o primeiro-ministro fala, a questão seja contabilizar quantas mentiras diz. E já agora, uma curiosidade: se Sócrates fica tão enxofrado quando nas manifestações o tratam de «mentiroso», como irá reagir desta vez, se quem o trata assim não são trabalhadores, mas o «jornal de referência» do engenheiro Belmiro?