Gaza, 27 de Dezembro de 2008
A violência, o terror e a morte voltaram nos últimos dias em grande escala ao território da Palestina. Com a protecção e os apoios do costume, o Estado de Israel lançou uma violenta ofensiva militar contra o povo palestiniano que, em poucas horas, fez centenas de mortos e milhares de feridos. Sobre os cerca de 6 quilómetros da faixa de Gaza, na qual sobrevivem mais de um milhão e meio de pessoas – num dos territórios mais densamente povoados do mundo –, foram despejadas centenas de bombas da aviação israelita, numa táctica, como alguns descreveram, de «choque e pavor», provocando um dos maiores massacres dos últimos anos.
Esta acção do Estado de Israel, que nada tem de novo nem de surpreendente, insere-se numa estratégia, há muito denunciada, que visa o extermínio do heróico povo da Palestina e que tem sido desenvolvida com o apoio político e militar do imperialismo. Daí não existir lugar para surpresas na forma como a chamada «comunidade internacional» reagiu a esta tragédia, em que, refugiando-se numa hipócrita equidistância, se ficou por apelos vagos ao fim dos conflitos, fugindo sempre à questão central da condenação da acção de Israel. Da parte do «amigo» americano choveram palavras de conforto e compreensão através do «reconhecido o direito de Israel à sua defesa» e ficou o cínico apelo para que se evite «matar civis», o que na prática constituiu um aval, entre outros tantos, a este criminoso ataque.
Por outro lado, a generalidade dos órgãos de comunicação social em todo o mundo, ao mesmo tempo que se mostrou incapaz de esconder a violência do ataque, fez um inaceitável esforço para o projectar como uma «resposta de Israel», como um conflito entre «Israel e o Hamas», confirmando também aqui, no plano da gestão da informação, o quanto desiguais são as armas do Estado de Israel e do povo palestiniano. No nosso País, foram também reproduzidas as imagens, os comentários e as opiniões, previamente avalizadas pelas centrais de informação sionistas, o que tem permitido a absoluta impunidade dos carrascos e a pronta condenação das vítimas.
No dia em que se desencadeou esta nova ofensiva, num comunicado que foi absolutamente silenciado pelos media nacionais, o PCP, expressando a sua inquebrantável solidariedade para com o povo da Palestina, reclamou do Governo português uma «enérgica e inequívoca condenação dos ataques militares», condenação esta que, até ao momento em que se escreve este texto, não existiu ainda. Os comunistas portugueses recordarão esse dia, não apenas como uma trágica memória dos tempos em que vivemos, mas sobretudo como um exemplo de um povo que, nas mais difíceis condições, prova diariamente que resistir já é vencer. E vencerá!
Esta acção do Estado de Israel, que nada tem de novo nem de surpreendente, insere-se numa estratégia, há muito denunciada, que visa o extermínio do heróico povo da Palestina e que tem sido desenvolvida com o apoio político e militar do imperialismo. Daí não existir lugar para surpresas na forma como a chamada «comunidade internacional» reagiu a esta tragédia, em que, refugiando-se numa hipócrita equidistância, se ficou por apelos vagos ao fim dos conflitos, fugindo sempre à questão central da condenação da acção de Israel. Da parte do «amigo» americano choveram palavras de conforto e compreensão através do «reconhecido o direito de Israel à sua defesa» e ficou o cínico apelo para que se evite «matar civis», o que na prática constituiu um aval, entre outros tantos, a este criminoso ataque.
Por outro lado, a generalidade dos órgãos de comunicação social em todo o mundo, ao mesmo tempo que se mostrou incapaz de esconder a violência do ataque, fez um inaceitável esforço para o projectar como uma «resposta de Israel», como um conflito entre «Israel e o Hamas», confirmando também aqui, no plano da gestão da informação, o quanto desiguais são as armas do Estado de Israel e do povo palestiniano. No nosso País, foram também reproduzidas as imagens, os comentários e as opiniões, previamente avalizadas pelas centrais de informação sionistas, o que tem permitido a absoluta impunidade dos carrascos e a pronta condenação das vítimas.
No dia em que se desencadeou esta nova ofensiva, num comunicado que foi absolutamente silenciado pelos media nacionais, o PCP, expressando a sua inquebrantável solidariedade para com o povo da Palestina, reclamou do Governo português uma «enérgica e inequívoca condenação dos ataques militares», condenação esta que, até ao momento em que se escreve este texto, não existiu ainda. Os comunistas portugueses recordarão esse dia, não apenas como uma trágica memória dos tempos em que vivemos, mas sobretudo como um exemplo de um povo que, nas mais difíceis condições, prova diariamente que resistir já é vencer. E vencerá!