Frente amplia-se
Centenas de milhares de trabalhadores dos diferentes sectores saíram à rua no dia 12 durante a primeira primeira greve geral em Itália desde as eleições de Março que colocaram os partidos da direita no poder.
Manifestações em 108 cidades contra governo Berlusconi
Apesar das intensas chuvas que assolavam o país, os trabalhadores italianos vincaram o seu protesto contra as políticas de Berlusconi com expressivas manifestações em 108 cidades.
O maior desfile teve lugar em Bolonha, onde mais de 200 mil pessoas se incorporaram numa marcha que foi encabeçada pelo líder da Confederação Geral Italiana de Trabalhadores (CGIL), Guglielmo Epifani, a única central que convocou a greve geral.
Importantes mobilizações registaram-se ainda em Turim (80 mil manifestantes), Milão e Veneza (50 mil), Roma e Nápoles (40 mil), bem como em Florença, Ancona, Bari, Palermo ou Cagliari, onde desfilaram lado a lado operários, estudantes, funcionários públicos, professores, reformados e desempregados.
A paralisação, que se destinou a exigir «mais emprego, mais salários, mais pensões e mais dreitos», registou uma elevada adesão designadamente na indústria do Norte. Na principal fábrica da Fiat, em Mirafiori, cerca de 50 por cento dos operários cessaram a laboração. Hospitais, escolas, correios e agências bancárias encerraram ou reduziram o seu funcionamento. Nos caminhos-de-ferro e transportes públicos de Roma e Veneza a Central Sindical suspendeu a greve para não agravar as dificuldades da população provocadas pela vaga de mau tempo.
No dia da greve, o governo de Silvio Berlusconi decidiu anunciar o adiamento por um ano da controversa reforma do ensino superior e a anulação das medidas mais gravosas no ensino primário e secundário, nomeadamente a introdução do professor único no primeiro ciclo.
Interpretado como uma vitória da luta popular, este claro recuo do governo demonstra que «a mobilização é útil e necessária porque obriga Berlusconi a rever as suas políticas», afirmou Guglielmo Epifani, sublinhando que «a magnitude da crise forçará o governo a actuar de forma séria e a consensualizar as suas decisões com os sindicatos».
A economia italiana atravessa uma profunda crise e as previsões apontam para uma contracção do PIB em um por cento no próximo ano.
O maior desfile teve lugar em Bolonha, onde mais de 200 mil pessoas se incorporaram numa marcha que foi encabeçada pelo líder da Confederação Geral Italiana de Trabalhadores (CGIL), Guglielmo Epifani, a única central que convocou a greve geral.
Importantes mobilizações registaram-se ainda em Turim (80 mil manifestantes), Milão e Veneza (50 mil), Roma e Nápoles (40 mil), bem como em Florença, Ancona, Bari, Palermo ou Cagliari, onde desfilaram lado a lado operários, estudantes, funcionários públicos, professores, reformados e desempregados.
A paralisação, que se destinou a exigir «mais emprego, mais salários, mais pensões e mais dreitos», registou uma elevada adesão designadamente na indústria do Norte. Na principal fábrica da Fiat, em Mirafiori, cerca de 50 por cento dos operários cessaram a laboração. Hospitais, escolas, correios e agências bancárias encerraram ou reduziram o seu funcionamento. Nos caminhos-de-ferro e transportes públicos de Roma e Veneza a Central Sindical suspendeu a greve para não agravar as dificuldades da população provocadas pela vaga de mau tempo.
No dia da greve, o governo de Silvio Berlusconi decidiu anunciar o adiamento por um ano da controversa reforma do ensino superior e a anulação das medidas mais gravosas no ensino primário e secundário, nomeadamente a introdução do professor único no primeiro ciclo.
Interpretado como uma vitória da luta popular, este claro recuo do governo demonstra que «a mobilização é útil e necessária porque obriga Berlusconi a rever as suas políticas», afirmou Guglielmo Epifani, sublinhando que «a magnitude da crise forçará o governo a actuar de forma séria e a consensualizar as suas decisões com os sindicatos».
A economia italiana atravessa uma profunda crise e as previsões apontam para uma contracção do PIB em um por cento no próximo ano.