Nem com «paciência de ostra»
Uma personagem de «Alice no país das Maravilhas» do muito questionável Lewis Carrol, acusava: «Eras capaz de fazer perder a paciência a uma ostra». Foi o que me ocorreu perante os cínicos alibis «de esquerda» de M. Alegre no apoio efectivo ao OE de continuação da mesma política de direita do governo PS/Sócrates.
Alegre votou sexta-feira na generalidade o OE 2009 e prepara agora a «declaração de voto» na votação final global, como fez nos OE 2007 e 2008 - «há questões em que o deputado não deve quebrar o sentido de voto... embora discorde...» blá, blá. Absteve-se no Código de Trabalho – tal como fizeram PSD e CDS, uma vez garantida a aprovação dos seus interesses de classe. E votou a favor da «nacionalização» do BPN e da injecção pelo Estado de 4000 milhões de salvação de banqueiros e apoio à concentração capitalista.
As posições de Alegre nesta legislatura são paradigma do oportunismo e da gestão de imagem de pseudo-dissidência com a política de Sócrates. O expediente mais frequente foi faltar a votações (muitas vezes por «razões de saúde»!), faltou no OE 2006, no Estatuto dos Jornalistas, no financiamento do Ensino Superior, no regime de vencimentos e carreiras da Função Pública, no SIADAP, no combate à corrupção, nas suspensões do encerramento das urgências ou da avaliação dos professores, etc. Os votos contrários ao Governo foram apenas na avaliação de riscos dos resíduos perigosos, no ensino da língua no estrangeiro, no acordo ortográfico e na Lei de Segurança Interna. E sobrou a conveniente abstenção – na Lei eleitoral das Autarquias, no Referendo ao Tratado da UE, na LOIC, no Código de Trabalho e pouco mais.
Conhecidas as desgraças da política de direita deste Governo para os trabalhadores e o País, este pouco mais que coisa nenhuma é demolidor da «dissidência alegrista». Já sem falar do anticomunismo que faz a intimidade com o BE, ou dos escritos Prozac, sem «estado de alma» nem projecto.
Leia-se o «homem de mão» de Alegre, na contra-revolução armada de 1975 e ainda hoje. No DN de sábado, diz Edmundo Pedro (contrabandista do anticomunismo): o «Manel», «procura cultivar a imagem de esquerda», «talvez isso venha salvar o PS», «está a posicionar-se como candidato a PR», «Sócrates não vai ter alternativa senão apoiar». (Ou já apoiou?).
Não há paciência (nem de ostra) para tanta intrujice.
Alegre votou sexta-feira na generalidade o OE 2009 e prepara agora a «declaração de voto» na votação final global, como fez nos OE 2007 e 2008 - «há questões em que o deputado não deve quebrar o sentido de voto... embora discorde...» blá, blá. Absteve-se no Código de Trabalho – tal como fizeram PSD e CDS, uma vez garantida a aprovação dos seus interesses de classe. E votou a favor da «nacionalização» do BPN e da injecção pelo Estado de 4000 milhões de salvação de banqueiros e apoio à concentração capitalista.
As posições de Alegre nesta legislatura são paradigma do oportunismo e da gestão de imagem de pseudo-dissidência com a política de Sócrates. O expediente mais frequente foi faltar a votações (muitas vezes por «razões de saúde»!), faltou no OE 2006, no Estatuto dos Jornalistas, no financiamento do Ensino Superior, no regime de vencimentos e carreiras da Função Pública, no SIADAP, no combate à corrupção, nas suspensões do encerramento das urgências ou da avaliação dos professores, etc. Os votos contrários ao Governo foram apenas na avaliação de riscos dos resíduos perigosos, no ensino da língua no estrangeiro, no acordo ortográfico e na Lei de Segurança Interna. E sobrou a conveniente abstenção – na Lei eleitoral das Autarquias, no Referendo ao Tratado da UE, na LOIC, no Código de Trabalho e pouco mais.
Conhecidas as desgraças da política de direita deste Governo para os trabalhadores e o País, este pouco mais que coisa nenhuma é demolidor da «dissidência alegrista». Já sem falar do anticomunismo que faz a intimidade com o BE, ou dos escritos Prozac, sem «estado de alma» nem projecto.
Leia-se o «homem de mão» de Alegre, na contra-revolução armada de 1975 e ainda hoje. No DN de sábado, diz Edmundo Pedro (contrabandista do anticomunismo): o «Manel», «procura cultivar a imagem de esquerda», «talvez isso venha salvar o PS», «está a posicionar-se como candidato a PR», «Sócrates não vai ter alternativa senão apoiar». (Ou já apoiou?).
Não há paciência (nem de ostra) para tanta intrujice.