EUA usaram nuclear no Iraque
Os EUA terão usado armamento nuclear durante a primeira ofensiva contra o Iraque, em 1991. O caso fundamenta-se em testemunhos de veteranos de guerra e nos dados sismológicos daquele período.
Brown diz ter falado com militares que estavam no local da explosão
Segundo a investigação levada a cabo pela Rainews24, divulgada há duas semanas, o uso da mininuk terá ocorrido a 27 de Fevereiro de 1991, entre a cidade de Bassorá, no Sul do Iraque, e a fronteira com o Irão.
Dois dias antes, Saddam Hussein havia atingido uma base norte-americana na Arábia Saudita com mísseis Scud, por isso Jim Brown avança como hipóteses plausíveis para o sucedido a retaliação contra o ataque iraquiano e o envio de uma mensagem de rendição por parte de Washington a Saddam. Mas a confirmar-se a história relatada pelo veterano da Primeira Guerra do Golfo, fica também a suspeita de que, já então, os EUA preparavam o terreno para usarem o nuclear como arma táctica e não apenas estratégica.
Na sua narração à página informativa italiana, Brown – responsável pela organização de veteranos Gulf Watch Intelligence Networking System e um dos milhares de soldados norte-americanos que reclamam sofrer de Síndroma do Golfo –, afirma ainda ter falado com militares que estavam no local onde ocorreu a explosão e sustenta que os dados sismográficos confirmam a autenticidade da história.
Com efeito, diz, os dados do Centro Sismológico Internacional indicam que durante os 43 dias que durou a operação Tempestade no Deserto, o único fenómeno sismológico registado foi precisamente perto de Bassorá. Acresce que o abalo foi registado em outros centros sísmicos, como no Irão, Nepal, Canadá, Suécia e Noruega.
Questionado pelos jornalistas transalpinos sobre a matéria, o Departamento de Defesa dos EUA insistiu que na campanha de Janeiro/Fevereiro de 1991, apenas foram usadas armas convencionais. A que mais se aproxima da potência de uma Bunker Booster é a BLU-82, mas, de acordo com a investigação da Rainews24, uma explosão desta não superaria os 3 pontos na escala de Richter, magnitude inferior à registada em Bassorá, 4,3, a qual corresponde exactamente ao lançamento de uma bomba nuclear de cinco quilotoneladas.
Crescimento assustador de casos de cancro
Mais adiante na pesquisa, os jornalistas da cadeia estatal italiana procuraram o doutor Jawad Al Ali, director do Instituto Oncológico do Hospital de Bassorá para obterem o seu testemunho sobre a matéria.
Das declarações de Al Ali não é possível confirmar os factos levantados pela versão que o ex-militar Jim Brown conta e os dados sismológicos induzem. Não obstante, o clínico revelou que de 1989 para 2001, o número de mortes associadas a doenças oncológicas por ano na região de Bassorá cresceu de 34 para mais de 600.
A cifra tende a aumentar, diz Al Ali, uma vez que, tal como em 1991, também em 2002 os EUA despejaram centenas de toneladas de projécteis com urânio empobrecido.
O médico iraquiano referiu-se ainda a um nível extremamente elevado de radiações – as quais penetram nos solos, linhas de água, minando toda a cadeia alimentar –, facto que poderá explicar a proliferação de tipos de cancro em populações onde se manifestam muito raramente.
A verificar-se a história divulgada pela Rainews24, esta seria a terceira vez que os EUA lançariam um ataque nuclear contra zonas povoadas, desta feita usando uma bomba chamada de «mininuclear», duas vezes inferior à lançada sobre Hiroshima e três vezes inferior àquela que arrasou Nagazaki, em 1945, mas com iguais sequelas e efeitos devastadores para os civis atingidos pelo que o Pentágono considera serem «danos colaterais».
Dois dias antes, Saddam Hussein havia atingido uma base norte-americana na Arábia Saudita com mísseis Scud, por isso Jim Brown avança como hipóteses plausíveis para o sucedido a retaliação contra o ataque iraquiano e o envio de uma mensagem de rendição por parte de Washington a Saddam. Mas a confirmar-se a história relatada pelo veterano da Primeira Guerra do Golfo, fica também a suspeita de que, já então, os EUA preparavam o terreno para usarem o nuclear como arma táctica e não apenas estratégica.
Na sua narração à página informativa italiana, Brown – responsável pela organização de veteranos Gulf Watch Intelligence Networking System e um dos milhares de soldados norte-americanos que reclamam sofrer de Síndroma do Golfo –, afirma ainda ter falado com militares que estavam no local onde ocorreu a explosão e sustenta que os dados sismográficos confirmam a autenticidade da história.
Com efeito, diz, os dados do Centro Sismológico Internacional indicam que durante os 43 dias que durou a operação Tempestade no Deserto, o único fenómeno sismológico registado foi precisamente perto de Bassorá. Acresce que o abalo foi registado em outros centros sísmicos, como no Irão, Nepal, Canadá, Suécia e Noruega.
Questionado pelos jornalistas transalpinos sobre a matéria, o Departamento de Defesa dos EUA insistiu que na campanha de Janeiro/Fevereiro de 1991, apenas foram usadas armas convencionais. A que mais se aproxima da potência de uma Bunker Booster é a BLU-82, mas, de acordo com a investigação da Rainews24, uma explosão desta não superaria os 3 pontos na escala de Richter, magnitude inferior à registada em Bassorá, 4,3, a qual corresponde exactamente ao lançamento de uma bomba nuclear de cinco quilotoneladas.
Crescimento assustador de casos de cancro
Mais adiante na pesquisa, os jornalistas da cadeia estatal italiana procuraram o doutor Jawad Al Ali, director do Instituto Oncológico do Hospital de Bassorá para obterem o seu testemunho sobre a matéria.
Das declarações de Al Ali não é possível confirmar os factos levantados pela versão que o ex-militar Jim Brown conta e os dados sismológicos induzem. Não obstante, o clínico revelou que de 1989 para 2001, o número de mortes associadas a doenças oncológicas por ano na região de Bassorá cresceu de 34 para mais de 600.
A cifra tende a aumentar, diz Al Ali, uma vez que, tal como em 1991, também em 2002 os EUA despejaram centenas de toneladas de projécteis com urânio empobrecido.
O médico iraquiano referiu-se ainda a um nível extremamente elevado de radiações – as quais penetram nos solos, linhas de água, minando toda a cadeia alimentar –, facto que poderá explicar a proliferação de tipos de cancro em populações onde se manifestam muito raramente.
A verificar-se a história divulgada pela Rainews24, esta seria a terceira vez que os EUA lançariam um ataque nuclear contra zonas povoadas, desta feita usando uma bomba chamada de «mininuclear», duas vezes inferior à lançada sobre Hiroshima e três vezes inferior àquela que arrasou Nagazaki, em 1945, mas com iguais sequelas e efeitos devastadores para os civis atingidos pelo que o Pentágono considera serem «danos colaterais».