É tempo de mudar!
Jerónimo de Sousa participou, dia 4, num comício do Partido em Grândola. A denúncia da política de direita e as propostas para a alternativa de esquerda dominaram o discurso.
É fundamental a instalação de novas indústrias na região
«É tempo de lutar, é tempo de mudar – mais força ao PCP», lia-se na faixa colocada no fundo do palco onde se realizou o comício do PCP, na Praça D. Jorge, bem no centro da vila de Grândola. Perante centenas de militantes e simpatizantes do Partido do concelho, o Secretário-geral do PCP considerou ser «tempo de mudar porque o País precisa de uma alternativa de esquerda que ponha fim aos 30 anos de rotativismo e de alternância sem alternativa protagonizados por PS e PSD, com ou seu o CDP-PP.
Em foco esteve a crítica e o combate às alterações ao Código do Trabalho, com o dirigente do PCP a reafirmar que se trata de um «passo atrás nos direitos dos trabalhadores». Esta legislação, denunciou, põe em causa direitos históricos dos trabalhadores alcançados com a luta de várias gerações. Entre estes, conta-se o próprio direito ao trabalho e ao salário, o horário de trabalho, o pagamento de horas extraordinárias, a contratação colectiva ou a liberdade sindical.
O dirigente do PCP guardou ainda umas palavras para o aumento das taxas de juro e dos combustíveis, reafirmando que não podem ser os trabalhadores, os reformados, os jovens e os pequenos e médios empresários a pagar o preço da crise financeira. E reafirmou as propostas do Partido para minimizar os seus efeitos.
Desenvolver o Litoral Alentejano
Logo atrás do palco onde se realizou o comício estava o Centro de Trabalho do PCP. Na fachada, uma outra faixa denunciava outra injustiça: «A Câmara de Grândola e o PS querem despejar o PCP do Centro de Trabalho. É uma vergonha!»
Manuel Valente, do Comité Central, referiu-se a esta questão, considerando «arrogante, prepotente e antidemocrática» a atitude da maioria PS na Câmara. A própria concelhia local do PS, acrescentou, veio a público «aplaudir» a decisão municipal. Para o dirigente do PCP, «é uma vergonha vindo de um partido que se diz socialista, mas que de socialista só tem o nome».
E lembrou que estes «são os mesmos que tentaram tudo para que o 1.º de Maio não se comemorasse no jardim com esse nome» e que, entre outros exemplos, procuraram que o comício do Partido não se realizasse naquele local por ser demasiado «nobre» para o efeito.
Para Manuel Valente, também na região é preciso mudar de política. É necessária, afirmou, uma política alternativa que promova o desenvolvimento económico da região e o emprego, com a instalação de novas indústrias. O apoio às pequenas e médias empresas, e aos sectores das pescas, da agricultura e da pecuária são também prioridades. O turismo deve também ser potenciado, defendeu o dirigente comunista. Mas, alertou, «não com um turismo em torno da especulação imobiliária, virado para os interesses dos grandes grupos económicos».
Hugo Garrido, da JCP, chamou a atenção para as más condições de muitas escolas da região e lembrou que «milhares de jovens não prosseguem os estudos por não terem condições económicas». A solução que o Governo apresenta são os empréstimos aos bancos em vez da Acção Social Escolar, denunciou o jovem comunista.
Um jovem do Litoral Alentejano que queira ingressar no ensino superior, «tem apenas duas hipóteses: ou vai para o ensino privado em Santo André, onde pode optar apenas por 4 cursos, ou vai estudar para fora da região». Face a isto, a JCP exige um pólo de ensino superior público na região.
Em foco esteve a crítica e o combate às alterações ao Código do Trabalho, com o dirigente do PCP a reafirmar que se trata de um «passo atrás nos direitos dos trabalhadores». Esta legislação, denunciou, põe em causa direitos históricos dos trabalhadores alcançados com a luta de várias gerações. Entre estes, conta-se o próprio direito ao trabalho e ao salário, o horário de trabalho, o pagamento de horas extraordinárias, a contratação colectiva ou a liberdade sindical.
O dirigente do PCP guardou ainda umas palavras para o aumento das taxas de juro e dos combustíveis, reafirmando que não podem ser os trabalhadores, os reformados, os jovens e os pequenos e médios empresários a pagar o preço da crise financeira. E reafirmou as propostas do Partido para minimizar os seus efeitos.
Desenvolver o Litoral Alentejano
Logo atrás do palco onde se realizou o comício estava o Centro de Trabalho do PCP. Na fachada, uma outra faixa denunciava outra injustiça: «A Câmara de Grândola e o PS querem despejar o PCP do Centro de Trabalho. É uma vergonha!»
Manuel Valente, do Comité Central, referiu-se a esta questão, considerando «arrogante, prepotente e antidemocrática» a atitude da maioria PS na Câmara. A própria concelhia local do PS, acrescentou, veio a público «aplaudir» a decisão municipal. Para o dirigente do PCP, «é uma vergonha vindo de um partido que se diz socialista, mas que de socialista só tem o nome».
E lembrou que estes «são os mesmos que tentaram tudo para que o 1.º de Maio não se comemorasse no jardim com esse nome» e que, entre outros exemplos, procuraram que o comício do Partido não se realizasse naquele local por ser demasiado «nobre» para o efeito.
Para Manuel Valente, também na região é preciso mudar de política. É necessária, afirmou, uma política alternativa que promova o desenvolvimento económico da região e o emprego, com a instalação de novas indústrias. O apoio às pequenas e médias empresas, e aos sectores das pescas, da agricultura e da pecuária são também prioridades. O turismo deve também ser potenciado, defendeu o dirigente comunista. Mas, alertou, «não com um turismo em torno da especulação imobiliária, virado para os interesses dos grandes grupos económicos».
Hugo Garrido, da JCP, chamou a atenção para as más condições de muitas escolas da região e lembrou que «milhares de jovens não prosseguem os estudos por não terem condições económicas». A solução que o Governo apresenta são os empréstimos aos bancos em vez da Acção Social Escolar, denunciou o jovem comunista.
Um jovem do Litoral Alentejano que queira ingressar no ensino superior, «tem apenas duas hipóteses: ou vai para o ensino privado em Santo André, onde pode optar apenas por 4 cursos, ou vai estudar para fora da região». Face a isto, a JCP exige um pólo de ensino superior público na região.