Negócios nebulosos
A aquisição dos helicópteros EH101 à Augusta-Westland, sem a contrapartida da sua manutenção, e a assinatura agora de um contrato entre o Governo e esta empresa para a sua manutenção é um negócio verdadeiramente escandaloso, acusa o Gabinete de Imprensa do PCP.
Está em marcha um outro negócio nebuloso, para a aquisição de submarinos
De facto, ao contrário do que se quer fazer crer, a assinatura deste contrato de manutenção não tem contrapartidas (as contrapartidas, que aliás não estão a ser cumpridas, resultam do contrato de aquisição) e os custos, na ordem dos 15 milhões de euros/ano, são superiores ao que tem sido divulgado. Mais, não se sabe quais seriam esses custos se a Força Aérea tivesse sido envolvida no processo de manutenção, para o qual, de resto, já revelou ter competência técnica.
Assim, o PCP exige do Governo que esclareça quais as contrapartidas concretas e por que não foram accionados os mecanismos para que a Augusta-Westland ressarcisse o Estado pelos prejuízos causados em função da inoperacionalidade quase total da milionária frota dos EH101 e dos custos da reactivação dos helicópteros PUMA, que nesta altura já devem rondar os 200 milhões de euros.
Mas o escândalo não se fica por aqui: está também em marcha um outro negócio nebuloso, desta vez com um contrato de aquisição de submarinos, que também não contempla a manutenção. O Governo deve, pois, desde já «clarificar detalhadamente» qual é a real situação dos submarinos e como se efectuará o seu pagamento, se por sistema leasing – a favor dos lucros da banca e em detrimento do erário público – ou se por outro sistema.
O PCP deixa ainda outras perguntas no ar: «existem ou não contrapartidas e quais são? Quanto vai custar a sua manutenção e qual o valor desse contrato?» Neste último caso, chama a atenção para o facto de as actuais infra-estruturas de manutenção de submarinos do Alfeite (docas seca e flutuante) não terem condições para as novas unidades, exigindo ainda mais investimentos, cujos valor global importa desde já conhecer.
Por último, o Gabinete de Imprensa do PCP regista o facto de a política de contenção do Governo só se aplicar afinal em áreas sociais como a saúde e a educação, os salários, pensões e reformas, «deixando à solta os chorudos negócios do reequipamento militar que, embora remontem ao tempo de Paulo Portas e dos governos PSD/PP, contam com o apoio e cobertura do governo PS.»
Assim, o PCP exige do Governo que esclareça quais as contrapartidas concretas e por que não foram accionados os mecanismos para que a Augusta-Westland ressarcisse o Estado pelos prejuízos causados em função da inoperacionalidade quase total da milionária frota dos EH101 e dos custos da reactivação dos helicópteros PUMA, que nesta altura já devem rondar os 200 milhões de euros.
Mas o escândalo não se fica por aqui: está também em marcha um outro negócio nebuloso, desta vez com um contrato de aquisição de submarinos, que também não contempla a manutenção. O Governo deve, pois, desde já «clarificar detalhadamente» qual é a real situação dos submarinos e como se efectuará o seu pagamento, se por sistema leasing – a favor dos lucros da banca e em detrimento do erário público – ou se por outro sistema.
O PCP deixa ainda outras perguntas no ar: «existem ou não contrapartidas e quais são? Quanto vai custar a sua manutenção e qual o valor desse contrato?» Neste último caso, chama a atenção para o facto de as actuais infra-estruturas de manutenção de submarinos do Alfeite (docas seca e flutuante) não terem condições para as novas unidades, exigindo ainda mais investimentos, cujos valor global importa desde já conhecer.
Por último, o Gabinete de Imprensa do PCP regista o facto de a política de contenção do Governo só se aplicar afinal em áreas sociais como a saúde e a educação, os salários, pensões e reformas, «deixando à solta os chorudos negócios do reequipamento militar que, embora remontem ao tempo de Paulo Portas e dos governos PSD/PP, contam com o apoio e cobertura do governo PS.»