Na Macvila

Despedimentos ensombram futuro

A situação da empresa ex-Maconde (actualmente Macvila) continua a ser motivo de preocupação, designadamente entre os seus trabalhadores sobre quem recai a ameaça de verem o respectivo posto de trabalho liquidado.
Os mais recentes desenvolvimentos prendem-se com o despedimento de cerca de 60 trabalhadores, formalmente cumprido a 1 de Agosto, que foram informados pela administração da inexistência de património para pagar as correspondentes indemnizações. Segundo informações veiculadas nos últimos dias pela comunicação social, mais 20 postos de trabalho podem estar em risco.
Tais factos levaram o deputado comunista Jorge Machado a inquirir uma vez mais o Governo sobre um conjunto de questões relacionadas com a evolução da empresa, nomeadamente o acordo por esta celebrado com a banca e apadrinhado pelo Ministério da Economia e Inovação.
Foi este último, aliás, em resposta a um requerimento de Jorge Machado em Setembro de 2007 – diligência efectuada após vários despedimentos e num contexto em que já se falava da difícil situação da empresa e do sério risco do seu encerramento, agravando ainda mais a situação económica e social vivida na Póvoa do Varzim e em Vila do Conde -, que veio dizer que as negociações então realizadas tiveram por objectivo «manter a actividade da empresa, salvaguardando 491 postos de trabalho, ou seja, cerca de 90 por cento dos postos de trabalho existentes».
O que, pelos factos entretanto ocorridos, não está a suceder, levando Jorge Machado a concluir que o compromisso de salvaguarda dos postos de trabalho e sua integração na Macvila não foi cumprido. Daí que hoje reine entre os trabalhadores, como refere o parlamentar comunista, «o medo do despedimento» e o generalizado receio do encerramento definitivo da empresa quando terminar o contrato de comodato das instalações entre esta e a banca.
«Por que razão o Ministério não cumpriu o compromisso de salvaguardar os 491 postos de trabalho?», pergunta o deputado comunista no texto dirigido à tutela sob a responsabilidade de Manuel Pinho, a quem inquire sobre as perspectivas de futuro da Macvila, uma vez terminado o referido contrato, bem como sobre as razões que explicam que os 60 trabalhadores agora despedidos não tenham direito a qualquer indemnização.



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