A Festa da Alegria e da luta
O fim-de-semana foi de Festa. Tendo completado, este ano, 30 anos de existência, na Festa da Alegria «brindou-se» à camaradagem, à solidariedade, à resistência. Foi ainda momento de revigorar forças para a luta de sempre, para a luta dos comunistas.
Julho é desde 1978 o mês da Alegria em Braga. Da Alegria dos comunistas, dos jovens, de milhares de homens e mulheres de várias profissões e origens que ainda não tendo tomado Partido, vão à Festa que o Partido organiza no Norte do País.
Este ano com acrescida razão o fizeram. Cumpriu 30 anos a Festa da nossa Alegria. Idade maior, bonita, e talvez por isso os bombos e os gaiteiros que de quando em quando animavam as ruas tenham soado mais alto. Talvez por isso a Festa se tenha vestido de cores garridas no Parque de Exposições e nos espaços que cada organização do PCP trouxe a Braga.
Em cada uma delas, era possível encontrar um bocadinho de todos nós, da nossa cultura, identidade, memória, combate e projecto. Em todas se viam militantes comunistas animados, laboriosos em múltiplas tarefas, desde a decoração dos stands e arranjo das exposições e temas políticos, até à preparação dos petiscos que fervilharam nos tachos, potes e fornos, condimentados com amor e generosidade militante, tornando os pratos típicos, doces e iguarias de cada região ainda mais apelativos.
Rojões em Viana do Castelo e Guimarães; «pica no chão» em Famalicão, canelos e caldo de cebola em Vila Real; caracóis, moelas e fofos de Belas em Lisboa; leitão da Bairrada em Aveiro, choco frito no Alentejo; sandes à lavrador nas Beiras; entrecosto em Fafe, que se chama «piano» nas Terras de Bouro; bacalhau frito em Braga; sopa da pedra em Santarém; moscatel em Setúbal, ginja na Marinha Grande, poncha na Madeira, bolinhos de amêndoa no Algarve... Uff!, a barriga não chega para tudo, por isso a escolha é sempre difícil, e mais complexa se torna sempre que uma cara conhecida convida para comer com gosto, beber um copo de vinho verde da região e dar dois dedos de conversa, quase sempre sobre as lutas que travamos.
Um combate, muitas histórias
Percorrer a Festa da Alegria é ficar a par da actualidade política nacional, do papel dos comunistas no combate contra a exploração e por uma sociedade livre e justa. Combate que vem de longe, tem 87 anos e muitas histórias, recordava-se. Na Bacia do Ave com o operariado têxtil desde o desenvolvimento da indústria na região; no 18 de Janeiro na Marinha Grande; durante 100 anos na CUF do Barreiro ou, ainda nos tempos difíceis da longa noite fascista, mobilizando os trabalhadores e o povo para a conquista das oito horas nos campos do Ribatejo e para fazerem das «eleições», as de 1958 com Arlindo Vicente e Humberto Delgado, e as de 1969 com a Oposição Democrática, lembrava-se em Famalicão, oportunidades de desmascaramento e afronta à ditadura.
História que também tem heróis, como Joaquim Rafael, destacado militante e incansável trabalhador nas tipografias clandestinas, símbolo de dedicação e fidelidade ao Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, como fazia notar a exposição patente no espaço da Organização Regional do Porto.
História, ainda, que conquistou com sucesso a liberdade e a democracia em 1974 - festejadas efusivamente nas ruas de Braga e no primeiro 1.º de Maio, aludia uma mostra fotográfica no pavilhão da Organização de Braga na Festa da Alegria -, e com Abril continua a rasgar caminhos de futuro.
Um futuro que se pretende feito de democracia, emprego com direitos, onde todos tenham acesso à saúde e aos serviços públicos, sublinhava-se em Lisboa. Um futuro onde os trabalhadores não estejam sujeitos a horários de trabalho e salários do século XIX, notava-se no Porto. Um futuro onde o desenvolvimento harmonioso do país seja factor de combate às desigualdades sociais, às assimetrias regionais e à desertificação, aparecia em destaque no Alentejo.
Um futuro que exige de todos empreender a tarefa de reforçar o Partido. Com alegria e luta, por Abril, pelo socialismo, como indica o lema do XVIII Congresso do nosso Partido.
Este ano com acrescida razão o fizeram. Cumpriu 30 anos a Festa da nossa Alegria. Idade maior, bonita, e talvez por isso os bombos e os gaiteiros que de quando em quando animavam as ruas tenham soado mais alto. Talvez por isso a Festa se tenha vestido de cores garridas no Parque de Exposições e nos espaços que cada organização do PCP trouxe a Braga.
Em cada uma delas, era possível encontrar um bocadinho de todos nós, da nossa cultura, identidade, memória, combate e projecto. Em todas se viam militantes comunistas animados, laboriosos em múltiplas tarefas, desde a decoração dos stands e arranjo das exposições e temas políticos, até à preparação dos petiscos que fervilharam nos tachos, potes e fornos, condimentados com amor e generosidade militante, tornando os pratos típicos, doces e iguarias de cada região ainda mais apelativos.
Rojões em Viana do Castelo e Guimarães; «pica no chão» em Famalicão, canelos e caldo de cebola em Vila Real; caracóis, moelas e fofos de Belas em Lisboa; leitão da Bairrada em Aveiro, choco frito no Alentejo; sandes à lavrador nas Beiras; entrecosto em Fafe, que se chama «piano» nas Terras de Bouro; bacalhau frito em Braga; sopa da pedra em Santarém; moscatel em Setúbal, ginja na Marinha Grande, poncha na Madeira, bolinhos de amêndoa no Algarve... Uff!, a barriga não chega para tudo, por isso a escolha é sempre difícil, e mais complexa se torna sempre que uma cara conhecida convida para comer com gosto, beber um copo de vinho verde da região e dar dois dedos de conversa, quase sempre sobre as lutas que travamos.
Um combate, muitas histórias
Percorrer a Festa da Alegria é ficar a par da actualidade política nacional, do papel dos comunistas no combate contra a exploração e por uma sociedade livre e justa. Combate que vem de longe, tem 87 anos e muitas histórias, recordava-se. Na Bacia do Ave com o operariado têxtil desde o desenvolvimento da indústria na região; no 18 de Janeiro na Marinha Grande; durante 100 anos na CUF do Barreiro ou, ainda nos tempos difíceis da longa noite fascista, mobilizando os trabalhadores e o povo para a conquista das oito horas nos campos do Ribatejo e para fazerem das «eleições», as de 1958 com Arlindo Vicente e Humberto Delgado, e as de 1969 com a Oposição Democrática, lembrava-se em Famalicão, oportunidades de desmascaramento e afronta à ditadura.
História que também tem heróis, como Joaquim Rafael, destacado militante e incansável trabalhador nas tipografias clandestinas, símbolo de dedicação e fidelidade ao Partido da classe operária e de todos os trabalhadores, como fazia notar a exposição patente no espaço da Organização Regional do Porto.
História, ainda, que conquistou com sucesso a liberdade e a democracia em 1974 - festejadas efusivamente nas ruas de Braga e no primeiro 1.º de Maio, aludia uma mostra fotográfica no pavilhão da Organização de Braga na Festa da Alegria -, e com Abril continua a rasgar caminhos de futuro.
Um futuro que se pretende feito de democracia, emprego com direitos, onde todos tenham acesso à saúde e aos serviços públicos, sublinhava-se em Lisboa. Um futuro onde os trabalhadores não estejam sujeitos a horários de trabalho e salários do século XIX, notava-se no Porto. Um futuro onde o desenvolvimento harmonioso do país seja factor de combate às desigualdades sociais, às assimetrias regionais e à desertificação, aparecia em destaque no Alentejo.
Um futuro que exige de todos empreender a tarefa de reforçar o Partido. Com alegria e luta, por Abril, pelo socialismo, como indica o lema do XVIII Congresso do nosso Partido.