AKEL contra Tratado de Lisboa
A Câmara dos Representantes do Chipre ratificou, quinta-feira, dia 3, o Tratado de Lisboa. O Partido Progressista do Povo Trabalhador do Chipre (AKEL) rejeitou o documento.
O Tratado de Lisboa reforça o poder de uma minoria
Por 31 votos a favor, 17 contra, do AKEL, e uma abstenção, dos ecologistas, num total de 56 deputados, o Tratado de Lisboa foi ratificado no parlamento cipriota. O Chipre aderiu à UE em 2004 e é o vigésimo país a ratificar o Tratado. É igualmente o primeiro a fazê-lo depois do povo irlandês ter rejeitado, em referendo realizado no passado dia 12 de Junho, o documento da «Europa dos patrões».
Os partidos DISY (direita), DIKO (centro-direita) e EDEK (socialista) garantiram a aprovação da proposta argumentando que a não ratificação do Tratado coloca em causa o alargamento do bloco europeu e, consequentemente, a entrada da Turquia no espaço comum. Ora a não adesão da Turquia à UE representa um obstáculo à resolução do problema cipriota, segundo justificaram conservadores e social-democratas no debate ocorrido no hemiciclo.
A contrastar com as alegações da direita e centro-direita está a posição do governo de Ancara sobra a entrada na UE e a manutenção da ocupação da parte Norte da ilha de Chipre. Os turcos recusam-se a abordar a divisão daquele país nas discussões sobre a adesão, tanto mais que as negociações com a UE foram suspensas em 2006 devido à recusa de Ancara em abrir os seus aeroportos ao tráfego proveniente da parte grega de Nicósia.
Pela Europa dos povos, contra a Europa do capital
Já para os comunistas, o Tratado de Lisboa só vem reforçar o poder de uma minoria na base da exploração dos mais fracos e desprotegidos.
Em declarações citadas por agências internacionais após a votação, o deputado e dirigente do AKEL Pambos Kyritsis considerou que o seu partido defende «uma Europa unida, uma Europa dos povos, uma Europa dos trabalhadores».
Kyritsis explicou que «por uma questão política, de princípios morais e democráticos, o AKEL não podia votar favoravelmente fechando os olhos a um Tratado cada vez mais distante dos povos e das suas aspirações».
O AKEL é a principal força da coligação que elegeu recentemente o comunista Dimitris Christofias para a presidência da república. No contexto da ratificação do Tratado no parlamento, o presidente já disse que não tem outra hipóteses senão promulgar a votação.
Os partidos DISY (direita), DIKO (centro-direita) e EDEK (socialista) garantiram a aprovação da proposta argumentando que a não ratificação do Tratado coloca em causa o alargamento do bloco europeu e, consequentemente, a entrada da Turquia no espaço comum. Ora a não adesão da Turquia à UE representa um obstáculo à resolução do problema cipriota, segundo justificaram conservadores e social-democratas no debate ocorrido no hemiciclo.
A contrastar com as alegações da direita e centro-direita está a posição do governo de Ancara sobra a entrada na UE e a manutenção da ocupação da parte Norte da ilha de Chipre. Os turcos recusam-se a abordar a divisão daquele país nas discussões sobre a adesão, tanto mais que as negociações com a UE foram suspensas em 2006 devido à recusa de Ancara em abrir os seus aeroportos ao tráfego proveniente da parte grega de Nicósia.
Pela Europa dos povos, contra a Europa do capital
Já para os comunistas, o Tratado de Lisboa só vem reforçar o poder de uma minoria na base da exploração dos mais fracos e desprotegidos.
Em declarações citadas por agências internacionais após a votação, o deputado e dirigente do AKEL Pambos Kyritsis considerou que o seu partido defende «uma Europa unida, uma Europa dos povos, uma Europa dos trabalhadores».
Kyritsis explicou que «por uma questão política, de princípios morais e democráticos, o AKEL não podia votar favoravelmente fechando os olhos a um Tratado cada vez mais distante dos povos e das suas aspirações».
O AKEL é a principal força da coligação que elegeu recentemente o comunista Dimitris Christofias para a presidência da república. No contexto da ratificação do Tratado no parlamento, o presidente já disse que não tem outra hipóteses senão promulgar a votação.