Passos seguros
O PCP cresceu no distrito da Guarda nos últimos anos, afirmou-se nos trabalhos da VI Assembleia da Organização Regional, realizada no sábado, onde foram aprovadas medidas para prosseguir este reforço. No final, Jerónimo de Sousa valorizou as decisões assumidas.
Em dois anos, o PS «cortou» 25 por cento do investimento público na região
Mais do que o lema da Assembleia, «Parar a desertificação, desenvolver o distrito, fortalecer o Partido» era expressão dos principais vectores de actividade dos comunistas do distrito da Guarda. Que não deixaram de se reflectir nas conclusões da Assembleia e no debate travado.
Na análise feita à situação do distrito, o PCP aponta o aumento da desertificação e o agravamento das assimetrias regionais, resultantes da intensificação da política de direita, com o Governo do PS. Considerando estar em curso uma «erosão dos sectores económicos e sociais», os comunistas destacam que esta tem «elevados custos na perda de postos de trabalho e na indústria e na agricultura».
O encerramento de empresas, como a Gartêxtil ou a Rodhe, «tem lançado milhares de trabalhadores no desemprego, a maioria dos quais sem perspectivas de acesso a novos empregos». A situação pode ainda agravar-se. Na Delphi, paira a ameaça de despedimento de 540 trabalhadores.
Para o PCP, o Governo tem contribuído para agravar a já dramática situação do distrito, ao aplicar sucessivos e substanciais cortes no investimento público: em 2008, os cortes para o distrito da Guarda no âmbito do PIDDAC foi de menos 10,2 milhões de euros do que no ano anterior e menos 17,1 milhões do que em 2006. Ou seja, uma quebra, em dois anos, de 25 por cento.
Com um já longo património de propostas, a Assembleia do passado sábado recuperou o conteúdo do projecto de resolução recentemente apresentado pelo PCP na Assembleia da República, visando a concretização de um Plano Integrado para o Desenvolvimento do Distrito da Guarda.
Desse projecto, destacam-se, entre as propostas, o combate à desertificação, com o aproveitamento racional dos recursos endógenos; a implementação de medidas de apoio diversificado, incluindo de natureza fiscal, de modo a fomentar a fixação e instalação de novas fileiras produtivas; medidas preventivas e um acompanhamento regular pelo Governo, das empresas susceptíveis de deslocalização ou a promoção da elevação dos salários, pensões e reformas, que no distrito são muito inferiores à média nacional.
Mais organização e intervenção
«Temos a consciência de que fizemos muito. Mas podemos fazer mais e melhor», afirmou, na Assembleia, Armando Morais, responsável pela Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP. Tal será possível com «mais militância, mais ligação às massas, com mais meios humanos, técnicos e financeiros». Assim o PCP alcançará «mais apoio popular e aí podemos defender melhor os direitos e aspirações do nosso povo».
Nos últimos anos, acrescentou o dirigente, o PCP deu resposta a «variados problemas dos trabalhadores e da população»: em defesa do emprego e dos postos do trabalho; da agricultura e dos agricultores; contra a destruição dos serviços de saúde, «tomando a iniciativa ou apoiando a resistência aos encerramentos de SAP e internamentos» ou contra o encerramento de escolas do 1.º ciclo.
Ao nível orgânico, entraram para o Partido 71 novos militantes, 45 por cento dos quais com menos de 30 anos. Foram criadas duas comissões concelhias, em Vila Nova de Foz Côa e no Sabugal. Nos concelhos de Seia, Gouveia, Guarda, Pinhel, Almeida e Sabugal foram realizadas assembleias de organização.
Mais complicado está a organização do Partido nas empresas e locais de trabalho. Segundo o dirigente, as «falências sucessivas de muitas e importantes empresas, o elevado número de trabalhadores com trabalho precário, o clima de intimidação e de repressão vivido no mundo laboral, aumentam as nossas dificuldades de conseguir progressos significativos nesta área».
Apesar disto, a situação laboral em várias empresas mereceu a intervenção do PCP. A Assembleia aprovou a constituição do sector de empresas regional, integrando militantes de diversas empresas e concelhos. A sua primeira assembleia deverá ser realizada até ao Congresso do Partido.
A Comissão Concelhia eleita tem 23 elementos, dos quais onze entram pela primeira vez. O número de mulheres – 6 – representa um avanço, ainda insuficiente. Cinco elementos têm menos de 30 anos e outros tantos entre 30 e 40.
Na análise feita à situação do distrito, o PCP aponta o aumento da desertificação e o agravamento das assimetrias regionais, resultantes da intensificação da política de direita, com o Governo do PS. Considerando estar em curso uma «erosão dos sectores económicos e sociais», os comunistas destacam que esta tem «elevados custos na perda de postos de trabalho e na indústria e na agricultura».
O encerramento de empresas, como a Gartêxtil ou a Rodhe, «tem lançado milhares de trabalhadores no desemprego, a maioria dos quais sem perspectivas de acesso a novos empregos». A situação pode ainda agravar-se. Na Delphi, paira a ameaça de despedimento de 540 trabalhadores.
Para o PCP, o Governo tem contribuído para agravar a já dramática situação do distrito, ao aplicar sucessivos e substanciais cortes no investimento público: em 2008, os cortes para o distrito da Guarda no âmbito do PIDDAC foi de menos 10,2 milhões de euros do que no ano anterior e menos 17,1 milhões do que em 2006. Ou seja, uma quebra, em dois anos, de 25 por cento.
Com um já longo património de propostas, a Assembleia do passado sábado recuperou o conteúdo do projecto de resolução recentemente apresentado pelo PCP na Assembleia da República, visando a concretização de um Plano Integrado para o Desenvolvimento do Distrito da Guarda.
Desse projecto, destacam-se, entre as propostas, o combate à desertificação, com o aproveitamento racional dos recursos endógenos; a implementação de medidas de apoio diversificado, incluindo de natureza fiscal, de modo a fomentar a fixação e instalação de novas fileiras produtivas; medidas preventivas e um acompanhamento regular pelo Governo, das empresas susceptíveis de deslocalização ou a promoção da elevação dos salários, pensões e reformas, que no distrito são muito inferiores à média nacional.
Mais organização e intervenção
«Temos a consciência de que fizemos muito. Mas podemos fazer mais e melhor», afirmou, na Assembleia, Armando Morais, responsável pela Direcção da Organização Regional da Guarda do PCP. Tal será possível com «mais militância, mais ligação às massas, com mais meios humanos, técnicos e financeiros». Assim o PCP alcançará «mais apoio popular e aí podemos defender melhor os direitos e aspirações do nosso povo».
Nos últimos anos, acrescentou o dirigente, o PCP deu resposta a «variados problemas dos trabalhadores e da população»: em defesa do emprego e dos postos do trabalho; da agricultura e dos agricultores; contra a destruição dos serviços de saúde, «tomando a iniciativa ou apoiando a resistência aos encerramentos de SAP e internamentos» ou contra o encerramento de escolas do 1.º ciclo.
Ao nível orgânico, entraram para o Partido 71 novos militantes, 45 por cento dos quais com menos de 30 anos. Foram criadas duas comissões concelhias, em Vila Nova de Foz Côa e no Sabugal. Nos concelhos de Seia, Gouveia, Guarda, Pinhel, Almeida e Sabugal foram realizadas assembleias de organização.
Mais complicado está a organização do Partido nas empresas e locais de trabalho. Segundo o dirigente, as «falências sucessivas de muitas e importantes empresas, o elevado número de trabalhadores com trabalho precário, o clima de intimidação e de repressão vivido no mundo laboral, aumentam as nossas dificuldades de conseguir progressos significativos nesta área».
Apesar disto, a situação laboral em várias empresas mereceu a intervenção do PCP. A Assembleia aprovou a constituição do sector de empresas regional, integrando militantes de diversas empresas e concelhos. A sua primeira assembleia deverá ser realizada até ao Congresso do Partido.
A Comissão Concelhia eleita tem 23 elementos, dos quais onze entram pela primeira vez. O número de mulheres – 6 – representa um avanço, ainda insuficiente. Cinco elementos têm menos de 30 anos e outros tantos entre 30 e 40.