À beira do abismo
As notícias que chegam da Europa capitalista são as piores. Sobem a inflação e o desemprego. Surgem velhos fantasmas da fome e da miséria já levianamente considerados extintos. No fosso da riqueza e da pobreza cresce o terrível dragão dos fascismos futuros. Disparam os preços dos combustíveis e dos cereais e cai por terra o mito da estabilidade da moeda.
É este o resultado da aplicação sistemática das estratégias neoliberais ao longo de dezenas de anos. Já sem perspectivas de futuro, os ministros de Sócrates acantonam-se no seu quadrado do poder e procuram destruir o mais possível, antes que partam de vez.
São homens acossados pelos seus próprios fracassos mas que dispõem de poderosas alianças que se acoitam na sombra do anonimato.
Um desses elos secretos de ligação é com algumas organizações de classe que dizem defender os direitos dos trabalhadores. Basta olhar-se para o que se passa nas lutas contra o Código do Trabalho.
Um outro elo liga o capitalismo às religiões. Essa aliança é frequentemente negada pelo Vaticano mas está bem à vista nas concordatas, leis da liberdade religiosa e num documento que iremos transcrever e que circula na Internet. Trata-se de um esquema de um curso promovido pela Universidade Lusófona que descreve sistematicamente, explica e pormenoriza os factores que historicamente identificam a substância do capital e o sentido íntimo das religiões, sobretudo as de raiz judaico-cristã.
1. «A economia deriva da religião?» A resposta é positiva. Transcrição: «As relações de troca entre a fé e o direito social. O templo, base económica da relação com as comunidades e a acumulação da riqueza. As redes de transacção à distância e os templos-mosteiros como entrepostos. A relação de segurança fiduciária, credibilidade e templo. A dependência das populações face à riqueza dos templos e a relação de riqueza espiritual como garantia da protecção social e do destina.»
2. «Números, escrita e símbolos» Transcrição: «Da necessidade de registar as prestações em géneros aos templos, à igual necessidade de registar a tradição filosófica, teológica e científica. Transferência de uma simbologia religiosa para o valor monetário. Da semiótica espiritual à simbólica do sócio-económico .»
3. «Cristianismo e economia» Transcrição: «A revolução económica do cristianismo primitivo no espaço do Médio Oriente ; a partilha dos bens segundo as necessidades e a interajuda social. As primeiras redes de ajuda comunitária entre comunidades cristãs; modelos prestamistas decalcados do sistema judaico ; evolução cristã da economia de mercado mercantilista : do combate à usura aos nascentes mercados modernos.»
4. «Os judeus, os mercados e a finança» Transcrição: «As sinagogas como centros reguladores da actividade prestamista. As redes comerciais e banqueiras das famílias judaicas. Relação entre factores reguladores da economia e fluidez monetária e redes judaicas no espaço mediterrâneo (europeu), indo-arábico e asiático.»
5. «O fim do Antigo Regime e o Liberalismo» Transcrição: «A laicização da economia face ao poder do templo; catolicismo versus protestantismo- mercantilismo. As leituras de Marx Webber.»
6. «Mundialização e Globalização» Transcrição: «A percepção de uma economia mundial, o crescimento de espaços capitalistas e a sobrevivência do mercantilismo de tradição católica. O impacto dos mercados ignorados das redes judaicas, árabes, hindus e católicas. Mercados reais laicos e mercados virtuais de protecção religiosa. Globalização de mercados e globalização de redes: a luta pelos espaços de mercados de índole religiosa.»
7. «Mercados do Oriente» Transcrição: «Estruturas e características dos mercados orientais. Relações de poder entre redes de influência; protocolos e simbólica de mercados; a sobrevivência de sistemas prestamistas na economia oriental contemporânea e a origem do “Micro-crédito”. A simbiose oriental entre filosofia, economia e mercado : sobrevivência de uma ética baseada na transcendência do indivíduo, subjacente à economia de mercado oriental. Pólos de mercado oriental : dinâmicas históricas e realidade comtemporânea. Nichos de mercado.»
8. «Globalização, estratégia e diplomacia» Transcrição: «O impacto do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e do bloco neo-eurosiânico no Novo Mundo e na economia. Reformulação financeira e económica e emergência das religiões. Da necessidade de mudança no discurso político face à afirmação de globalização do espiritual. As tendências filosóficas e religiosas na oscilação dos mercados.»
9. «Segurança social e revolução da economia das comunidades» Transcrição: «Solidariedade e caridade religiosa: duas faces da segurança social no mundo de hoje. A incapacidade dos estados laicos de assegurar o bem-estar do cidadão e a capacidade de resposta de uma segurança social por parte das comunidades religiosas. Regresso da dependência das populações face à riqueza dos templos e da relação de riqueza espiritual como garantia de protecção social e do destino?»
Religião, isto? Sem comentários...
É este o resultado da aplicação sistemática das estratégias neoliberais ao longo de dezenas de anos. Já sem perspectivas de futuro, os ministros de Sócrates acantonam-se no seu quadrado do poder e procuram destruir o mais possível, antes que partam de vez.
São homens acossados pelos seus próprios fracassos mas que dispõem de poderosas alianças que se acoitam na sombra do anonimato.
Um desses elos secretos de ligação é com algumas organizações de classe que dizem defender os direitos dos trabalhadores. Basta olhar-se para o que se passa nas lutas contra o Código do Trabalho.
Um outro elo liga o capitalismo às religiões. Essa aliança é frequentemente negada pelo Vaticano mas está bem à vista nas concordatas, leis da liberdade religiosa e num documento que iremos transcrever e que circula na Internet. Trata-se de um esquema de um curso promovido pela Universidade Lusófona que descreve sistematicamente, explica e pormenoriza os factores que historicamente identificam a substância do capital e o sentido íntimo das religiões, sobretudo as de raiz judaico-cristã.
1. «A economia deriva da religião?» A resposta é positiva. Transcrição: «As relações de troca entre a fé e o direito social. O templo, base económica da relação com as comunidades e a acumulação da riqueza. As redes de transacção à distância e os templos-mosteiros como entrepostos. A relação de segurança fiduciária, credibilidade e templo. A dependência das populações face à riqueza dos templos e a relação de riqueza espiritual como garantia da protecção social e do destina.»
2. «Números, escrita e símbolos» Transcrição: «Da necessidade de registar as prestações em géneros aos templos, à igual necessidade de registar a tradição filosófica, teológica e científica. Transferência de uma simbologia religiosa para o valor monetário. Da semiótica espiritual à simbólica do sócio-económico .»
3. «Cristianismo e economia» Transcrição: «A revolução económica do cristianismo primitivo no espaço do Médio Oriente ; a partilha dos bens segundo as necessidades e a interajuda social. As primeiras redes de ajuda comunitária entre comunidades cristãs; modelos prestamistas decalcados do sistema judaico ; evolução cristã da economia de mercado mercantilista : do combate à usura aos nascentes mercados modernos.»
4. «Os judeus, os mercados e a finança» Transcrição: «As sinagogas como centros reguladores da actividade prestamista. As redes comerciais e banqueiras das famílias judaicas. Relação entre factores reguladores da economia e fluidez monetária e redes judaicas no espaço mediterrâneo (europeu), indo-arábico e asiático.»
5. «O fim do Antigo Regime e o Liberalismo» Transcrição: «A laicização da economia face ao poder do templo; catolicismo versus protestantismo- mercantilismo. As leituras de Marx Webber.»
6. «Mundialização e Globalização» Transcrição: «A percepção de uma economia mundial, o crescimento de espaços capitalistas e a sobrevivência do mercantilismo de tradição católica. O impacto dos mercados ignorados das redes judaicas, árabes, hindus e católicas. Mercados reais laicos e mercados virtuais de protecção religiosa. Globalização de mercados e globalização de redes: a luta pelos espaços de mercados de índole religiosa.»
7. «Mercados do Oriente» Transcrição: «Estruturas e características dos mercados orientais. Relações de poder entre redes de influência; protocolos e simbólica de mercados; a sobrevivência de sistemas prestamistas na economia oriental contemporânea e a origem do “Micro-crédito”. A simbiose oriental entre filosofia, economia e mercado : sobrevivência de uma ética baseada na transcendência do indivíduo, subjacente à economia de mercado oriental. Pólos de mercado oriental : dinâmicas históricas e realidade comtemporânea. Nichos de mercado.»
8. «Globalização, estratégia e diplomacia» Transcrição: «O impacto do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e do bloco neo-eurosiânico no Novo Mundo e na economia. Reformulação financeira e económica e emergência das religiões. Da necessidade de mudança no discurso político face à afirmação de globalização do espiritual. As tendências filosóficas e religiosas na oscilação dos mercados.»
9. «Segurança social e revolução da economia das comunidades» Transcrição: «Solidariedade e caridade religiosa: duas faces da segurança social no mundo de hoje. A incapacidade dos estados laicos de assegurar o bem-estar do cidadão e a capacidade de resposta de uma segurança social por parte das comunidades religiosas. Regresso da dependência das populações face à riqueza dos templos e da relação de riqueza espiritual como garantia de protecção social e do destino?»
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