Foi evidente no decurso do debate o propósito do primeiro-ministro em apresentar o seu Governo como o arauto do combate à precariedade no trabalho. Repetiu-o quase à exaustão em vários momentos e, num deles, respondendo às duras críticas oriundas da bancada comunista,...
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A moção de censura do PCP ao Governo foi chumbada pela maioria PS, com a abstenção do PSD e CDS/PP e os votos favoráveis das restantes bancadas. Esse resultado, com a actual composição parlamentar, era inevitável. Nada que tenha reduzido o alcance ou o efeito político pretendido pelos comunistas. No País, a moção foi compreendida, aceite e acarinhada. Mereceu o respeito dos trabalhadores e do povo. Porque deu voz ao seu protesto, ao seu descontentamento e à sua revolta.
«Retrógradas e inaceitáveis», assim classificou o deputado Francisco Lopes as propostas do Governo sobre as leis laborais. Para a bancada comunista, que no contexto da moção deu uma particular ênfase a esta matéria, as opções do PS neste capítulo são «um enorme salto atrás», representando a «consumação da liquidação do...
Houve um momento do debate, entrara este já na sua recta final, em que o primeiro-ministro perdeu a noção do ridículo. Foi quando perante a catadupa de questões suscitadas pelos deputados comunistas, que o interpelaram numa cadência quase ininterrupta, afirmou não ter detectado diferenças no seu conteúdo, concluindo que...
Três razões fundamentais levaram o PCP a apresentar esta moção de censura ao Governo!Primeira – o agravamento da situação económica e social do país indissociável do empobrecimento do regime democrático e da liberdade como valor que lhe é intrínseco.Segunda – a opção de fundo e classista do Governo ao assumir-se – neste...