Justiça para Abu-Jamal
Mais de um milhar de pessoas exigiram, no passado sábado, 19 de Abril, que Mumia Abu-Jamal seja ouvido num novo julgamento. Os manifestantes consideram que os tribunais fazem parte de um sistema injusto e determinado em manter no cárcere para o resto da sua vida o activista norte-americano.
Acções de solidariedade também se realizaram noutros países, mas foi em Filadélfia que os protestos se concentraram, aglutinando militantes vindos de Boston, Nova Iorque, do Estado da Califórnia e de França.
Abu-Jamal é provavelmente o mais conhecido prisioneiro político dos EUA, juntamente com o líder nativo-americano Leonard Peltier e os cinco patriotas cubanos condenados por “terrorismo”. Jamal é cidadão honorário de Paris, cidade que lhe dedicou o nome de uma rua no subúrbio de St. Denis.
Julgamento justo negado
No passado dia 27 de Março, um painel de três juízes indeferiu o apelo apresentado por Abu-Jamal, a 17 de Maio de 2007, baseado em provas que indicam, entre outras, condutas racistas na escolha dos jurados que o condenaram, e práticas persecutórias por parte das autoridades.
No caso do primeiro argumento sustentado pela defesa, um dos três magistrados, Thomas Ambro, pronunciou-se favorável a Abu-Jamal, considerando haver indícios de violação dos seus direitos constitucionais.
Por outro lado, o painel confirmou a decisão do juiz William Yohn, que em 2001 reverteu a sentença de morte neste caso, mas confirmou a culpa do ex-jornalista no homicídio de Daniel Faulkner, facto que gerou a revolta entre os amigos e apoiantes de Jamal porque, explicaram, caso a acusação decida não recorrer da sentença, fica barrada a possibilidade de realização de um novo julgamento para determinar a inocência do preso político, e a pena é comutada automaticamente para prisão perpétua.
O advogado de Jamal, Robert Bryan, vai agora apelar para todo o Terceiro Circuito de Apelação e, se necessário for, levará o caso ao Supremo Tribunal dos EUA.
Abu Jamal, antigo militante do Partido Panteras Negras, encontra-se no corredor da morte numa prisão da Pensilvânia por alegadamente ter assassinado um polícia, em 1981.
Em 1999, Arnold Beverly confessou ter sido contratado pela máfia para matar Faulkner, envolvido em investigações relacionadas com o crime organizado.
HJ com Betsey Piette, do Workers World
Acções de solidariedade também se realizaram noutros países, mas foi em Filadélfia que os protestos se concentraram, aglutinando militantes vindos de Boston, Nova Iorque, do Estado da Califórnia e de França.
Abu-Jamal é provavelmente o mais conhecido prisioneiro político dos EUA, juntamente com o líder nativo-americano Leonard Peltier e os cinco patriotas cubanos condenados por “terrorismo”. Jamal é cidadão honorário de Paris, cidade que lhe dedicou o nome de uma rua no subúrbio de St. Denis.
Julgamento justo negado
No passado dia 27 de Março, um painel de três juízes indeferiu o apelo apresentado por Abu-Jamal, a 17 de Maio de 2007, baseado em provas que indicam, entre outras, condutas racistas na escolha dos jurados que o condenaram, e práticas persecutórias por parte das autoridades.
No caso do primeiro argumento sustentado pela defesa, um dos três magistrados, Thomas Ambro, pronunciou-se favorável a Abu-Jamal, considerando haver indícios de violação dos seus direitos constitucionais.
Por outro lado, o painel confirmou a decisão do juiz William Yohn, que em 2001 reverteu a sentença de morte neste caso, mas confirmou a culpa do ex-jornalista no homicídio de Daniel Faulkner, facto que gerou a revolta entre os amigos e apoiantes de Jamal porque, explicaram, caso a acusação decida não recorrer da sentença, fica barrada a possibilidade de realização de um novo julgamento para determinar a inocência do preso político, e a pena é comutada automaticamente para prisão perpétua.
O advogado de Jamal, Robert Bryan, vai agora apelar para todo o Terceiro Circuito de Apelação e, se necessário for, levará o caso ao Supremo Tribunal dos EUA.
Abu Jamal, antigo militante do Partido Panteras Negras, encontra-se no corredor da morte numa prisão da Pensilvânia por alegadamente ter assassinado um polícia, em 1981.
Em 1999, Arnold Beverly confessou ter sido contratado pela máfia para matar Faulkner, envolvido em investigações relacionadas com o crime organizado.
HJ com Betsey Piette, do Workers World