Ajuda alimentar ameaçada

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) lançou «um apelo de extrema urgência» aos países desenvolvidos para que disponibilizem uma «ajuda mínima» de 325 milhões de euros de forma a ser possível continuar a prestar ajuda «aos que dependem do mundo para sobreviver».
Numa carta aos países doadores, a que o Financial Times teve acesso, Josette Sheeran, directora-geral do PAM, adverte que caso a referida soma não esteja disponível a curto prazo a organização será forçada a racionar a distribuição da ajuda alimentar, devido ao contínuo aumento do preço dos bens de primeira necessidade.
A carestia dos produtos alimentares básicos deve-se a um conjunto de factores, tais como o aumento da população mundial, a forte procura dos países desenvolvidos, a utilização de certos produtos agrícolas como bio-carburantes, e condições climatéricas adversas (aumento da frequência das chuvas torrenciais e dos períodos de seca).
O Programa Mundial de Alimentos da ONU, segundo a Lusa, estima já neste momento a ajuda aos mais pobres entre 389 e 453 milhões de euros devido à subida em 20 por cento do preço dos alimentos nas últimas três semanas, à chegada do barril de petróleo até aos 100 dólares e ao agravamento dos custos dos transportes.
«Pedimos ao vosso governo que seja tão generoso quanto possível com o objectivo de reduzir o défice, estabelecido em 500 milhões de dólares a 25 de Janeiro último e que não pára de progredir diariamente», escreveu Sheeran, que segundo fontes do Financial Times que pediram o anonimato está a braços com um défice financeiro do PAM estimado entre os 600 e os 700 milhões de dólares.


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