Dez dias de greve
Em luta por aumentos salariais de oito por cento, os trabalhadores da empresa pública que gere os transportes da capital da Alemanha iniciaram uma greve de dez dias.
Alemães lutam por aumentos reais dos salariais
Na sequência do fracasso das negociações com a administração, o sindicato Ver.di tinha convocado para ontem, quarta-feira, 4, o início de uma prolongada greve nos transportes de Berlim, que poderá manter-se até dia 14.
Segundo a estrutura sindical, o protesto foi aprovado na semana passada por 97 por cento dos trabalhadores que, em Janeiro último, já tinha cumprido uma paralisação de 39 horas.
A greve abrange a rede de metro, autocarros e eléctricos da cidade, onde circularão apenas os transportes ferroviários suburbanos geridos pela S-Bahn, filial da companhia pública de caminhos-de-ferro Deutsche Bahn. Porém, também aqui poderão verificar-se perturbações no tráfego devido à ameaça de greve feita na segunda-feira, pelo aguerrido sindicato dos maquinistas (ver abaixo).
Para os 12 mil trabalhadores da BVG, entidade que gere os transportes de Berlim, o sindiacto Ver.di exige aumentos de oito por cento, com a garantia de uma valorização mínima de 200 euros mensais para os salários mais baixos.
A última proposta da administração admitia aumentos de seis por cento para os trabalhadores contratados depois de 2005, mas estipulava revalorizações inferiores para que dispõem de contratos mais antigos e mais bem remunerados.
Ultimato dos maquinistas
Por seu turno, o Sindicato dos Maquinistas (GDL) deu um prazo até amanhã, dia 7, à administração dos caminhos-de-ferro alemães (DB) para assinar o acordo celebrado a 30 de Janeiro, que contempla aumentos salariais de 11 por cento ente outras condições.
Na passada segunda-feira, um porta-voz da empresa pública confirmou que as negociações tinham sido interrompidas. Segundo o GDL, as propostas da administração punham em causa a autonomia do sindicato. «A empresa está a exigir de nós condições inaceitáveis», explicou o vice-presidente do GdL, Klaus Weselsky, que brandiu a ameaça de nova greve, caso o impasse se mantenha.
Durante o ano passado, os maquinistas entraram num conflito que durou cerca de nove meses, exigindo aumentos salariais de 30 por cento e a assinatura de um convénio específico.
As greves dos maquinistas tiveram repercussão nacional e provocaram avultados prejuízos à companhia e ao conjunto da economia, chegando a paralisar a produção em grandes fábricas de automóveis, como a Volkswagen, por falta de componentes.
Finalmente, em Dezembro, o GDL chegou a acordo com a empresa, a qual se comprometeu a conceder aumentos salariais de 11 por cento, pagos em duas fases, e a concluir uma convenção específica para o sector que falta assinar.
Segundo a estrutura sindical, o protesto foi aprovado na semana passada por 97 por cento dos trabalhadores que, em Janeiro último, já tinha cumprido uma paralisação de 39 horas.
A greve abrange a rede de metro, autocarros e eléctricos da cidade, onde circularão apenas os transportes ferroviários suburbanos geridos pela S-Bahn, filial da companhia pública de caminhos-de-ferro Deutsche Bahn. Porém, também aqui poderão verificar-se perturbações no tráfego devido à ameaça de greve feita na segunda-feira, pelo aguerrido sindicato dos maquinistas (ver abaixo).
Para os 12 mil trabalhadores da BVG, entidade que gere os transportes de Berlim, o sindiacto Ver.di exige aumentos de oito por cento, com a garantia de uma valorização mínima de 200 euros mensais para os salários mais baixos.
A última proposta da administração admitia aumentos de seis por cento para os trabalhadores contratados depois de 2005, mas estipulava revalorizações inferiores para que dispõem de contratos mais antigos e mais bem remunerados.
Ultimato dos maquinistas
Por seu turno, o Sindicato dos Maquinistas (GDL) deu um prazo até amanhã, dia 7, à administração dos caminhos-de-ferro alemães (DB) para assinar o acordo celebrado a 30 de Janeiro, que contempla aumentos salariais de 11 por cento ente outras condições.
Na passada segunda-feira, um porta-voz da empresa pública confirmou que as negociações tinham sido interrompidas. Segundo o GDL, as propostas da administração punham em causa a autonomia do sindicato. «A empresa está a exigir de nós condições inaceitáveis», explicou o vice-presidente do GdL, Klaus Weselsky, que brandiu a ameaça de nova greve, caso o impasse se mantenha.
Durante o ano passado, os maquinistas entraram num conflito que durou cerca de nove meses, exigindo aumentos salariais de 30 por cento e a assinatura de um convénio específico.
As greves dos maquinistas tiveram repercussão nacional e provocaram avultados prejuízos à companhia e ao conjunto da economia, chegando a paralisar a produção em grandes fábricas de automóveis, como a Volkswagen, por falta de componentes.
Finalmente, em Dezembro, o GDL chegou a acordo com a empresa, a qual se comprometeu a conceder aumentos salariais de 11 por cento, pagos em duas fases, e a concluir uma convenção específica para o sector que falta assinar.