Iraque e Afeganistão

Massacres não param

Pelo menos 100 mortos e perto de três centenas de feridos é o balanço de mais um dia de violência na capital do Iraque, mais insegura desde que o Pentágono decidiu o reforço das tropas norte-americanas na região.
Sexta-feira, Bagdad foi sacudida por três fortes atentados em mercados densamente povoados. Em Al Ghazil e Al Jadida, duas bombistas suicidas fizeram-se explodir cobrando a vida a cerca de 98 pessoas, de acordo dados divulgados pelos ministérios do Interior e da Defesa.
Noutra acção semelhante no Sul da cidade, morreram outras oito pessoas. Os ataques foram considerados os mais graves em Bagdad desde o passado mês de Abril, quando um carro armadilhado matou 140 iraquianos.
Entretanto, em Iskandariya, no Sul do país, uma operação militar dos EUA matou nove pessoas e feriu outras três. Os massacres contra as populações são pratica corrente também no Afeganistão, onde só em 2007 morreram mais de cinco mil civis, dizem fontes oficiais.
O comando militar da NATO pediu formalmente à Alemanha, a semana passada, que reforço o contingente no Afeganistão em face do ascenso da resistência no país, mas o governo de Berlim não parece disposto a aceder ao pedido.

Sui­cí­dios au­mentam

O caos em que estão envolvidas as tropas ocupantes dos EUA na Ásia e Médio Oriente também se reflecte, por outro lado, nos soldados norte-americanos.
Para além do número de mortos em combate, quase 4 mil só no Iraque, o número de suicídios entre ex-combatentes bateu em 2007 todos os recordes da história do país, revelou o The Washington Post.
Só o ano passado, 121 militares regressados do Iraque e Afeganistão puseram termo à vida e outros 1100 viram goradas tentativas semelhantes, um acréscimo de mais de 200 por cento face ao valor registado em 2002.


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