«Um Projecto Associativo em Movimento»
A Confederação Nacional da Agricultura vai realizar a 8 de Março, em Coimbra, uma Conferência Nacional sob o lema «Trinta anos da CNA. Um Projecto Associativo em Movimento».
Os agricultores assim não aguentam
Esta iniciativa, que se realiza no Dia Internacional da Mulher, para além de um almoço comemorativo, vai contar com um momento específico para homenagear a mulher agricultora.
Entretanto, terminou segunda-feira no Governo Civil de Évora, Vila Real e Castelo Branco a jornada de luta que a CNA iniciou dia 15 de Janeiro, em Leiria e Viseu. Durante estes seis dias, a confederação dos agricultores passou pela Guarda, Aveiro, Coimbra, Beja, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Setúbal e Braga.
«A agricultura portuguesa vive, hoje, uma das maiores crises da sua história», alerta, em carta ao primeiro-ministro e ministro da Agricultura, a CNA, lamentando que se importam «cada vez mais bens alimentares, enquanto os nossos ficam a apodrecer», «os preços dos factores de produção (gasóleo, adubos, electricidade, pesticidas, medicamentos, etc.) estão pela “hora da morte”», e «as novas regras para o licenciamento de explorações pecuárias e para a comercialização e abate de animais não respeitam as nossas tradições e põem em causa a sobrevivência das actividades agro-pecuárias e da agricultura familiar».
No documento, a CNA alerta ainda para o facto de muitos agricultores já não conseguirem «pagar as suas contribuições para a segurança social», «o Ministério da Agricultura mantém enormes dívidas aos agricultores e às suas organizações», as «pesadas exigências técnicas e higio-sanitárias penalizam muitos agricultores e obrigam-nos a devolver ajudas concedidas», os «novos apoios estão por regulamentar, acarretando grandes atrasos nas ajudas», a «nova OMC dos vinhos penaliza os nossos vitivinicultores e os nossos vinhos de reconhecida qualidade e beneficia outros “vinhos” sem indicação de origem geográfica, de duvidosa qualidade» e, por fim, os «produtos agrícolas são pagos ao agricultor por “tuta-e-meia”».
Agricultores exigem direitos
«Os agricultores assim não aguentam. É preciso dizer basta! Os governantes têm que ouvir as nossas reclamações e mudar de política agrícola», acentua a CNA, que exige «a garantia de escoamento, a melhores preços, da produção do vinho, fruta, hortícolas, carne, leite e madeira», «a redução dos custos dos factores de produção, desde logo, do gasóleo agrícola, e a reposição da ajuda da electricidade verde», «criação de uma linha de crédito bonificado, exclusivamente para que as adegas possam pagar as dívidas que têm para com os seus associados».
Os agricultores querem ainda o «fim do encerramento de escolas, maternidade, urgências hospitalares e outros serviços no mundo rural» e a «rejeição do essencial das propostas da UE para a Reforma da OCM do Vinho, que se vai traduzir, nomeadamente, no fim dos direitos de plantação de vinhas (a partir de 2014)».
Governo deve dinheiro aos agricultores
O prometido é devido!
A CNA acusa ainda o Ministério da Agricultura e o Governo de ainda não ter pago, aos agricultores portugueses, as Indemnizações Compensatórias de 2007. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), em atraso está também o adiantamento do valor das Medidas Agro-Ambientais de 2008/2009. As verbas em causa rondam os 150 milhões de euros e mais de 100 mil agricultores.
Estão ainda por pagar várias ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) referentes a 2007 (e até a 2006), nomeadamente no âmbito do Regime de Pagamento Único (RPU), que atingem 200 milhões de euros e 70 mil agricultores.
No total, segundo denuncia a CNA, estão cerca de «350 milhões de euros de várias ajudas da PAC e cerca de 170 mil agricultores. São os maiores números dos últimos anos.»
Entretanto, terminou segunda-feira no Governo Civil de Évora, Vila Real e Castelo Branco a jornada de luta que a CNA iniciou dia 15 de Janeiro, em Leiria e Viseu. Durante estes seis dias, a confederação dos agricultores passou pela Guarda, Aveiro, Coimbra, Beja, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Setúbal e Braga.
«A agricultura portuguesa vive, hoje, uma das maiores crises da sua história», alerta, em carta ao primeiro-ministro e ministro da Agricultura, a CNA, lamentando que se importam «cada vez mais bens alimentares, enquanto os nossos ficam a apodrecer», «os preços dos factores de produção (gasóleo, adubos, electricidade, pesticidas, medicamentos, etc.) estão pela “hora da morte”», e «as novas regras para o licenciamento de explorações pecuárias e para a comercialização e abate de animais não respeitam as nossas tradições e põem em causa a sobrevivência das actividades agro-pecuárias e da agricultura familiar».
No documento, a CNA alerta ainda para o facto de muitos agricultores já não conseguirem «pagar as suas contribuições para a segurança social», «o Ministério da Agricultura mantém enormes dívidas aos agricultores e às suas organizações», as «pesadas exigências técnicas e higio-sanitárias penalizam muitos agricultores e obrigam-nos a devolver ajudas concedidas», os «novos apoios estão por regulamentar, acarretando grandes atrasos nas ajudas», a «nova OMC dos vinhos penaliza os nossos vitivinicultores e os nossos vinhos de reconhecida qualidade e beneficia outros “vinhos” sem indicação de origem geográfica, de duvidosa qualidade» e, por fim, os «produtos agrícolas são pagos ao agricultor por “tuta-e-meia”».
Agricultores exigem direitos
«Os agricultores assim não aguentam. É preciso dizer basta! Os governantes têm que ouvir as nossas reclamações e mudar de política agrícola», acentua a CNA, que exige «a garantia de escoamento, a melhores preços, da produção do vinho, fruta, hortícolas, carne, leite e madeira», «a redução dos custos dos factores de produção, desde logo, do gasóleo agrícola, e a reposição da ajuda da electricidade verde», «criação de uma linha de crédito bonificado, exclusivamente para que as adegas possam pagar as dívidas que têm para com os seus associados».
Os agricultores querem ainda o «fim do encerramento de escolas, maternidade, urgências hospitalares e outros serviços no mundo rural» e a «rejeição do essencial das propostas da UE para a Reforma da OCM do Vinho, que se vai traduzir, nomeadamente, no fim dos direitos de plantação de vinhas (a partir de 2014)».
Governo deve dinheiro aos agricultores
O prometido é devido!
A CNA acusa ainda o Ministério da Agricultura e o Governo de ainda não ter pago, aos agricultores portugueses, as Indemnizações Compensatórias de 2007. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), em atraso está também o adiantamento do valor das Medidas Agro-Ambientais de 2008/2009. As verbas em causa rondam os 150 milhões de euros e mais de 100 mil agricultores.
Estão ainda por pagar várias ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) referentes a 2007 (e até a 2006), nomeadamente no âmbito do Regime de Pagamento Único (RPU), que atingem 200 milhões de euros e 70 mil agricultores.
No total, segundo denuncia a CNA, estão cerca de «350 milhões de euros de várias ajudas da PAC e cerca de 170 mil agricultores. São os maiores números dos últimos anos.»