Travar política desastrosa
Depois de várias esquivas nas últimas semanas, o ministro da Saúde vai finalmente no final deste mês ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre algumas das medidas de política que têm vindo a ser alvo de crescente e generalizada contestação.
O anúncio da ida de Correia de Campos à comissão parlamentar de saúde foi feito na passada semana e surge na sequência dos insistentes pedidos feitos pelos partidos da oposição, em particular o PCP, que em várias ocasiões têm procurado, sem êxito, agendar uma reunião com aquele governante.
A última diligência da bancada comunista data de sexta-feira, 18, e foi protagonizada pelo seu líder, Bernardino Soares, que, utilizando o direito de agendamento potestativo, ao abrigo do Regimento, em carta ao presidente daquela comissão parlamentar, requereu a presença no Parlamento com a «máxima urgência» do titular da pasta da Saúde.
O presidente da formação comunista refere no texto que «continuam a suceder-se episódios da maior gravidade», alguns dos quais nos últimos dias, relacionados com «a alteração da rede de urgências, de serviços e valências hospitalares e com o sistemático encerramento de serviços de atendimento permanente». Reafirmada por Bernardino Soares é ainda a convicção de que «as populações estão cada vez mais desprotegidas em matéria de acesso à saúde, mais distantes das respostas de que necessitam e mais sujeitas aos efeitos das assimetrias de rendimento ou regionais».
Para o Grupo parlamentar do PCP, face ao «alarme social» e à «profunda preocupação popular» que resultam desta política, é uma exigência, pois, que o Parlamento exerça o seu papel fiscalizador sobre esta «desastrosa política», abrindo espaço a que se «efective a denúncia das consequências das graves decisões do Governo» incrementadas «contra as populações e contra o desenvolvimento do País».
Em Anadia
Tragédia bate à porta
A morte de uma criança à porta do Hospital da Anadia, dentro da ambulância do INEM, dia 18, é, porventura, o mais recente exemplo da dimensão trágica que pode assumir a política de saúde do Governo, em consequência de decisões erradas como o encerramento de urgências.
«Este caso concreto e outras situações exigem que o ministro da Saúde venha à comissão para se explicar. Estas consequências do fecho de urgências têm que ser avaliadas», sublinhou Bernardino Soares, em declarações aos jornalistas, no mesmo dia em que exigiu, uma vez mais, a audição ao ministro na comissão parlamentar de saúde.
Também o deputado comunista Jorge Machado, em pergunta ao Governo, inquiriu o Ministério da Saúde sobre as medidas que pensa tomar para «impedir novas tragédias» como a da morte daquele bebé de três meses à porta do hospital.
No texto, o deputado comunista do PCP lembra que o serviço de urgências do Hospital Luciano de Castro foi encerrado a 2 de Janeiro por decisão do Ministério da Saúde. «A criança terá estado na ambulância do INEM a aguardar a chegada da viatura VMER (viatura médica de emergência e reanimação), até que sucumbiu», refere o deputado.
«Perante uma situação de emergência, sem os meios e os equipamentos que as urgências do Hospital permitiam, o esquema montado pelo Ministério da Saúde, para oferecer melhores condições à população de Anadia, não funcionou neste caso», sublinha Jorge Machado.
Pronunciando-se sobre esta realidade, o movimento «Utentes para a Saúde», que tem promovido os protestos contra o encerramento da urgência em Anadia, afirmou que «a ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e teve de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro entre as viaturas».
O anúncio da ida de Correia de Campos à comissão parlamentar de saúde foi feito na passada semana e surge na sequência dos insistentes pedidos feitos pelos partidos da oposição, em particular o PCP, que em várias ocasiões têm procurado, sem êxito, agendar uma reunião com aquele governante.
A última diligência da bancada comunista data de sexta-feira, 18, e foi protagonizada pelo seu líder, Bernardino Soares, que, utilizando o direito de agendamento potestativo, ao abrigo do Regimento, em carta ao presidente daquela comissão parlamentar, requereu a presença no Parlamento com a «máxima urgência» do titular da pasta da Saúde.
O presidente da formação comunista refere no texto que «continuam a suceder-se episódios da maior gravidade», alguns dos quais nos últimos dias, relacionados com «a alteração da rede de urgências, de serviços e valências hospitalares e com o sistemático encerramento de serviços de atendimento permanente». Reafirmada por Bernardino Soares é ainda a convicção de que «as populações estão cada vez mais desprotegidas em matéria de acesso à saúde, mais distantes das respostas de que necessitam e mais sujeitas aos efeitos das assimetrias de rendimento ou regionais».
Para o Grupo parlamentar do PCP, face ao «alarme social» e à «profunda preocupação popular» que resultam desta política, é uma exigência, pois, que o Parlamento exerça o seu papel fiscalizador sobre esta «desastrosa política», abrindo espaço a que se «efective a denúncia das consequências das graves decisões do Governo» incrementadas «contra as populações e contra o desenvolvimento do País».
Em Anadia
Tragédia bate à porta
A morte de uma criança à porta do Hospital da Anadia, dentro da ambulância do INEM, dia 18, é, porventura, o mais recente exemplo da dimensão trágica que pode assumir a política de saúde do Governo, em consequência de decisões erradas como o encerramento de urgências.
«Este caso concreto e outras situações exigem que o ministro da Saúde venha à comissão para se explicar. Estas consequências do fecho de urgências têm que ser avaliadas», sublinhou Bernardino Soares, em declarações aos jornalistas, no mesmo dia em que exigiu, uma vez mais, a audição ao ministro na comissão parlamentar de saúde.
Também o deputado comunista Jorge Machado, em pergunta ao Governo, inquiriu o Ministério da Saúde sobre as medidas que pensa tomar para «impedir novas tragédias» como a da morte daquele bebé de três meses à porta do hospital.
No texto, o deputado comunista do PCP lembra que o serviço de urgências do Hospital Luciano de Castro foi encerrado a 2 de Janeiro por decisão do Ministério da Saúde. «A criança terá estado na ambulância do INEM a aguardar a chegada da viatura VMER (viatura médica de emergência e reanimação), até que sucumbiu», refere o deputado.
«Perante uma situação de emergência, sem os meios e os equipamentos que as urgências do Hospital permitiam, o esquema montado pelo Ministério da Saúde, para oferecer melhores condições à população de Anadia, não funcionou neste caso», sublinha Jorge Machado.
Pronunciando-se sobre esta realidade, o movimento «Utentes para a Saúde», que tem promovido os protestos contra o encerramento da urgência em Anadia, afirmou que «a ambulância do INEM não tinha pessoal especializado e teve de esperar pela viatura de emergência médica, havendo um desencontro entre as viaturas».