População sofre com a política do PS
O presidente do município alentejano de Barrancos exigiu a reparação das duas estradas nacionais a caminho do concelho, que estão degradadas, lamentando que «pouco ou nada» foi feito das obras prometidas pelo Governo.
Barrancos tem sido esquecido pelos sucessivos governos
«Exigimos que as duas estradas que ligam Barrancos ao resto do país sejam reparadas e qualificadas de uma vez por todas», disse à Lusa o presidente do município, António Tereno, afirmando que «das obras prometidas, há ano e meio, pelo Governo, pouco ou nada foi feito».
«Barrancos é o concelho do distrito de Beja com os piores acessos», declarou, acrescentando que as estradas nacionais 386 e 258, sob a jurisdição da Estradas de Portugal, «estão num estado preocupante de degradação favorável à ocorrência de acidentes».
Traçados sinuosos, cheios de lombas e deficitários nas bermas, faixas estreitas, falta de protecções laterais e sinalização insuficiente são alguns dos «problemas» das duas estradas apontados pelo autarca.
No caso da Estrada Nacional (EN) 258, o eleito do PCP alertou para «as falhas perfeitamente identificáveis» na estrutura da ponte sobre a Ribeira do Murtigão, que, vaticinou, «está num total estado de degradação que pode conduzir a uma tragédia».
Em Junho de 2006, após uma exposição da autarquia alertando para o «estado de degradação» das vias, lembrou o autarca, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) informou o município de que iria avançar com a reparação das estradas, até ao final daquele ano.
No caso da EN386, que liga Barrancos à cidade de Moura através da freguesia da Amareleja, «estava previsto um tratamento superficial do pavimento e correcção de depressões», mas, afirmou António Tereno, «foi feita apenas uma “lavagem de cara” do pavimento».
A EN258, que também liga Barrancos a Moura, mas através da freguesia de Safara, deveria ter sido beneficiada no lanço Barrancos/Safara, através do «reforço do pavimento, pavimentação das bermas e melhoria dos sistemas de sinalização, segurança e drenagem», precisou.
António Tereno considerou as intervenções feitas à EN386 e as previstas para a EN258 como «meros remendos» que «vão durar pouco tempo» e «só servem para gastar dinheiro, já que não vão resolver os problemas de fundo».
«As duas estradas vão estar nas mesmas condições daqui a poucos anos», sublinhou o autarca, exigindo «novos traçados, em vez de remendos superficiais».
A exigência feita por António Tereno consta numa moção aprovada por unanimidade na última reunião da Assembleia Municipal de Barrancos, enviada ao Governo e autoridades competentes.
A construção do Itinerário Principal 8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, em perfil de auto-estrada e sem cobrança de portagens é a outra exigência da moção.
Proibido ficar doente
O autarca do PCP destacou ainda a «posição estratégica» da vila, situada a 100 metros da fronteira e a meio caminho da ligação entre Évora e Sevilha, considerando-a «mais uma razão para Barrancos ter bons acessos».
«Enquanto Portugal vira as costas a Barrancos e despreza esta ligação a Espanha, o lado espanhol investe nos acessos a partir da fronteira», disse, salientando os novos traçados «semelhantes aos itinerários principais portugueses» que a Junta da Andaluzia construiu até à EN Badajoz-Sevilha-Huelva.
As condições diferentes dos acessos nos dois lados da fronteira também condicionam as escolhas dos barranquenhos em matéria de cuidados de saúde.
«Com os actuais acessos, é quase proibido ficar doente em Barrancos fora do horário limitado do Centro de Saúde local», declarou António Tereno, lembrando as longas distâncias que os barranquenhos têm que percorrer em casos de urgência.
«Temos que percorrer 50 quilómetros (Km) até ao Serviço de Atendimento Permanente mais próximo, que fica em Moura, ou 100 Km até ao Hospital de Beja», precisou.
«Barrancos é o concelho do distrito de Beja com os piores acessos», declarou, acrescentando que as estradas nacionais 386 e 258, sob a jurisdição da Estradas de Portugal, «estão num estado preocupante de degradação favorável à ocorrência de acidentes».
Traçados sinuosos, cheios de lombas e deficitários nas bermas, faixas estreitas, falta de protecções laterais e sinalização insuficiente são alguns dos «problemas» das duas estradas apontados pelo autarca.
No caso da Estrada Nacional (EN) 258, o eleito do PCP alertou para «as falhas perfeitamente identificáveis» na estrutura da ponte sobre a Ribeira do Murtigão, que, vaticinou, «está num total estado de degradação que pode conduzir a uma tragédia».
Em Junho de 2006, após uma exposição da autarquia alertando para o «estado de degradação» das vias, lembrou o autarca, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) informou o município de que iria avançar com a reparação das estradas, até ao final daquele ano.
No caso da EN386, que liga Barrancos à cidade de Moura através da freguesia da Amareleja, «estava previsto um tratamento superficial do pavimento e correcção de depressões», mas, afirmou António Tereno, «foi feita apenas uma “lavagem de cara” do pavimento».
A EN258, que também liga Barrancos a Moura, mas através da freguesia de Safara, deveria ter sido beneficiada no lanço Barrancos/Safara, através do «reforço do pavimento, pavimentação das bermas e melhoria dos sistemas de sinalização, segurança e drenagem», precisou.
António Tereno considerou as intervenções feitas à EN386 e as previstas para a EN258 como «meros remendos» que «vão durar pouco tempo» e «só servem para gastar dinheiro, já que não vão resolver os problemas de fundo».
«As duas estradas vão estar nas mesmas condições daqui a poucos anos», sublinhou o autarca, exigindo «novos traçados, em vez de remendos superficiais».
A exigência feita por António Tereno consta numa moção aprovada por unanimidade na última reunião da Assembleia Municipal de Barrancos, enviada ao Governo e autoridades competentes.
A construção do Itinerário Principal 8, entre Sines e Vila Verde de Ficalho, em perfil de auto-estrada e sem cobrança de portagens é a outra exigência da moção.
Proibido ficar doente
O autarca do PCP destacou ainda a «posição estratégica» da vila, situada a 100 metros da fronteira e a meio caminho da ligação entre Évora e Sevilha, considerando-a «mais uma razão para Barrancos ter bons acessos».
«Enquanto Portugal vira as costas a Barrancos e despreza esta ligação a Espanha, o lado espanhol investe nos acessos a partir da fronteira», disse, salientando os novos traçados «semelhantes aos itinerários principais portugueses» que a Junta da Andaluzia construiu até à EN Badajoz-Sevilha-Huelva.
As condições diferentes dos acessos nos dois lados da fronteira também condicionam as escolhas dos barranquenhos em matéria de cuidados de saúde.
«Com os actuais acessos, é quase proibido ficar doente em Barrancos fora do horário limitado do Centro de Saúde local», declarou António Tereno, lembrando as longas distâncias que os barranquenhos têm que percorrer em casos de urgência.
«Temos que percorrer 50 quilómetros (Km) até ao Serviço de Atendimento Permanente mais próximo, que fica em Moura, ou 100 Km até ao Hospital de Beja», precisou.