Tribunal subscreve discriminação

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu a favor do Grupo Sana Hotels no caso que opõe a empresa a um ex-funcionário despedido por ser portador do vírus VIH.
Informações divulgadas pelo Público adiantam que o Tribunal considerou que o cozinheiro foi despedido com justa causa pelo hotel porque «ficou provado que é portador de VIH e que este vírus existe no sangue, saliva, suor e lágrimas, podendo ser transmitido no caso de haver derrame de alguns destes fluidos sobre alimentos».
Ainda de acordo com o jornal, o caso terá sido despoletado quando o cozinheiro, após um ano de baixa médica justificada, foi observado pelo clínico da medicina do trabalho, o qual terá pedido informações adjacentes sobre o estado de saúde do funcionário ao seu médico assistente ficando a saber que o cozinheiro era seropositivo.
Instado a comentar o caso, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Pedro Nunes, sublinhou que comunicar à entidade patronal dados confidenciais sobre a saúde dos empregados constitui «uma violação ética gravíssima». Acresce, segundo Pedro Nunes, citado pela Lusa, que o risco de contágio no exercício da referida profissão é «praticamente inexistente».
Especialistas em doenças infecciosas ouvidos por vários órgãos de comunicação social reagiram ao caso com apreensão e consideraram que o risco de contágio invocado pela entidade patronal e reconhecido pelo Tribunal é mais que altamente improvável.


Mais artigos de: Aconteceu

Desemprego não abranda

O desemprego em Portugal não dá sinais de abrandar. Dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística relativos ao terceiro trimestre de 2007 confirmam a subida do número de desocupados no país na ordem das 1300 pessoas por mês.Comparando com o mesmo período de 2006, os valores do INE revelaram que no espaço de um...

Privados garantem 35 milhões

As unidades de saúde privadas que aderiram ao Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgias (SIGIC) têm garantidos nesta rubrica do Orçamento de Estado para 2008 cerca de 35 milhões de euros.O SIGIC é o programa do Ministério da Saúde cujo objectivo é o combate às listas de espera para intervenções cirúrgicas,...

Dívida às farmacêuticas cresce

Os créditos das farmacêuticas aos hospitais públicos atingem valores superiores a 800 milhões de euros, de acordo com um relatório oficial citado pela Lusa.Segundo os dados a que a agência noticiosa teve acesso, de 2006 a 2007 o crescimento foi de 14 por cento. Desde a entrada em funções do Governo do Partido Socialista...