O deputado suíço do Conselho da Europa que investigou as prisões e voos secretos da CIA no velho continente questiona num novo relatório a legalidade das «listas negras» de alegados terroristas, elaboradas pela ONU e União Europeia.
No documento, Dick Marty confronta o tratamento que é dado aos grupos e indivíduos incluídos nestas listas devido a suspeitas de ligações ao terrorismo, com as normas consagradas pelo Conselho da Europa em matéria direitos humanos.
Já em Abril, Marty considerou como uma «flagrante injustiça» que o Conselho de Segurança da ONU inclua pessoas nestas listas sem as informar nem ter provas de que são culpadas.
Segundo o parlamentar, a lista, elaborada a pedido dos membros do Conselho de Segurança, incluía 362 pessoas e 125 empresas ou organizações, às quais são negados vistos e são alvo de congelamento de fundos.
Os indivíduos e entidades visadas, de acordo com Marty, não foram informados de que figuram nela nem têm a possibilidade de defender-se ou apresentar recurso. Este procedimento foi igualmente seguido pela União Europeia, a qual é também objecto de investigação pelo deputado suíço.