Uma nova época na história da Humanidade
Uma exposição evocativa da Revolução de Outubro esteve patente em Almada, entre 6 e 10 de Novembro. Tratava-se da mesma que ocupou o Pavilhão Central da Festa do Avante!, mas a sua instalação no átrio da centenária Academia Almadense, no coração da zona histórica da cidade, conferia-lhe uma grandiosidade que não deixou indiferentes as centenas de pessoas que a visitaram. A inauguração ocorreu no final da tarde do dia 6 e contou com a presença de Margarida Botelho, da Comissão Política. Por todo o País, em vários locais, estiveram patentes reproduções mais reduzidas da mostra. Os textos destas páginas são excertos dessa exposição.
«A 7 de Novembro de 1917 (25 de Outubro no velho calendário russo), ao sinal do cruzador «Aurora», irrompe na Rússia uma insurreição que instaurou um governo revolucionário de operários e camponeses no maior país do mundo. A Revolução de Outubro constituiu um marco maior na milenar caminhada humana pela emancipação.
«Foi um “assalto aos céus” que tornou possível, pela primeira vez na História, que as classes exploradas e oprimidas empreendessem a construção de uma nova sociedade, liberta da exploração. O impacto deste acontecimento iluminou todo o século XX.
«A sua actualidade não se esgotou com o fim da URSS. Redobra de significado e pertinência no tempo presente, ensombrado pelos efeitos destrutivos da globalização capitalista.
«O exemplo e os ideais plasmados na Revolução de Outubro, como primeira experiência histórica de construção de uma sociedade livre dos antagonismos e da exploração de classe, revelam uma importância e actualidade acrescidas no horizonte contemporâneo.»
Lenine
«Evocar a Revolução de Outubro é também evocar Lénine e o seu extraordinário contributo como revolucionário e estadista de excepção, respondendo às próprias exigências do desenvolvimento histórico. Partindo das teses e instrumentos de análise desenvolvidos por Marx e Engels, e aplicando-os à realidade russa, Lénine e o Partido bolchevique interpretaram correctamente e dialéctica do processo histórico na era da ascensão do imperialismo (…) Essa contribuição justifica que os comunistas tenham passado a designar como marxismo-leninismo a teoria revolucionária da época do imperialismo e das revoluções socialistas.»
Uma ruptura na via do progresso social
«A Revolução de Outubro não foi simplesmente um acto heróico. Foi o momento decisivo de um processo que mergulha as suas raízes no percurso da História (…) Circunstâncias concretas, internas e externas, tornaram possível a vitória da primeira revolução socialista, não num país capitalista desenvolvido, mas num país de atrasos colossais (…)
«Outubro representou a ruptura e o salto qualitativo que permitiu, pela via do progresso social, a superação do feixe insanável de contradições que impelia a Rússia, nas palavras de Lénine, para a “catástrofe”. Tal foi possível pela participação impetuosa na História das massas trabalhadoras, sob a direcção do Partido bolchevique, através da aliança da classe operária e do campesinato.»
Início de uma nova época
«A Revolução de Outubro teve características próprias resultantes da história, da cultura, das tradições e realidade sócio-económica da Rússia.
«(…) Mas o que marca fundamentalmente a Revolução de Outubro é o seu carácter histórico universal, é o facto de inaugurar uma nova época histórica, de passagem do capitalismo ao socialismo, confirmando as teses fundamentais da teoria marxista do socialismo científico.»
Feito histórico sem precedentes
«Os primeiros decretos e medidas do jovem poder soviético expressam com clareza a natureza de classe do novo poder. Os decretos da Paz e da Terra, as declarações “dos direitos dos povos da Rússia” e “sobre os direitos do povo trabalhador e explorado” são algumas das medidas pioneiras que desde logo confirmam o eminente carácter humanista e progressista da Revolução de Outubro (…)
«Sob o impulso da construção socialista e apesar das colossais dificuldades enfrentadas, a URSS alcançou grandes realizações e conquistas nos planos político, social, económico, técnico-científico, cultural e nacional, percorrendo em escassas décadas o caminho de transformação de país atrasado em grande potência industrial (…)
«Sublinhe-se a actualidade dos avanços sociais e civilizacionais e o papel pioneiro da URSS na regulamentação dos direitos do trabalho, instituição da jornada de trabalho de oito horas e férias pagas, emancipação da mulher e igualdade entre sexos, liquidação do desemprego, assistência médica e educação gratuitas, eliminação do analfabetismo, o acesso generalizado à cultura e promoção das culturas e identidades nacionais.»
Grande avanço libertador em todo o mundo
«Os grandes avanços libertadores e transformações revolucionárias do século XX têm a sua marca profunda na Revolução de Outubro. O exemplo da URSS, pelas suas realizações e pela sua política de paz e activa solidariedade internacionalista, representou um grande estímulo à luta libertadora dos trabalhadores e dos povos e um poderoso factor de contenção da natureza exploradora e agressiva do imperialismo (…)
Os comunistas portugueses nunca negaram a sua solidariedade aos povos que tiveram a audácia de romper a dominação mundial do capitalismo. Sempre consideraram que quem não tenha em conta o papel da Revolução de Outubro, da URSS e da formação no mundo de um campo mundial de países de orientação para o socialismo, não pode compreender o processo histórico de desenvolvimento da sociedade humana, com os seus avanços e recuos.»
O imperialismo contra-ataca
«O desaparecimento da URSS (…) significou uma grave e profunda alteração na correlação de forças no plano mundial a favor do imperialismo. O mundo ficou mais e perigosamente exposto à lógica exploradora e agressiva do grande capital e à dinâmica das contradições do capitalismo e efeitos da sua crise. Por entre o crescente espezinhamento do direito internacional, intensifica-se o intervencionismo e multiplicam-se as ameaças à paz. A ofensiva contra avanços libertadores, a escalada brutal da exploração, o ataque a garantias e direitos fundamentais, a recolonização do planeta, o militarismo e as guerras aí estão a confirmá-lo plenamente (…)
Volvidos 90 anos sobre a Revolução de Outubro, o capitalismo não só se revelou incapaz de resolver os grandes problemas da humanidade, como é responsável pelo agravamento das condições de vida dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo. A história do capitalismo é um rasto de exploração, opressão, morte e miséria para milhões de seres humanos. É a história da dominação de uma classe (a burguesia) sobre outras.»
Questão central do nosso tempo
«A exigência de superação revolucionária do capitalismo e, com ela, a necessidade dos partidos comunistas e de forças efectivamente comprometidas com um projecto de profundas transformações sociais visando a liquidação da exploração e opressão do homem pelo homem é, nos dias de hoje, maior do que nunca (…)
«O empreendimento de construção de uma nova sociedade de trabalhadores livres e iguais em direitos permanece, por isso, a questão central do nosso tempo.»
«Foi um “assalto aos céus” que tornou possível, pela primeira vez na História, que as classes exploradas e oprimidas empreendessem a construção de uma nova sociedade, liberta da exploração. O impacto deste acontecimento iluminou todo o século XX.
«A sua actualidade não se esgotou com o fim da URSS. Redobra de significado e pertinência no tempo presente, ensombrado pelos efeitos destrutivos da globalização capitalista.
«O exemplo e os ideais plasmados na Revolução de Outubro, como primeira experiência histórica de construção de uma sociedade livre dos antagonismos e da exploração de classe, revelam uma importância e actualidade acrescidas no horizonte contemporâneo.»
Lenine
«Evocar a Revolução de Outubro é também evocar Lénine e o seu extraordinário contributo como revolucionário e estadista de excepção, respondendo às próprias exigências do desenvolvimento histórico. Partindo das teses e instrumentos de análise desenvolvidos por Marx e Engels, e aplicando-os à realidade russa, Lénine e o Partido bolchevique interpretaram correctamente e dialéctica do processo histórico na era da ascensão do imperialismo (…) Essa contribuição justifica que os comunistas tenham passado a designar como marxismo-leninismo a teoria revolucionária da época do imperialismo e das revoluções socialistas.»
Uma ruptura na via do progresso social
«A Revolução de Outubro não foi simplesmente um acto heróico. Foi o momento decisivo de um processo que mergulha as suas raízes no percurso da História (…) Circunstâncias concretas, internas e externas, tornaram possível a vitória da primeira revolução socialista, não num país capitalista desenvolvido, mas num país de atrasos colossais (…)
«Outubro representou a ruptura e o salto qualitativo que permitiu, pela via do progresso social, a superação do feixe insanável de contradições que impelia a Rússia, nas palavras de Lénine, para a “catástrofe”. Tal foi possível pela participação impetuosa na História das massas trabalhadoras, sob a direcção do Partido bolchevique, através da aliança da classe operária e do campesinato.»
Início de uma nova época
«A Revolução de Outubro teve características próprias resultantes da história, da cultura, das tradições e realidade sócio-económica da Rússia.
«(…) Mas o que marca fundamentalmente a Revolução de Outubro é o seu carácter histórico universal, é o facto de inaugurar uma nova época histórica, de passagem do capitalismo ao socialismo, confirmando as teses fundamentais da teoria marxista do socialismo científico.»
Feito histórico sem precedentes
«Os primeiros decretos e medidas do jovem poder soviético expressam com clareza a natureza de classe do novo poder. Os decretos da Paz e da Terra, as declarações “dos direitos dos povos da Rússia” e “sobre os direitos do povo trabalhador e explorado” são algumas das medidas pioneiras que desde logo confirmam o eminente carácter humanista e progressista da Revolução de Outubro (…)
«Sob o impulso da construção socialista e apesar das colossais dificuldades enfrentadas, a URSS alcançou grandes realizações e conquistas nos planos político, social, económico, técnico-científico, cultural e nacional, percorrendo em escassas décadas o caminho de transformação de país atrasado em grande potência industrial (…)
«Sublinhe-se a actualidade dos avanços sociais e civilizacionais e o papel pioneiro da URSS na regulamentação dos direitos do trabalho, instituição da jornada de trabalho de oito horas e férias pagas, emancipação da mulher e igualdade entre sexos, liquidação do desemprego, assistência médica e educação gratuitas, eliminação do analfabetismo, o acesso generalizado à cultura e promoção das culturas e identidades nacionais.»
Grande avanço libertador em todo o mundo
«Os grandes avanços libertadores e transformações revolucionárias do século XX têm a sua marca profunda na Revolução de Outubro. O exemplo da URSS, pelas suas realizações e pela sua política de paz e activa solidariedade internacionalista, representou um grande estímulo à luta libertadora dos trabalhadores e dos povos e um poderoso factor de contenção da natureza exploradora e agressiva do imperialismo (…)
Os comunistas portugueses nunca negaram a sua solidariedade aos povos que tiveram a audácia de romper a dominação mundial do capitalismo. Sempre consideraram que quem não tenha em conta o papel da Revolução de Outubro, da URSS e da formação no mundo de um campo mundial de países de orientação para o socialismo, não pode compreender o processo histórico de desenvolvimento da sociedade humana, com os seus avanços e recuos.»
O imperialismo contra-ataca
«O desaparecimento da URSS (…) significou uma grave e profunda alteração na correlação de forças no plano mundial a favor do imperialismo. O mundo ficou mais e perigosamente exposto à lógica exploradora e agressiva do grande capital e à dinâmica das contradições do capitalismo e efeitos da sua crise. Por entre o crescente espezinhamento do direito internacional, intensifica-se o intervencionismo e multiplicam-se as ameaças à paz. A ofensiva contra avanços libertadores, a escalada brutal da exploração, o ataque a garantias e direitos fundamentais, a recolonização do planeta, o militarismo e as guerras aí estão a confirmá-lo plenamente (…)
Volvidos 90 anos sobre a Revolução de Outubro, o capitalismo não só se revelou incapaz de resolver os grandes problemas da humanidade, como é responsável pelo agravamento das condições de vida dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo. A história do capitalismo é um rasto de exploração, opressão, morte e miséria para milhões de seres humanos. É a história da dominação de uma classe (a burguesia) sobre outras.»
Questão central do nosso tempo
«A exigência de superação revolucionária do capitalismo e, com ela, a necessidade dos partidos comunistas e de forças efectivamente comprometidas com um projecto de profundas transformações sociais visando a liquidação da exploração e opressão do homem pelo homem é, nos dias de hoje, maior do que nunca (…)
«O empreendimento de construção de uma nova sociedade de trabalhadores livres e iguais em direitos permanece, por isso, a questão central do nosso tempo.»