PCP nas comemorações da Revolução de Outubro
Regressou hoje de Moscovo a delegação do PCP que participou nas comemorações do 90.º aniversário da Revolução de Outubro e no Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários que decorreu na Bielorrússia.
A agressividade do imperialismo é um sinal das contradições do capitalismo
Na capital russa, Albano Nunes, do Secretariado e da Comissão Política do PCP, e Luís Carapinha, da Secção Internacional, estiveram presentes, a convite do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), nas celebrações do triunfo da revolução socialista naquele país, as quais incluíram, entre outras iniciativas promovidas pelo PCFR, uma sessão na histórica Sala das Colunas da Casa das Uniões, uma manifestação e um comício evocativo da data.
Os 90 anos da Revolução de Outubro, «a relevância e validade dos seus ideais. A luta dos comunistas contra o imperialismo, pelo socialismo», foi ainda o tema central do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários que decorreu entre 3 e 5 de Novembro em Minsk, capital da Bielorrússia.
Para além do anfitrião Partido Comunista da Bielorrússia (PCB) e do PCP, marcaram presença na reunião cerca de 70 outros partidos, possibilitando a realização de diversos contactos bilaterais, com destaque para os mantidos entre a comitiva comunista portuguesa com a primeira-secretária do PCB, Tatiana Golubeva, e com o presidente do comité central do PCFR, Guennadi Ziuganov.
Repor a verdade histórica
Intervindo no Encontro de Partidos Comunistas e Operários em representação do Partido, Albano Nunes expressou a alegria dos comunistas portugueses em estarem na terra «onde nasceu e deu os primeiros passos o Partido Operário Social Democrata Russo que, sob a direcção Lenine, se transformou na vanguarda revolucionária da classe operária russa e dirigiu a gloriosa Revolução de Outubro».
Nos 90 anos da «primeira revolução socialista da história da humanidade», importa destacar a sua «influência determinante» na «marcha do século XX e nos avanço libertadores que o marcaram», disse Albano Nunes. Progressos que, acrescentou o dirigente, são absolutamente inseparáveis da «Revolução de Outubro, das realizações e conquistas do socialismo, da política de paz e de solidariedade internacionalista da URSS».
Nesse contexto, urge repor e defender a verdade histórica «perante violentas campanhas de revisão e de calúnia e criminalização dos comunistas e de todas as forças e povos que resistem ao imperialismo», continuou. «Uma verdade histórica que não é posta em causa por atrasos, erros e deformações que, num contexto de permanente hostilidade e ameaça imperialista, conduziram à derrota do empreendimento inédito de uma sociedade sem exploradores nem explorados», sublinhou ainda.
«Ao contrário do que pretendem os seus detractores, a Revolução de Outubro não foi nem um “erro”, nem um “acidente” histórico, nem um “golpe” bolchevique ou um “fenómeno especificamente russo”. Ela foi fruto da situação revolucionária que se gerou na sociedade russa correspondendo simultâneamente a uma necessidade determinada pela fase imperialista do capitalismo que Lenine desvendou. O que precisamente dá maior importância à Revolução de Outubro é a sua dimensão histórica universal», aduziu Albano Nunes.
Tempo de luta
Da mesma forma que a Revolução de Outubro representou um extraordinário impulso na luta dos povos, «a vitória da contra-revolução na URSS e a sua destruição representaram um imenso recuo histórico, grandes sofrimentos e imensos perigos para a própria sobrevivência da Humanidade», referiu Albano Nunes. Mas, sendo certo que «vivemos ainda tempos de resistência e acumulação de forças, não é menos certo que o imperialismo enfrenta forte resistência (no Iraque, no Afeganistão, na Palestina e outros pontos do mundo), se desenvolvem importantes processos de arrumação de forças de carácter objectivamente anti-imperialista, se verificam em vários países (como na América Latina com Cuba socialista ou a revolução bolivariana na Venezuela) corajosas afirmações de soberania e esperançosos processos de transformação progressista e revolucionária da sociedade», frisou o membro da direcção do PCP.
«Nunca como hoje foi tão grande a concentração e centralização de capital e tão estreita a base social de apoio do capitalismo. A agressividade do imperialismo não é um sinal de força do sistema capitalista, antes é fruto das dificuldades e contradições que o corroem», enfatizou Albano Nunes, por isso «a saída para a actual situação perigosa só pode ser encontrada no caminho de profundas transformações económicas e sociais antimonopolistas, no caminho do socialismo», concluiu.
Reforçar laços internacionalistas
Na intervenção ao Encontro, Albano Nunes transmitiu aos presentes que o PCP «sendo obra da classe operária portuguesa nasceu sob a influência da Revolução de Outubro e permanece fiel a esse legado fundador».
No combate à maior ofensiva contra os trabalhadores e as classes populares desde Abril de 1974, contra o projecto neoliberal, federalista e militarista da UE e por uma alternativa democrática que sirva os interesses do povo, «o PCP aponta o desenvolvimento da luta de massas e o reforço do Partido como tarefas centrais e decisivas, prestando particular atenção às suas raízes nas empresas e locais de trabalho», explicou o dirigente.
Outro importante ensinamento de Lenine e de Outubro, acrescentou Albano Nunes, «é que o fortalecimento dos partidos comunistas e da sua cooperação internacionalista não se contrapõe, antes é indispensável para a construção de alianças mais amplas ( ainda que transitórias e contingentes) contra as mais nefastas e perigosas expressões do capitalismo como o fascismo, o militarismo e a guerra», por isso, lembrou, «o PCP rejeita e considera prejudiciais ao avanço da luta contra o capital entendimentos sem princípios com a social democracia – hoje estruturalmente enfeudada ao capitalismo - ou soluções como o “partido da esquerda europeia”» e, simultaneamente, «considera que o fortalecimento da cooperação dos comunistas é inseparável do necessário fortalecimento da frente anti-imperialista na diversidade das suas componentes».
Os 90 anos da Revolução de Outubro, «a relevância e validade dos seus ideais. A luta dos comunistas contra o imperialismo, pelo socialismo», foi ainda o tema central do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários que decorreu entre 3 e 5 de Novembro em Minsk, capital da Bielorrússia.
Para além do anfitrião Partido Comunista da Bielorrússia (PCB) e do PCP, marcaram presença na reunião cerca de 70 outros partidos, possibilitando a realização de diversos contactos bilaterais, com destaque para os mantidos entre a comitiva comunista portuguesa com a primeira-secretária do PCB, Tatiana Golubeva, e com o presidente do comité central do PCFR, Guennadi Ziuganov.
Repor a verdade histórica
Intervindo no Encontro de Partidos Comunistas e Operários em representação do Partido, Albano Nunes expressou a alegria dos comunistas portugueses em estarem na terra «onde nasceu e deu os primeiros passos o Partido Operário Social Democrata Russo que, sob a direcção Lenine, se transformou na vanguarda revolucionária da classe operária russa e dirigiu a gloriosa Revolução de Outubro».
Nos 90 anos da «primeira revolução socialista da história da humanidade», importa destacar a sua «influência determinante» na «marcha do século XX e nos avanço libertadores que o marcaram», disse Albano Nunes. Progressos que, acrescentou o dirigente, são absolutamente inseparáveis da «Revolução de Outubro, das realizações e conquistas do socialismo, da política de paz e de solidariedade internacionalista da URSS».
Nesse contexto, urge repor e defender a verdade histórica «perante violentas campanhas de revisão e de calúnia e criminalização dos comunistas e de todas as forças e povos que resistem ao imperialismo», continuou. «Uma verdade histórica que não é posta em causa por atrasos, erros e deformações que, num contexto de permanente hostilidade e ameaça imperialista, conduziram à derrota do empreendimento inédito de uma sociedade sem exploradores nem explorados», sublinhou ainda.
«Ao contrário do que pretendem os seus detractores, a Revolução de Outubro não foi nem um “erro”, nem um “acidente” histórico, nem um “golpe” bolchevique ou um “fenómeno especificamente russo”. Ela foi fruto da situação revolucionária que se gerou na sociedade russa correspondendo simultâneamente a uma necessidade determinada pela fase imperialista do capitalismo que Lenine desvendou. O que precisamente dá maior importância à Revolução de Outubro é a sua dimensão histórica universal», aduziu Albano Nunes.
Tempo de luta
Da mesma forma que a Revolução de Outubro representou um extraordinário impulso na luta dos povos, «a vitória da contra-revolução na URSS e a sua destruição representaram um imenso recuo histórico, grandes sofrimentos e imensos perigos para a própria sobrevivência da Humanidade», referiu Albano Nunes. Mas, sendo certo que «vivemos ainda tempos de resistência e acumulação de forças, não é menos certo que o imperialismo enfrenta forte resistência (no Iraque, no Afeganistão, na Palestina e outros pontos do mundo), se desenvolvem importantes processos de arrumação de forças de carácter objectivamente anti-imperialista, se verificam em vários países (como na América Latina com Cuba socialista ou a revolução bolivariana na Venezuela) corajosas afirmações de soberania e esperançosos processos de transformação progressista e revolucionária da sociedade», frisou o membro da direcção do PCP.
«Nunca como hoje foi tão grande a concentração e centralização de capital e tão estreita a base social de apoio do capitalismo. A agressividade do imperialismo não é um sinal de força do sistema capitalista, antes é fruto das dificuldades e contradições que o corroem», enfatizou Albano Nunes, por isso «a saída para a actual situação perigosa só pode ser encontrada no caminho de profundas transformações económicas e sociais antimonopolistas, no caminho do socialismo», concluiu.
Reforçar laços internacionalistas
Na intervenção ao Encontro, Albano Nunes transmitiu aos presentes que o PCP «sendo obra da classe operária portuguesa nasceu sob a influência da Revolução de Outubro e permanece fiel a esse legado fundador».
No combate à maior ofensiva contra os trabalhadores e as classes populares desde Abril de 1974, contra o projecto neoliberal, federalista e militarista da UE e por uma alternativa democrática que sirva os interesses do povo, «o PCP aponta o desenvolvimento da luta de massas e o reforço do Partido como tarefas centrais e decisivas, prestando particular atenção às suas raízes nas empresas e locais de trabalho», explicou o dirigente.
Outro importante ensinamento de Lenine e de Outubro, acrescentou Albano Nunes, «é que o fortalecimento dos partidos comunistas e da sua cooperação internacionalista não se contrapõe, antes é indispensável para a construção de alianças mais amplas ( ainda que transitórias e contingentes) contra as mais nefastas e perigosas expressões do capitalismo como o fascismo, o militarismo e a guerra», por isso, lembrou, «o PCP rejeita e considera prejudiciais ao avanço da luta contra o capital entendimentos sem princípios com a social democracia – hoje estruturalmente enfeudada ao capitalismo - ou soluções como o “partido da esquerda europeia”» e, simultaneamente, «considera que o fortalecimento da cooperação dos comunistas é inseparável do necessário fortalecimento da frente anti-imperialista na diversidade das suas componentes».