Vila Franca de Xira

Aberração urbanística na Quinta dos Anjos

Os vereadores da CDU da Câmara de Vila Franca de Xira denunciaram, na passada semana, uma «aberração urbanística» na Quinta dos Anjos, na freguesia de Castanheira do Ribatejo, criando «condições para um grande desastre» por obstruir uma linha de água.
«Eu neste momento não lhe chamaria urbanização, chamar-lhe ia aberração urbanística», disse o vereador da CDU Carlos Coutinho, porque «parte está em cima de uma linha de água, que teve de ser aterrada para os edifícios».
Para o eleito do PCP «não é possível levar milhares e milhares de metros cúbicos de terra para uma garganta a ponto de tapar a ribeira e criar uma montanha de entulho», classificando «em termos ecológicos um crime grave e em termos de urbanismo e segurança das populações uma situação seríssima».
«Já existem várias moradias e algumas delas correm o risco de apanhar com uma enchente com terras levadas pelo vale abaixo, como já vimos acontecer na Índia ou na América Latina, estão criadas as condições para um grande desastre, além das ilegalidades», afirmou Carlos Coutinho.
Segundo o vereador, a montante está «criada uma barreira com entulhos que transformou um vale num promontório» com «uma barragem, que se desabar, porque são terras soltas e arenosas, pode criar um desastre de dimensões inimagináveis a tudo o que está a jusante».
O vereador da CDU afirmou ainda que as «cerca de 30 moradias» habitadas, «infelizmente» tiveram licenciamento, salientando que «um edifício com 12 fogos, que está a ser construído sem alvará» em «terras saibrosas, onde basta uma chuvinha e fica soterrado».
A urbanização «mantém-se só com um acesso» com uma altura máxima com 2,70 metros, «em que o carro do lixo não entra, as pessoas têm que ir com o lixo às costas carregá-lo longe e além disso, se houver um desastre ou um incêndio, o carro dos bombeiros não tem como entrar».
«No entender da CDU, esta urbanização nunca deveria ter sido licenciada nos moldes em que está projectada, depois de licenciada, nos moldes possíveis, as obras deveriam ser acompanhadas pela câmara para que não fossem cometidas as enormidades que aqui estão cometidas», concluiu.


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