Militares contestam repressão
O ministro da Defesa aceitou, ao fim de mais de um ano, aceitar o pedido da Associação Nacional de Sargentos e recebeu uma delegação, no dia 14, mas o diálogo encetado «fica manchado, se não mesmo comprometido, pela insistência nos mecanismos de perseguição e repressão». Para a direcção da ANS, «dialogar com uma mão e reprimir com a outra não gera o clima de confiança tão necessário aos consensos desejáveis em torno das medidas que urge implementar».
Num primeiro comunicado, a 20 de Agosto, o órgão dirigente da ANS referia, neste contexto, os «mais de cinquenta processos disciplinares instaurados a militares com folhas de serviço exemplares», numa «senda persecutória sem par na nossa história democrática». Apontava ainda um interrogatório a um vice-presidente da associação, que nesta qualidade integrou a delegação que foi solicitar uma audiência no Ministério da Justiça, e o inquérito em curso na corveta João Coutinho, «devido às recentes ocorrências com visibilidade pública, no porto de Portimão, com o propósito perceptível, não de apurar as razões do descontentamento, mas de encontrar um bode expiatório». Alguns dos sargentos que demonstraram solidariedade para com outro dos vice-presidentes da ANS viram as suas avaliações diminuídas inexplicavelmente e outros tiveram a promoção retardada - referia ainda o comunicado.
Poucos dias passados, a situação voltou a agravar-se. Pela terceira vez, em apenas nove meses, o presidente da direcção da ANS foi constituído arguido, revelou a associação, no dia 23, quinta-feira. No dia seguinte, soube-se que Lima Coelho recebera a notificação de que seria punido com um dia de prisão disciplinar, que iria cumprir até meio da manhã de domingo, por despacho do general comandante operacional da Força Aérea, no seguimento de um processo de Dezembro de 2006.
«Calar o clamor de descontentamento e revolta que grassa» entre os militares é, para a ANS, o motivo que leva o Governo a ordenar que as chefias reprimam os dirigentes associativos, tal como o levou a alterar legislação recentemente (restringido direitos dos militares no acesso à Justiça e limitando a actividade associativa).
A ANS reafirma a exigência de solução para a dívida que, por sucessivos governos não cumprirem dezenas de diplomas legais, o Estado acumula para com os militares, a qual já é superior a mil milhões de euros. O Governo actual «segue o pior caminho», «o dos devedores relapsos e incumpridores, a utilizarem todas as artimanhas para fugirem ao cumprimento das suas obrigações, em vez de saldarem com honra as suas dívidas e assumirem os compromissos legais anteriores», acusa a associação.
A Associação Sindical da Polícia manifestou-se solidária com a ANS e acusou o Governo de «falta de capacidade e maturidade para o diálogo». A ASPP decidiu juntar-se aos militares que, no domingo, receberam o presidente da ANS no momento da libertação, junto ao Comando Operacional da Força Aérea, em Monsanto.
Num primeiro comunicado, a 20 de Agosto, o órgão dirigente da ANS referia, neste contexto, os «mais de cinquenta processos disciplinares instaurados a militares com folhas de serviço exemplares», numa «senda persecutória sem par na nossa história democrática». Apontava ainda um interrogatório a um vice-presidente da associação, que nesta qualidade integrou a delegação que foi solicitar uma audiência no Ministério da Justiça, e o inquérito em curso na corveta João Coutinho, «devido às recentes ocorrências com visibilidade pública, no porto de Portimão, com o propósito perceptível, não de apurar as razões do descontentamento, mas de encontrar um bode expiatório». Alguns dos sargentos que demonstraram solidariedade para com outro dos vice-presidentes da ANS viram as suas avaliações diminuídas inexplicavelmente e outros tiveram a promoção retardada - referia ainda o comunicado.
Poucos dias passados, a situação voltou a agravar-se. Pela terceira vez, em apenas nove meses, o presidente da direcção da ANS foi constituído arguido, revelou a associação, no dia 23, quinta-feira. No dia seguinte, soube-se que Lima Coelho recebera a notificação de que seria punido com um dia de prisão disciplinar, que iria cumprir até meio da manhã de domingo, por despacho do general comandante operacional da Força Aérea, no seguimento de um processo de Dezembro de 2006.
«Calar o clamor de descontentamento e revolta que grassa» entre os militares é, para a ANS, o motivo que leva o Governo a ordenar que as chefias reprimam os dirigentes associativos, tal como o levou a alterar legislação recentemente (restringido direitos dos militares no acesso à Justiça e limitando a actividade associativa).
A ANS reafirma a exigência de solução para a dívida que, por sucessivos governos não cumprirem dezenas de diplomas legais, o Estado acumula para com os militares, a qual já é superior a mil milhões de euros. O Governo actual «segue o pior caminho», «o dos devedores relapsos e incumpridores, a utilizarem todas as artimanhas para fugirem ao cumprimento das suas obrigações, em vez de saldarem com honra as suas dívidas e assumirem os compromissos legais anteriores», acusa a associação.
A Associação Sindical da Polícia manifestou-se solidária com a ANS e acusou o Governo de «falta de capacidade e maturidade para o diálogo». A ASPP decidiu juntar-se aos militares que, no domingo, receberam o presidente da ANS no momento da libertação, junto ao Comando Operacional da Força Aérea, em Monsanto.