Trabalhadores em luta por melhorias salariais

Greve nos casinos do Algarve

Os trabalhadores dos casinos da empresa Solverde, no Algarve, iniciaram segunda-feira uma greve por tempo indeterminado. A luta é por melhores salários e redução do horário laboral.

Trabalhadores viram reduzidos de forma acentuada os seus rendimentos

Esta acção reivindicativa, que registou no primeiro dia uma adesão de 70 por cento, é a segunda realizada este mês (uma primeira, nos dias 3 e 4, teve igualmente uma adesão de 70 por cento) em resposta ao que os trabalhadores consideram ser a perda de rendimento e consequente perda do seu poder de compra desde que as máquinas passaram a substituí-los na entrega dos prémios aos apostadores.
Anteriormente os prémios dos casinos eram entregues em mão pelos empregados que recebiam na maior parte das vezes gratificações dos clientes que chegavam a duplicar os seus ordenados.
Com as mexidas no sistema de entrega de fichas e dos prémios tudo mudou e o cliente ganhador deixou de se sentir induzido a deixar uma gorjeta ao empregado, explicou em declarações à Lusa o sindicalista Henrique Almeida, do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Similares do Algarve, esclarecendo que o ordenado de um trabalhador pode rondar os 500 euros por mês.
«Quando foram contratados foi-lhes dito que o salário era baixo precisamente porque o conseguiriam duplicar ou triplicar em gorjetas», acrescentou o dirigente sindical, lamentando que a Solverde «pague os salários mais baixos a nível nacional».
A motivar o descontentamento dos profissionais das salas de jogo está ainda a excessiva jornada de trabalho de doze horas diárias, questão para a qual têm vindo insistentemente a chamar a atenção da administração, pedindo a sua redução. O problema é que os responsáveis da Solverde, empresa que detém os casinos de Monte Gordo, Vila Moura e Praia da Rocha, prossegue uma política do «quero, posso e mando», recusando o diálogo e furtando-se às respostas.
O sindicato apela ao «apoio e compreensão» dos utilizadores dos três casinos pelos incómodos que a forma de luta possa originar.


Mais artigos de: Trabalhadores

O embuste do PRACE

Enquanto dá orientações para despedir trabalhadores, o Ministério da Saúde manda contratar outros, ou os mesmos, através de empresas de trabalho temporário, acusa o Sindicato da Função Pública do Centro.

Ainda sem garantias

Para travar a falência, a Pereira da Costa deveria apresentar garantias bancárias no IAPMEI até amanhã. No dia 20, analisa-se a decisão do Instituto e as formas de prosseguimento da luta.

<em>TST</em> tem de mudar

A Festru/CGTP-IN apelou ao protesto de trabalhadores e utentes por condições dignas de trabalho e de transporte.

Justiça adiada há 22 anos<br>na <em>Metalúrgica Duarte Ferreira</em>

A Siderurgia Nacional e a Segurança Social, sob a tutela de sucessivos governos do PS e do PSD, são responsáveis pelo arrastamento do processo judicial e por ainda não ter sido executada a sentença que definiu os créditos dos trabalhadores da ex-Metalúrgica Duarte Ferreira e os graduou como credores privilegiados, no...

Polícias tratados de forma desumana

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) acusa o Comando da PSP de Faro de tratar mal o efectivo do Destacamento do Corpo de Intervenção (CI).Em causa estão alterações horárias e o desvirtuamento das suas missões, o que tem originado um profundo mal-estar entre os seus efectivos.«Existe, neste...

Fenprof exige<br>anulação do concurso

Terminada a fase de recurso, a Federação Nacional de Professores revelou que, na primeira reunião que tiver com o Ministério da Educação, em Setembro, vai propor que seja anulado o concurso de acesso a «professor titular» e que seja aberto «um processo negocial que vise encontrar uma alternativa a esta divisão da...