Fretilin manifesta preocupação
A Aliança para a Maioria Parlamentar elegeu o novo presidente do hemicíclo timorense. A coligação excluíu a Fretilin e avisou que a situação é para repetir na formação do governo.
Estabilidade e paz é o que pretende assegurar a Fretilin
Fernando LaSama de Araújo, líder do Partido Democrático (PD), uma das quatro formações que integram a paltaforma pós-eleitoral AMP, promovida por Xanana Gusmão em reacção à vitória da Fretilin nas últimas eleições legislativas no país, foi designado, segunda-feira, para a presidência do parlamento, o segundo cargo da nação.
LaSama derrotou por 41 votos contra 24 o candidato apresentado pela força vencedora nas urnas, a Fretilin, que propôs aos deputados o nome de Aniceto Guterres.
Os representantes da AMP, citados pela Lusa, garantiram que o modus operandi é para manter na constituição do novo governo de Timor-Leste, tendo mesmo afirmado que tal deve ser tido em conta pelo presidente Ramos-Horta na hora dos convites para a liderança do segundo executivo governamental democraticamente eleito da história maubere.
O facto confirma a união de todas as forças derrotadas no sufrágio de 30 de Junho contra a Fretilin, partido que obteve a dianteira dos votos populares com 29 por cento. Apesar da tentativa clara de afastar a Fretilin do centro das decisões políticas em Timor, Mari Alkatiri considerou que «a Fretilin, como partido mais votado, será a escolha do presidente da República».
Militantes em alerta
Entretanto, sexta-feira da semana passada, dezenas de militantes e quadros da Fretilin estiveram reunidos nos arredores da cidade de Baucau para analisarem a situação política no país.
Da assembleia destaca-se a preocupação da Fretilin face à tentativa de subverção da legitimidade democrática conquistada pelo partido nas urnas, embora seja concensual a ideia de que o importante é «conseguir uma boa saída para a estabilidade» e exigir que se cumpra o artigo 109 da constituição, sublinhou Arsénio Bano.
O problema, disse ainda o vicepresidente da Fretilin, «é que do outro lado não há reacção positiva», referindo-se à ausência de resposta por parte da AMP às propostas da Fretilin.
Howard não avisou ninguém
Um dia antes, quinta-feira, estalou uma nova polémica envolvendo as autoridades australianas e timorenses. O primeiro-ministro, John Howard, ter-se-á deslocado a Timor, alegadamente para festejar o seu 68.º aniversário, sem que os serviços diplomáticos de Díli na capital da Austrália, Camberra, tenham sido informados.
A forma como decorreu a visita «surpresa» de Howard indica para muitos que a Austrália trata Timor como um feudo sob a sua autoridade e influência, mas o ex-primeiro ministro, Mari Alkatiri, recusa qualificativos e classifica o sucedido apenas como um incidente.
Apesar da contenção, Alkatiri voltou a colocar o assento tónico na soberania de Timor. «Temos aqui um grande contingente militar australiano, a nosso pedido, mas esperamos tomar conta dos nossos assuntos internos o mais rápido possível. Toda a presença estrangeira quando começa perpetuar-se cria alguns pequenos conflitos com a população e isso pode influir negativamente nas relações entre os dois países», declarou.
LaSama derrotou por 41 votos contra 24 o candidato apresentado pela força vencedora nas urnas, a Fretilin, que propôs aos deputados o nome de Aniceto Guterres.
Os representantes da AMP, citados pela Lusa, garantiram que o modus operandi é para manter na constituição do novo governo de Timor-Leste, tendo mesmo afirmado que tal deve ser tido em conta pelo presidente Ramos-Horta na hora dos convites para a liderança do segundo executivo governamental democraticamente eleito da história maubere.
O facto confirma a união de todas as forças derrotadas no sufrágio de 30 de Junho contra a Fretilin, partido que obteve a dianteira dos votos populares com 29 por cento. Apesar da tentativa clara de afastar a Fretilin do centro das decisões políticas em Timor, Mari Alkatiri considerou que «a Fretilin, como partido mais votado, será a escolha do presidente da República».
Militantes em alerta
Entretanto, sexta-feira da semana passada, dezenas de militantes e quadros da Fretilin estiveram reunidos nos arredores da cidade de Baucau para analisarem a situação política no país.
Da assembleia destaca-se a preocupação da Fretilin face à tentativa de subverção da legitimidade democrática conquistada pelo partido nas urnas, embora seja concensual a ideia de que o importante é «conseguir uma boa saída para a estabilidade» e exigir que se cumpra o artigo 109 da constituição, sublinhou Arsénio Bano.
O problema, disse ainda o vicepresidente da Fretilin, «é que do outro lado não há reacção positiva», referindo-se à ausência de resposta por parte da AMP às propostas da Fretilin.
Howard não avisou ninguém
Um dia antes, quinta-feira, estalou uma nova polémica envolvendo as autoridades australianas e timorenses. O primeiro-ministro, John Howard, ter-se-á deslocado a Timor, alegadamente para festejar o seu 68.º aniversário, sem que os serviços diplomáticos de Díli na capital da Austrália, Camberra, tenham sido informados.
A forma como decorreu a visita «surpresa» de Howard indica para muitos que a Austrália trata Timor como um feudo sob a sua autoridade e influência, mas o ex-primeiro ministro, Mari Alkatiri, recusa qualificativos e classifica o sucedido apenas como um incidente.
Apesar da contenção, Alkatiri voltou a colocar o assento tónico na soberania de Timor. «Temos aqui um grande contingente militar australiano, a nosso pedido, mas esperamos tomar conta dos nossos assuntos internos o mais rápido possível. Toda a presença estrangeira quando começa perpetuar-se cria alguns pequenos conflitos com a população e isso pode influir negativamente nas relações entre os dois países», declarou.