Um exemplo a seguir
A organização concelhia de Montemor-o-Novo do PCP tem cerca de 1060 militantes. No ano passado, mais de 90 por cento pagaram a sua quota. Muitos dos atrasados estão, agora, a regularizar a sua situação.
Em conversa com o Avante!, militantes do concelho contam como conseguem esta «proeza» e asseguram que não há nenhum segredo. Apenas trabalho e organização.
O controlo de execução é fundamental para o cumprimento das tarefas
«Não há aqui nenhum segredo nem métodos novos. Estas coisas não caem do céu e são resultado de um trabalho constante», afirma António Gervásio, histórico militante comunista. Com ele, na entrevista e no trabalho quotidiano, estão Margarida Machado, Edmundo Coelho e Luís Menino, da Comissão Concelhia, e o seu irmão, José Gervásio.
No ano de 2006, realçou, 980 militantes pagaram a sua quota no concelho, lembrando que isto representa 91,5 por cento dos inscritos no Partido. Alguns, mais atrasados, estão ainda a pagar as quotas referentes ao ano passado. O ano de 2006, revelou, foi superior ao ano anterior em termos de recolha de quotização. «Vamos ver como será este…»
António Gervásio valoriza o facto de a direcção do Partido no concelho ter conseguido criar o hábito nos militantes da cidade de Montemor e nas localidades adjacentes – a maioria dos membros do Partido no concelho – de pagarem a sua quota no Centro de Trabalho.
Aberto todos os dias entre as 9 e as 17.30 (aos domingos, apenas à tarde), o Centro de Trabalho do Partido tem um funcionamento regular. A Comissão de Sede, composta por 18 elementos, garante o seu funcionamento, nomeadamente do bar e daquilo a que chamam a banca de atendimento ao militante.
Preparar o trabalho
É nesta banca que estão guardadas as pastas com as quotizações, organizadas por ordem alfabética e com o número dos militantes. Assim, é só chegar e pagar a quota…
António Gervásio considera fundamental preparar o trabalho dos camaradas que, diariamente, recebem os militantes. «Se não levamos isto já trabalhado, com os nomes e por ordem alfabética, com as letras nas lombadas, os camaradas podem ter algumas dificuldades», alertou.
A folha das quotizações, contou António Gervásio, chega da direcção regional no final de cada ano e «passamos todas as quotizações que só depois entregamos às organizações, com as quotas todas já passadas». Aos responsáveis pela cobrança nas diversas organizações são entregues as quotas dos militantes pelos quais cada um responde.
Margarida Machado lembra que, apesar dos resultados obtidos no recebimento da quotização, nem tudo está bem. O valor das quotas é ainda muito baixo. A isto não é alheio o facto de cada dia se viver pior, sustentou: praticamente não há produção no concelho e a agricultura está novamente nas mãos de uns poucos latifundiários.
Mas, apesar de tudo, há muito que se pode fazer para aumentar o valor da quota, confia.
Muitos militantes, relatou, pagam a quota no final do ano. Se passarem a pagar mensalmente, acredita, o valor poderá subir. Esta é uma batalha a travar, concordam todos.
Organização e dedicação
Em Montemor-o-Novo, a acção de contactos com os membros do Partido foi concluída na totalidade. Actualmente, a direcção do Partido no concelho sabe quem são os militantes, onde estão, o que fazem. Para os comunistas que conversaram com o Avante!, esta acção foi fundamental para que se possa, hoje, ter um tão elevado nível de pagamento de quotização.
Antes da actualização dos dados, lembra António Gervásio, os resultados da quotização não eram estes, «estava tudo mais atrasado». Agora, destacou, «sabemos onde estão os camaradas, temos o telefone e a morada. Quando se atrasam, falamos com eles».
O método que permitiu concluir a acção de contactos, afirmou Gervásio, também não é segredo. É trabalho. «Passámos para as fichas novas os dados que já tínhamos. Quando íamos contactar os camaradas já levávamos os quase todos dados preenchidos». Levando a ficha em branco, muita gente não percebe, alertou. «Aquele é um documento complicado…»
Para ambas as tarefas (quotização e actualização de dados) foi fundamental a organização e a dedicação, realçou Margarida Machado. E o controlo de execução, que, destacou, António Gervásio faz de forma exemplar. Gervásio nega que seja «rigoroso de mais. Acho é que, às vezes, há rigor a menos».
Para este militante, não basta tomar decisões, por mais correctas que estas possam ser. Como diz, «um padeiro que tem medo sujar as mãos não é um bom padeiro». Ou seja, explicita, é necessário que haja quem leve as decisões à prática. E em Montemor há, realçam os entrevistados. Com a tarefa do recebimento da quotização são cerca de trinta.
No ano de 2006, realçou, 980 militantes pagaram a sua quota no concelho, lembrando que isto representa 91,5 por cento dos inscritos no Partido. Alguns, mais atrasados, estão ainda a pagar as quotas referentes ao ano passado. O ano de 2006, revelou, foi superior ao ano anterior em termos de recolha de quotização. «Vamos ver como será este…»
António Gervásio valoriza o facto de a direcção do Partido no concelho ter conseguido criar o hábito nos militantes da cidade de Montemor e nas localidades adjacentes – a maioria dos membros do Partido no concelho – de pagarem a sua quota no Centro de Trabalho.
Aberto todos os dias entre as 9 e as 17.30 (aos domingos, apenas à tarde), o Centro de Trabalho do Partido tem um funcionamento regular. A Comissão de Sede, composta por 18 elementos, garante o seu funcionamento, nomeadamente do bar e daquilo a que chamam a banca de atendimento ao militante.
Preparar o trabalho
É nesta banca que estão guardadas as pastas com as quotizações, organizadas por ordem alfabética e com o número dos militantes. Assim, é só chegar e pagar a quota…
António Gervásio considera fundamental preparar o trabalho dos camaradas que, diariamente, recebem os militantes. «Se não levamos isto já trabalhado, com os nomes e por ordem alfabética, com as letras nas lombadas, os camaradas podem ter algumas dificuldades», alertou.
A folha das quotizações, contou António Gervásio, chega da direcção regional no final de cada ano e «passamos todas as quotizações que só depois entregamos às organizações, com as quotas todas já passadas». Aos responsáveis pela cobrança nas diversas organizações são entregues as quotas dos militantes pelos quais cada um responde.
Margarida Machado lembra que, apesar dos resultados obtidos no recebimento da quotização, nem tudo está bem. O valor das quotas é ainda muito baixo. A isto não é alheio o facto de cada dia se viver pior, sustentou: praticamente não há produção no concelho e a agricultura está novamente nas mãos de uns poucos latifundiários.
Mas, apesar de tudo, há muito que se pode fazer para aumentar o valor da quota, confia.
Muitos militantes, relatou, pagam a quota no final do ano. Se passarem a pagar mensalmente, acredita, o valor poderá subir. Esta é uma batalha a travar, concordam todos.
Organização e dedicação
Em Montemor-o-Novo, a acção de contactos com os membros do Partido foi concluída na totalidade. Actualmente, a direcção do Partido no concelho sabe quem são os militantes, onde estão, o que fazem. Para os comunistas que conversaram com o Avante!, esta acção foi fundamental para que se possa, hoje, ter um tão elevado nível de pagamento de quotização.
Antes da actualização dos dados, lembra António Gervásio, os resultados da quotização não eram estes, «estava tudo mais atrasado». Agora, destacou, «sabemos onde estão os camaradas, temos o telefone e a morada. Quando se atrasam, falamos com eles».
O método que permitiu concluir a acção de contactos, afirmou Gervásio, também não é segredo. É trabalho. «Passámos para as fichas novas os dados que já tínhamos. Quando íamos contactar os camaradas já levávamos os quase todos dados preenchidos». Levando a ficha em branco, muita gente não percebe, alertou. «Aquele é um documento complicado…»
Para ambas as tarefas (quotização e actualização de dados) foi fundamental a organização e a dedicação, realçou Margarida Machado. E o controlo de execução, que, destacou, António Gervásio faz de forma exemplar. Gervásio nega que seja «rigoroso de mais. Acho é que, às vezes, há rigor a menos».
Para este militante, não basta tomar decisões, por mais correctas que estas possam ser. Como diz, «um padeiro que tem medo sujar as mãos não é um bom padeiro». Ou seja, explicita, é necessário que haja quem leve as decisões à prática. E em Montemor há, realçam os entrevistados. Com a tarefa do recebimento da quotização são cerca de trinta.