O deputado do PCP João Oliveira, eleito pelo distrito de Évora, acompanhado por dirigentes locais do Partido, reuniu com diversas entidades no sentido de recolher informações e de transmitir as preocupações face às dificuldades que atravessa a Universidade de Évora e às suas perspectivas de futuro. Entre as entidades contactadas, constava o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, a Comissão Sindical de Docentes da Universidade de Évora e a Associação Académica da Universidade de Évora. O reitor não foi contactado, por indisponibilidade deste.
Após as reuniões, o deputado comunista e os dirigentes do PCP reafirmaram as suas preocupações com a política seguida pelo Governo no sector do Ensino Superior. Uma política que, denunciam, «estrangula financeiramente as universidades e os politécnicos e, ao mesmo tempo, tenta transformar os órgãos de gestão dessas Instituições em “carrascos” incumbidos da tarefa de executar as decisões do Ministério», afirma-se em nota do Grupo Parlamentar.
Em relação à Universidade de Évora, os comunistas denunciam o corte orçamental de cerca de 15 por cento imposto pelo Governo no último Orçamento de Estado. Este corte veio agravar as dificuldades que já se sentiam e «pode mesmo vir a determinar o encerramento de alguns cursos e a empurrar para o desemprego docentes e funcionários».
Sendo a única universidade existente em todo o Alentejo, a Universidade de Évora «tem uma importância fundamental para o desenvolvimento desta região do interior do País». Para os comunistas, o papel que a instituição assume enquanto centro de produção de conhecimento científico e tecnológico, «favorece o crescimento económico e permite a fixação da população», pelo que é «incompatível com a situação de asfixia financeira que lhe é imposta». Os comunistas sustentam ainda que «não é possível defender a Universidade impondo-lhe cortes orçamentais, sujeitando o seu financiamento à vontade do Ministério, despedindo os seus docentes ou degradando os seus vínculos laborais».