Crimes do fascismo

Nada pode ser esquecido

O líder parlamentar do PCP defendeu a criação de «um quadro institucional e concreto que combata o branqueamento do fascismo e valorize a luta antifascista em Portugal». Esta posição foi recentemente assumida no debate de uma petição onde mais de seis mil subscritores reclamam a criação de «um espaço público nacional de preservação e divulgação pedagógica da memória colectiva sobre os crimes» do fascismo.
No momento em que se aproximam as comemorações do 33.º aniversário da Revolução do 25 de Abril, Bernardino Soares considerou ser impossível não sentir «uma enorme indignação e revolta» face ao «desconhecimento e desvalorização» desse período negro da nossa história recente.
«O Estado, sucessivos governos e as instituições democráticas em geral não cumpriram o seu dever de preservação do conhecimento e divulgação quer das atrocidades da ditadura fascista quer da perseverança, coragem e heroísmo da resistência», afirmou o presidente do Grupo Parlamentar do PCP no debate da petição lançada pelo Movimento Cívico «Não Apaguem a Memória».
Entendendo que não podem ser esquecidos nem os crimes nem os traços que caracterizaram o fascismo português – ausência de liberdades e democracia, polícia política, censura, tribunais plenários, colonialismo, guerra colonial, conluio com o fascismo e o nazi-fascismo europeu, prisão, perseguição, tortura, assassinatos, atraso, obscurantismo – Bernardino Soares recordou, a propósito, o «papel fundamental» assumido pelo PCP na resistência anti-fascista, sublinhando que «foi a principal força política organizada» e que «a maioria dos torturados, dos perseguidos, dos presos e dos que sucumbiram às mãos do fascismo português» foi comunista.


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