PCP no poder local

Uma força ao serviço das populações

O PCP é, desde sempre, uma grande força presente na gestão autárquica na Península de Setúbal. A obra dos comunistas e dos seus aliados assume particular relevância quer pelo volume e qualidade da obra desenvolvida, quer pela afirmação da diferença de conduta dos comunistas no que ao exercício de responsabilidades diz respeito.
Os resultados positivos alcançados nas últimas eleições, em 9 de Outubro de 2005, confirmaram o reconhecimento por parte das populações do trabalho desenvolvido e traduziu-se «em mais votos, mais presidências de câmaras municipais e de assembleias municipais, mais eleitos em assembleias municipais e mais presidências de juntas de freguesia» para a CDU, pode ler-se na Resolução Política da AORS.
Tal facto «criou-nos melhores condições de trabalho e simultaneamente uma maior responsabilidade para com os trabalhadores e as populações da nossa região», afirmou Vanessa Silva durante a sua intervenção.
Apesar do capital de confiança granjeado, o poder local vê-se obrigado a trabalhar no contexto de um ataque cerrado à sua capacidade de investimento, execução e autonomia, «tendo em vista a sua descaracterização e a desfiguração do Estado democrático conquistado com a revolução de Abril», continuou.
A nova Lei das Finanças Locais e a descentralização de competências procurando subjugar as opções estratégicas das autarquias às do Governo são exemplos de uma campanha que, mais que pretender melhorar a vida das populações, pretende «deslocar o protesto, usando a municipalização como etapa da privatização», disse ainda Vanessa Silva.

Conduta exemplar

Importante no combate a tais desígnios lesivos dos interesses das autarquias e das populações é, para a dirigente da ORS, a afirmação de «um estilo no exercício do poder que assume a ligação às populações e aos trabalhadores como componente essencial de uma gestão democrática».
«Para o Partido, o princípio de não ser beneficiado ou prejudicado no exercício de cargos públicos tem um elevado significado político, pois traduz uma concepção segundo a qual o Partido é o primeiro e principal titular do mandato individualmente atribuído, mas conquistado com a dedicação e trabalho de tantos outros; bem como a postura de que ser eleito é servir a população e não servir-se do cargo para fins pessoais», esclareceu Vanessa Silva.


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