Política de direita só beneficia o capital
No encerramento dos trabalhos da VII AORS, Jerónimo de Sousa destacou o descontentamento do povo face à política de direita protagonizada pelo PS e o papel determinante dos trabalhadores e do PCP no crescimento da luta de massas.
«Há quem ganhe e encha bem o saco!», disse Jerónimo de Sousa
Enviando «fraternas e cordiais saudações» a uma sala repleta de delegados e convidados, o secretário-geral comunista começou por lembrar que à ofensiva governamental contra as condições de vida e os direitos sociais, respondem os trabalhadores e o povo, cada vez mais «conscientes da importância do protesto e da luta».
Exemplo disso foram as grandiosas jornadas de 2 de Março e do Dia Nacional da Juventude, as quais mobilizaram milhares de pessoas e que contaram «com o amplo e decisivo contributo dos trabalhadores e de outras camadas populares, dos muitos milhares de homens, mulheres e jovens do distrito de Setúbal».
Igualmente determinantes na necessária luta de massas contra a política de direita e por um «rumo de esperança», são a força do movimento sindical unitário, «o papel do PCP no combate ao conformismo e à resignação» e a articulação de «uma dedicada intervenção nas instituições ao serviço do povo», disse Jerónimo de Sousa, orientações que, tendo ficado justamente expressas nas conclusões da VII AORS, conquistaram recentemente redobrado impulso com a vitória do Sim no referendo à despenalização da IVG, que no distrito de Setúbal obteve «uma notável e expressiva votação de cerca de 82 por cento», acrescentou.
Malefícios da maioria
Muito embora os sinais de descontentamento sejam evidentes, Sócrates insiste em fazer orelhas moucas às mais justas exigências e aspirações dos portugueses. «Vivemos há dois anos sob o impacto de uma ofensiva antisocial e antipopular sem precedentes nestes últimos anos de democracia. Governação dita em defesa do Estado Social, mas efectivamente agindo para o subverter e o amputar das funções que deveriam assegurar e garantir a todos os portugueses o direito universal ao ensino, à saúde e à segurança social», recordou Jerónimo de Sousa.
O objectivo, continuou, é transferir «para as mãos dos grandes grupos económicos a prestação de serviços públicos e funções sociais hoje desempenhadas pelo Estado». Exemplos de tais malefícios sobejam nas áreas do ensino, segurança social e saúde, esta última marcada pela «reestruturação das urgências, pelo encerramento de maternidades, hospitais e centros de saúde, e pela mais do que provável abertura de candidaturas de privados à criação de Unidades de Saúde Familiares».
A maioria socialista no parlamento e o executivo bem tentam iludir e ludibriar. A correcção do défice das contas públicas tem sido bandeira de São Bento por estes dias, mas importa tornar claro que tal fica a dever-se «à custa da redução drástica do investimento público que bem preciso era para a dinamização da economia», afirmou Jerónimo de Sousa. «Só aqui no distrito de Setúbal, o investimento público (PIDDAC) significou uma redução de 172 milhões de euros entre 2002 e 2006, cerca de 60% a menos de investimento na Região», sublinhou.
Na gaveta ao lado da política de esquerda, o PS deixou a promessa da criação de 150 000 postos de trabalho, mas em cima da mesa com cruel actualidade estão os aumentos brutais dos impostos, o triste recorde do desemprego, 8,2 por cento em Dezembro, «a mais alta taxa dos últimos vinte anos», apontou o líder comunista, e «uma das mais elevadas taxas de precariedade da UE, 21,3% dos trabalhadores por conta de outrém e que o Governo quer agravar com a aprovação da nova Lei do Trabalho Temporário», aduziu.
Quem sai a ganhar, está visto, é o grande capital. «Só os cinco maiores grupos económicos e financeiros apresentaram 4 mil milhões de euros de lucro em 2006, o que contrasta com a deprimente realidade do aumento da pobreza e das desigualdades sociais em Portugal. Há quem ganhe e encha bem o saco!», acusou ainda Jerónimo de Sousa.
O insubstituível PCP
Por uma política verdadeiramente alinhada com os interesses da classe operária, dos trabalhadores e do povo, está o Partido «que nunca virou a cara à luta e que tem no seu colectivo de milhares de militantes comunistas e no seu projecto por uma sociedade nova liberta da exploração, a grande força que fizeram dele o grande partido nacional que somos e queremos continuar a ser», destacou o dirigente do PCP.
Uma força insubstituível que afirmando a sua ideologia, a riqueza das suas propostas e o reforço do seu colectivo, patente nos dados resultantes do balanço do ano de 2006, é o mais vivo garante de um futuro melhor, e cada vez mais se afirma como «um instrumento, uma arma carregada de esperança e confiança numa vida melhor para os trabalhadores, o povo e o País», concluiu Jerónimo de Sousa.
Exemplo disso foram as grandiosas jornadas de 2 de Março e do Dia Nacional da Juventude, as quais mobilizaram milhares de pessoas e que contaram «com o amplo e decisivo contributo dos trabalhadores e de outras camadas populares, dos muitos milhares de homens, mulheres e jovens do distrito de Setúbal».
Igualmente determinantes na necessária luta de massas contra a política de direita e por um «rumo de esperança», são a força do movimento sindical unitário, «o papel do PCP no combate ao conformismo e à resignação» e a articulação de «uma dedicada intervenção nas instituições ao serviço do povo», disse Jerónimo de Sousa, orientações que, tendo ficado justamente expressas nas conclusões da VII AORS, conquistaram recentemente redobrado impulso com a vitória do Sim no referendo à despenalização da IVG, que no distrito de Setúbal obteve «uma notável e expressiva votação de cerca de 82 por cento», acrescentou.
Malefícios da maioria
Muito embora os sinais de descontentamento sejam evidentes, Sócrates insiste em fazer orelhas moucas às mais justas exigências e aspirações dos portugueses. «Vivemos há dois anos sob o impacto de uma ofensiva antisocial e antipopular sem precedentes nestes últimos anos de democracia. Governação dita em defesa do Estado Social, mas efectivamente agindo para o subverter e o amputar das funções que deveriam assegurar e garantir a todos os portugueses o direito universal ao ensino, à saúde e à segurança social», recordou Jerónimo de Sousa.
O objectivo, continuou, é transferir «para as mãos dos grandes grupos económicos a prestação de serviços públicos e funções sociais hoje desempenhadas pelo Estado». Exemplos de tais malefícios sobejam nas áreas do ensino, segurança social e saúde, esta última marcada pela «reestruturação das urgências, pelo encerramento de maternidades, hospitais e centros de saúde, e pela mais do que provável abertura de candidaturas de privados à criação de Unidades de Saúde Familiares».
A maioria socialista no parlamento e o executivo bem tentam iludir e ludibriar. A correcção do défice das contas públicas tem sido bandeira de São Bento por estes dias, mas importa tornar claro que tal fica a dever-se «à custa da redução drástica do investimento público que bem preciso era para a dinamização da economia», afirmou Jerónimo de Sousa. «Só aqui no distrito de Setúbal, o investimento público (PIDDAC) significou uma redução de 172 milhões de euros entre 2002 e 2006, cerca de 60% a menos de investimento na Região», sublinhou.
Na gaveta ao lado da política de esquerda, o PS deixou a promessa da criação de 150 000 postos de trabalho, mas em cima da mesa com cruel actualidade estão os aumentos brutais dos impostos, o triste recorde do desemprego, 8,2 por cento em Dezembro, «a mais alta taxa dos últimos vinte anos», apontou o líder comunista, e «uma das mais elevadas taxas de precariedade da UE, 21,3% dos trabalhadores por conta de outrém e que o Governo quer agravar com a aprovação da nova Lei do Trabalho Temporário», aduziu.
Quem sai a ganhar, está visto, é o grande capital. «Só os cinco maiores grupos económicos e financeiros apresentaram 4 mil milhões de euros de lucro em 2006, o que contrasta com a deprimente realidade do aumento da pobreza e das desigualdades sociais em Portugal. Há quem ganhe e encha bem o saco!», acusou ainda Jerónimo de Sousa.
O insubstituível PCP
Por uma política verdadeiramente alinhada com os interesses da classe operária, dos trabalhadores e do povo, está o Partido «que nunca virou a cara à luta e que tem no seu colectivo de milhares de militantes comunistas e no seu projecto por uma sociedade nova liberta da exploração, a grande força que fizeram dele o grande partido nacional que somos e queremos continuar a ser», destacou o dirigente do PCP.
Uma força insubstituível que afirmando a sua ideologia, a riqueza das suas propostas e o reforço do seu colectivo, patente nos dados resultantes do balanço do ano de 2006, é o mais vivo garante de um futuro melhor, e cada vez mais se afirma como «um instrumento, uma arma carregada de esperança e confiança numa vida melhor para os trabalhadores, o povo e o País», concluiu Jerónimo de Sousa.