Afeganistão

Resistência sobe de tom

Pelo menos onze mortos e cerca de trinta feridos entre as forças ocupantes e colaboracionistas é o balanço provisório dos confrontos ocorridos durante o fim-de-semana no Afeganistão. As vítimas, oito soldados norte-americanos e três membros do exército de Cabul, pereceram na sequência de acções da resistência.
Em Farah, uma mina rebentou à passagem de uma coluna das autoridades fieis ao presidente, Hamid Karzai, provocando a morte a três soldados e ferimentos graves a outros tantos. Em Kandahar, os combates envolveram soldados canadianos e grupos da resistência. 14 invasores ficaram feridos, metade dos quais em estado grave.
Versão diferente tem o comando dos EUA sobre a morte dos seus oito soldados. Em conferência de imprensa, o porta-voz das tropas da OTAN, o coronel Tom Collins, rejeitou a versão da resistência que reclama o abate do helicóptero onde seguiam os marines, mas escusou-se a adiantar outro motivo para a queda do aparelho.
Entretanto, em resposta ao aumento de efectivos militares dos EUA no terreno – são já 27 mil, a maior cifra desde o início da invasão – os grupos da resistência afegã preparam o incremento das acções violentas. A chegada da Primavera, prometeu Abdul Rahim, comandante dos insurgentes na convulsa província de Helmand, em declarações à comunicação social, trará uma nova vaga de ofensivas contra as tropas ocupantes em todo o território.
A capital de Helmand, Musa Qala, é controlada pela resistência que na última semana deu a estocada final derrotando as autoridades colaboracionistas. A reacção norte-americana não se fez esperar e as bombas começaram a chover sobre a região. Fontes hospitalares deram conta da morte de 18 mulheres e crianças num desses ataques, situação que só vem acirrar ainda mais os ânimos da população e dos guerrilheiros
locais, dispostos a encetar ataques suicidas se tal for necessário para manter a soberania sobre a cidade, reafirmaram.


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