Fome impede desenvolvimento intelectual de 200 milhões de crianças
A fome e a desnutrição são a causa de um problema que se prolongará ao longo de gerações: a falta de desenvolvimento intelectual de 219 milhões de crianças.
As crianças terão um trabalho precário e alta fertilidade
Um estudo publicado na revista The Lancet revela que 219 milhões de crianças com menos de cinco anos não desenvolvem o seu potencial intelectual devido à fome e à desnutrição, publicadas pela pobreza.
O artigo – publicado na sexta-feira na revista médica britânica e citado pela agência Lusa – conclui que a fome, em particular nos primeiros anos de vida, afecta as capacidades cognitivas, motoras e sócio-emocionais.
A má alimentação e as consequentes doenças fazem com que a pobreza se prolongue ao longo de gerações nos países subdesenvolvidos, provocando a perda de conhecimento e da capacidade de trabalho.
A maioria das crianças atingidas por um fraco desenvolvimento cognitivo infantil, num total que ascende aos 89 milhões. Em África, 61 por cento das crianças não desenvolve as suas capacidades intelectuais. Países como a Índia, a China, o Bangladesh, a Etiópia, a Indonésia, o Paquistão, a República Democrática do Congo, Uganda e a Tanzânia contam com 145 milhões (66 por cento) dos 219 milhões de crianças com fraco desenvolvimento intelectual.
Factores
«As crianças afectadas provavelmente terão dificuldades na escola, e como consequência, um trabalho precário com baixo rendimento, alta fertilidade e possivelmente cuidarão mal dos seus filhos, contribuindo desta forma para a transmissão da pobreza entre as gerações», afirmou Sally Grantham-McGregor, uma das autoras do estudo.
Uma das principais causas para o fraco desenvolvimento cognitivo infantil apontadas pelos investigadores são a falta de ferro ou iodo, além da estimulação inadequada da inteligência, das emoções e da competência social na família. Outros factores de risco apontados são a depressão da mãe, a exposição ao chumbo ou arsénio e doenças infecciosas, como a malária e a sida.
Melhorar o desenvolvimento infantil «é um passo importante para erradicar a pobreza extrema, a crise de fome e assegurar que todas as crianças completem a escola primária, objectivos previstos no projecto Milénio da ONU», lê-se no estudo.
Existem 559 milhões de crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento, das quais 156 milhões têm problemas de crescimento e 126 milhões vivem na absoluta pobreza. «Estas crianças estão destinadas não só a ter menos educação e um menor desenvolvimento cognitivo, mas também a serem menos produtivas», comentam os autores do artigo.
O artigo – publicado na sexta-feira na revista médica britânica e citado pela agência Lusa – conclui que a fome, em particular nos primeiros anos de vida, afecta as capacidades cognitivas, motoras e sócio-emocionais.
A má alimentação e as consequentes doenças fazem com que a pobreza se prolongue ao longo de gerações nos países subdesenvolvidos, provocando a perda de conhecimento e da capacidade de trabalho.
A maioria das crianças atingidas por um fraco desenvolvimento cognitivo infantil, num total que ascende aos 89 milhões. Em África, 61 por cento das crianças não desenvolve as suas capacidades intelectuais. Países como a Índia, a China, o Bangladesh, a Etiópia, a Indonésia, o Paquistão, a República Democrática do Congo, Uganda e a Tanzânia contam com 145 milhões (66 por cento) dos 219 milhões de crianças com fraco desenvolvimento intelectual.
Factores
«As crianças afectadas provavelmente terão dificuldades na escola, e como consequência, um trabalho precário com baixo rendimento, alta fertilidade e possivelmente cuidarão mal dos seus filhos, contribuindo desta forma para a transmissão da pobreza entre as gerações», afirmou Sally Grantham-McGregor, uma das autoras do estudo.
Uma das principais causas para o fraco desenvolvimento cognitivo infantil apontadas pelos investigadores são a falta de ferro ou iodo, além da estimulação inadequada da inteligência, das emoções e da competência social na família. Outros factores de risco apontados são a depressão da mãe, a exposição ao chumbo ou arsénio e doenças infecciosas, como a malária e a sida.
Melhorar o desenvolvimento infantil «é um passo importante para erradicar a pobreza extrema, a crise de fome e assegurar que todas as crianças completem a escola primária, objectivos previstos no projecto Milénio da ONU», lê-se no estudo.
Existem 559 milhões de crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento, das quais 156 milhões têm problemas de crescimento e 126 milhões vivem na absoluta pobreza. «Estas crianças estão destinadas não só a ter menos educação e um menor desenvolvimento cognitivo, mas também a serem menos produtivas», comentam os autores do artigo.