Guerra no Corno de África

A força aérea etíope bombardeou, segunda-feira, o aeroporto internacional de Mogadiscio, capital da Somália, acção que precipita a escalada do conflito no Corno de África. A Etiópia enviou ainda para o país um contingente de 10 mil homens.
Segundo informações divulgadas pelo executivo de Addis Abeba, nos dias precedentes o exército da Etiópia também atacou posições das milícias da União das Cortes Islâmicas em Dinsoor, Bandiradley, Baladwayne e Buur Hakaba, localidades que formam uma cintura em torno de Baidoa e se encontravam ocupadas pelas tropas das Cortes Islâmicas.
O objectivo do ataque era romper o cerco formado recentemente pelas milícias e aliviar as posições do governo federal de transição, cercado em quase todas as regiões do país e sitiado na cidade capital do Sul do território, Baidoa.
Fontes diplomáticas citadas pela agência Prensa Latina dizem que a participação da Eritréia no conflito está eminente, dados que se confirmam com as notícias que dão conta da presença de mil soldados daquela nação no território.
A Etiópia e a Eritréia estão envolvidas num conflito histórico que provocou graves crises políticas e humanitárias na região. A Somália parece ser palco para novos combates entre as nações rivais., mas a base do conflito alargado na região pode ter raízes mais profundas que a disputa territorial e entre facções político-religiosas.
Estudos recentes admitem que no Corno de África se situem das maiores jazidas de petróleo do planeta. O governo do deposto presidente somali Mohamed Siad Barre, tido como pró-norte-americano, tinha já estabelecido acordos de exploração com multinacionais do sector.


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