Pela dissolução da NATO!
A NATO continua a sua cavalgada para Leste
Os EUA e os seus aliados estão atolados no Afeganistão e no Iraque e a sua estratégia recolonizadora dita do «Grande Médio Oriente» encontra pela frente uma resistência crescente de carácter objectivamente anti-imperialista com que os senhores do grande capital não contavam. E ei-los que se agitam nervosamente, discutem novos cenários e linhas de actuação, desenvolvem uma frenética actividade diplomática, propõem-se mesmo negociar com regimes e forças políticas que ainda ontem consideravam perigosos inimigos a abater.
Mas estão eles preparados para se conformar com a realidade? Para reconhecer os seus erros e os seus crimes? Para admitir que são eles os responsáveis pelos dramáticos conflitos que alastram do Médio Oriente à Ásia Central, do Chade ao Corno de África, na Península da Coreia e noutros pontos do mundo? Para abrir mão das suas ambições de domínio planetário? Para se conformarem com o direito de cada povo à livre escolha do seu próprio caminho? Não, não estão. É um problema de classe. Mesmo quando falam em «negociações» – seja entre Israel e os palestinianos, seja no tocante à Síria e ao Irão – continuam a espalhar os seus dispositivos militares e a recorrer à velha táctica do cacete e da cenoura para vergar quem se lhe oponha. As derrotas e crescente isolamento da administração Bush e suas incidências no campo do imperialismo, não justificam qualquer esperança numa desescalada da ofensiva agressiva. A luta contra o militarismo e a guerra, pela retirada das tropas de ocupação, pela abolição das bases militares estrangeiras, pela dissolução da NATO, contra a militarização da UE, tem de continuar e intensificar-se como foi sublinhado no Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários de Lisboa.
A cimeira da NATO de Riga é bem o espelho de uma situação em que as dificuldades e contradições que aí se manifestaram não impedem que o núcleo duro do imperialismo persista no fortalecimento e alargamento desta aliança agressiva, assumindo-se e agindo cada vez mais como «polícia do mundo» e braço armado de uma «nova ordem mundial» em construção. Há vozes desafinadas e países que, como a França ou a Alemanha, prosseguem objectivos próprios de grande potência. Além disso faz já parte de um jogo que visa ludibriar as massas, marcar distâncias face à desqualificada administração norte-americana. Mas o rumo é claro. Esta é a primeira cimeira da NATO em território da ex-URSS, na Letónia, um país onde o Partido Comunista está proibido e a comunidade russa é perseguida. Isto diz já muitíssimo sobre o significado político desta cimeira. Mas há mais. A NATO continua a sua cavalgada para Leste. Quer enquadrar em novas «parcerias para a paz» a Bósnia, a Sérvia, o Montenegro. Quer anexar a Ucrânia, que lhe resiste com grandes manifestações populares, e instalar-se na Geórgia, em pleno Mar Negro. Quer abater a resistência da Bielorússia através de uma intensíssima actividade desestabilizadora. Decide acudir às dificuldades dos EUA no Afeganistão e, embora com reticências, empenhar-se ainda mais no terreno. Anuncia que está operacional a Força de Reacção Rápida de 25 000 homens. Lança-se em projectos cada vez mais ambiciosos em África. Por iniciativa de Bush, discute já a sua articulação na região Ásia/Pacífico com a aliança nipo-norte-americana e com a Austrália.
E que diz o Governo PS a tudo isto? Sócrates foi a Riga, não para defender o disposto na Constituição, mas para dizer «amen», oferecer os seus préstimos e os da Presidência portuguesa da UE do próximo ano ao processo militarista, receber os elogios de Bush pelo seu indefectível «atlantismo», mendigar umas migalhas do bolo africano que o imperialismo projecta abocanhar. Enfim, uma política de vergonha a que o PCP continuará a dar combate, defendendo firmemente a soberania e a independência nacional.
Mas estão eles preparados para se conformar com a realidade? Para reconhecer os seus erros e os seus crimes? Para admitir que são eles os responsáveis pelos dramáticos conflitos que alastram do Médio Oriente à Ásia Central, do Chade ao Corno de África, na Península da Coreia e noutros pontos do mundo? Para abrir mão das suas ambições de domínio planetário? Para se conformarem com o direito de cada povo à livre escolha do seu próprio caminho? Não, não estão. É um problema de classe. Mesmo quando falam em «negociações» – seja entre Israel e os palestinianos, seja no tocante à Síria e ao Irão – continuam a espalhar os seus dispositivos militares e a recorrer à velha táctica do cacete e da cenoura para vergar quem se lhe oponha. As derrotas e crescente isolamento da administração Bush e suas incidências no campo do imperialismo, não justificam qualquer esperança numa desescalada da ofensiva agressiva. A luta contra o militarismo e a guerra, pela retirada das tropas de ocupação, pela abolição das bases militares estrangeiras, pela dissolução da NATO, contra a militarização da UE, tem de continuar e intensificar-se como foi sublinhado no Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários de Lisboa.
A cimeira da NATO de Riga é bem o espelho de uma situação em que as dificuldades e contradições que aí se manifestaram não impedem que o núcleo duro do imperialismo persista no fortalecimento e alargamento desta aliança agressiva, assumindo-se e agindo cada vez mais como «polícia do mundo» e braço armado de uma «nova ordem mundial» em construção. Há vozes desafinadas e países que, como a França ou a Alemanha, prosseguem objectivos próprios de grande potência. Além disso faz já parte de um jogo que visa ludibriar as massas, marcar distâncias face à desqualificada administração norte-americana. Mas o rumo é claro. Esta é a primeira cimeira da NATO em território da ex-URSS, na Letónia, um país onde o Partido Comunista está proibido e a comunidade russa é perseguida. Isto diz já muitíssimo sobre o significado político desta cimeira. Mas há mais. A NATO continua a sua cavalgada para Leste. Quer enquadrar em novas «parcerias para a paz» a Bósnia, a Sérvia, o Montenegro. Quer anexar a Ucrânia, que lhe resiste com grandes manifestações populares, e instalar-se na Geórgia, em pleno Mar Negro. Quer abater a resistência da Bielorússia através de uma intensíssima actividade desestabilizadora. Decide acudir às dificuldades dos EUA no Afeganistão e, embora com reticências, empenhar-se ainda mais no terreno. Anuncia que está operacional a Força de Reacção Rápida de 25 000 homens. Lança-se em projectos cada vez mais ambiciosos em África. Por iniciativa de Bush, discute já a sua articulação na região Ásia/Pacífico com a aliança nipo-norte-americana e com a Austrália.
E que diz o Governo PS a tudo isto? Sócrates foi a Riga, não para defender o disposto na Constituição, mas para dizer «amen», oferecer os seus préstimos e os da Presidência portuguesa da UE do próximo ano ao processo militarista, receber os elogios de Bush pelo seu indefectível «atlantismo», mendigar umas migalhas do bolo africano que o imperialismo projecta abocanhar. Enfim, uma política de vergonha a que o PCP continuará a dar combate, defendendo firmemente a soberania e a independência nacional.