Aeroporto saqueado
As tropas norte-americanas que tomaram o aeroporto internacional Saddam Hussein, a 3 de Abril, seis dias antes do controlo de Bagdad, roubaram lojas e destruíram as instalações e divertiram-se com actos de puro vandalismo. A denúncia é feita na última edição da revista Time, que publica testemunhos de oficiais dos EUA, pessoal das companhias aéreas civis iraquianas e outros trabalhadores do aeroporto.
De acordo com as declarações do tenente John Welsh, um representante da administração dos EUA no Iraque, quando chegou ao aeroporto, em finais de Abril, para dar início aos trabalhos de reconstrução ficou escandalizado com o que viu: cinco aviões Boeing destruídos desnecessariamente, portas e janelas partidas, lojas totalmente saqueadas, principalmente as de bebidas, perfumes, cigarros e relógios caros.
A administração civil americana estima em cerca de 100 milhões de dólares os danos causados, mas a não serem tomadas medidas esse valor tende a aumentar, pois segundo os funcionários iraquianos continuam a desaparecer regularmente aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos.
As autoridades militares não se mostram preocupadas. Uma fonte, não identificada, afirmou à revista que «os soldados fazem sempre isto, em todas as partes. É a guerra».
Direito de veto
Entretanto, o administrador mor, Paul Bremer, aceitou algumas sugestões do representante da ONU para o Iraque, Sérgio Vieira de Mello, e acedeu à criação de um «conselho de governo provisório». Este terá alguns poderes executivos, mas Bremer reserva-se o direito de vetar as medidas que entender.
A proposta inicial de Bremer era a de criar um conselho meramente consultivo, de 25 a 30 membros, para aconselhar a administração americana sobre questões económicas e políticas. O grupo deverá ainda preparar o referendo da nova Constituição a elaborar por uma assembleia a formar dentro de um ou dois meses. Os partidos políticos iraquianos, incluindo os que apoiaram a agressão norte-americana, consideram-se marginalizados neste processo.
De acordo com as declarações do tenente John Welsh, um representante da administração dos EUA no Iraque, quando chegou ao aeroporto, em finais de Abril, para dar início aos trabalhos de reconstrução ficou escandalizado com o que viu: cinco aviões Boeing destruídos desnecessariamente, portas e janelas partidas, lojas totalmente saqueadas, principalmente as de bebidas, perfumes, cigarros e relógios caros.
A administração civil americana estima em cerca de 100 milhões de dólares os danos causados, mas a não serem tomadas medidas esse valor tende a aumentar, pois segundo os funcionários iraquianos continuam a desaparecer regularmente aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos.
As autoridades militares não se mostram preocupadas. Uma fonte, não identificada, afirmou à revista que «os soldados fazem sempre isto, em todas as partes. É a guerra».
Direito de veto
Entretanto, o administrador mor, Paul Bremer, aceitou algumas sugestões do representante da ONU para o Iraque, Sérgio Vieira de Mello, e acedeu à criação de um «conselho de governo provisório». Este terá alguns poderes executivos, mas Bremer reserva-se o direito de vetar as medidas que entender.
A proposta inicial de Bremer era a de criar um conselho meramente consultivo, de 25 a 30 membros, para aconselhar a administração americana sobre questões económicas e políticas. O grupo deverá ainda preparar o referendo da nova Constituição a elaborar por uma assembleia a formar dentro de um ou dois meses. Os partidos políticos iraquianos, incluindo os que apoiaram a agressão norte-americana, consideram-se marginalizados neste processo.
